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RESULTADO do Sorteio de Aniversário #5 – HQ “Mulher-Gato: Cidade Eterna”!

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Olá, queridos!
Agradeço muito a todos que participaram do Sorteio de Aniversário #5 – HQ “Mulher-Gato: Cidade Eterna” organizado por mim e pelo Nihil, Fuck!
Foram muitas as pessoas interessadas nessa HQ. De fato, a sua encadernação luxuosa e a importância que tem dentro da cronologia da Catwoman faz com que “Cidade Eterna” assuma um papel importante em qualquer coleção que se preze.

CAPA

Vamos conhecer o ganhador dessa HQ?

5 Carla

A ganhadora foi a Carla Gomes! Parabéns!
Entrarei em contato com você pelo e-mail informado no formulário de inscrição. Por favor, responda esse e-mail dentro de 48h, senão irei realizar novamente o sorteio (conforme o Regulamento). :)

Novamente, muito obrigada a todos! Amanhã tem o resultado do sorteio #4!



RESULTADO do Sorteio de Aniversário #4 – Caderno tipo Moleskine da Batgirl!

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Oi!
Esse Moleskine foi um dos itens mais cobiçados pelos leitores, e não é à toa… É um acessório bonito e elegante, e com certeza será muito bem utilizado pelo seu ganhador(a). O fenômeno da popularização dos Moleskines tem várias explicações. A gramatura das páginas gira em torno de 120 g/m², enquanto a do papel sulfite é de 75 g/m². Isso significa um papel mais rígido e mais resistente a dobraduras e manchas. A encadernação, costurada, e a capa/contra-capa revestidas em papelão rígido garantem a durabilidade desse item. E a Batgirl na capa é uma garantia de que os seus rascunhos e idéias jamais cairão nas mãos de super-vilões!

IMG_0753

Eu agradeço muito ao Leandro por tão rapidamente ter se integrado no Batman Guide, por todas as suas sugestões maravilhosas e vindas em excelente hora, e por ter se disposto a me ajudar com esse sorteio, com tanta boa vontade!

Agora vamos saber quem vai levar pra casa esse caderninho lindo?

4 João

O ganhador foi o João Neto! Parabéns!
Entrarei em contato com você pelo e-mail informado no formulário de inscrição. Por favor, responda esse e-mail dentro de 48h, senão irei realizar novamente o sorteio (conforme o Regulamento). :)

Amanhã é dia de descobrirmos quem ganhou o sorteio #3!


RESULTADO do Sorteio de Aniversário #3 – Caneca do Coringa e HQ “Coringa” do Brian Azzarello!

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Olá queridos!
Esse sorteio foi um sucesso aqui no Batman Guide, e não sem motivo… Esses dois itens lindos fizeram entraram pra lista de desejos de muita gente! Eu ainda preciso comprar essa HQ, qualquer coleção que se preze não pode passar sem ela! E a caneca é uma graça, né?

caneca-dc-comics-coringa-1000x1000 coringa_capa

Antes de falar o resultado do sorteio, algumas palavrinhas – pra não perder o costume…

Queria agradecer ao Jair por toda a força e a ajuda que ele tem me dado ao longo desses dois anos, por ter acreditado em mim, por ter acreditado no Batman Guide quando ele ainda era um projeto de blog desconhecido. Sem ele eu não teria conseguido prosseguir.
Então, querido, muito obrigada pela sua ajuda e pela sua consideração, e pela infinita paciência – porque vocês não tem noção o quanto eu encho o saco dele toda semana com algum pedido de socorro sobre o blog! -, eu te agradeço muito por tudo, querido!

Bom, então vamos ao que todo mundo está esperando ansiosamente: o resultado do sorteio!

3 Kassius

O ganhador foi o Kassius Leandro! Parabéns!
Entrarei em contato com você pelo e-mail informado no formulário de inscrição. Por favor, responda esse e-mail dentro de 48h, senão irei realizar novamente o sorteio (conforme o Regulamento). :)

E até amanhã – com o resultado do Sorteio #2!


RESULTADO do Sorteio #2 – Camiseta Batman & Robin!

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Oi!
Chegamos a um dos sorteios que eu mais gostei na história do Batman Guide: essa camiseta super bonita da Dupla Dinâmica. Já faz tempo que eu queria sortear uma camiseta aqui. Ela é simples e linda, e tenho certeza que o(a) ganhador(a) vai adorar recebê-la em casa <3

Preto

Vermelho Preto Azul

Então, ficam desde já meus agradecimentos ao Augusto, sem o qual esse sorteio não poderia ter sido feito. E, mais do que isso, por ter me ajudado a conduzir o blog. Augusto, muito obrigada! (Esse ano eu não vou te constranger com minhas declarações intermináveis de agradecimentos :P)

Vamos descobrir quem ganhou?

 

2 Virginia

A ganhadora foi a Virgínia de Aguiar! Parabéns!
Entrarei em contato com você pelo e-mail informado no formulário de inscrição. Por favor, responda esse e-mail dentro de 48h, senão irei realizar novamente o sorteio (conforme o Regulamento). :)

E amanhã, finalmente… O Resultado do Sorteio #1!

 


RESULTADO do Sorteio de Aniversário #1 – Pen drive de 8GB do Batman com TODAS as HQs do Batman Guide!

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Olá queridos!
Finalmente esse sorteio tão esperado aqui no Batman Guide!
Esse pen drive é muito prático, e tenho certeza que o(a) ganhador(a) vai fazer um ótimo uso dele. E é muito fofo também. E com certeza você nunca vai pegar nenhum vírus, a não ser que seja um vírus estúpido demais para tentar enfrentar o Cavaleiro das Trevas…

PenDriveBatman_001 (1)

Mas antes de conhecer o ganhador, posso dizer algumas palavrinhas?

O blog foi o primeiro projeto que eu toquei em sua plenitude, sem largar nada pelo caminho. Só por esse fato ele já significaria muito para mim. Mas não foi só isso; o feedback que recebi dos leitores foi tão positivo e motivador. Recebi e recebo comentários tão legais aqui que muitas vezes me pego sorrindo pra tela de respostas.
Pessoas que voltaram a ler quadrinhos depois de conhecer o Batman Guide, senhores que reencontraram junto com seus filhos o hábito da leitura, pessoas que recomeçaram a colecionar, que entenderam melhor a cronologia… E, claro, pessoas que conseguiram enxergar no blog uma oportunidade de entender toda essa verdadeira bagunça que são as cronologias relacionada aos personagens de Batman.
Por todas essas coisas que vocês me relataram, hoje eu me sinto plenamente feliz com o Batman Guide, e agradecida por todo o carinho e compreensão que recebo de vocês com o nosso trabalho.

E um recado: daqui a alguns posts já falaremos do reboot e chegaremos às publicações atuais do Morcego! Vocês não perdem por esperar!

Então, sem mais enrolação, vamos saber quem ganhou o sorteio?

1 AlessandroO ganhador foi o Alessandro Alves! Parabéns!
Entrarei em contato com você pelo e-mail informado no formulário de inscrição. Por favor, responda esse e-mail dentro de 48h, senão irei realizar novamente o sorteio (conforme o Regulamento). :)


Ganhadores da Semana de Sorteios do Batman Guide!

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Olá, pessoal!
Retornei para mostrar para vocês os felizardos que ganharam cada um dos presentes da Semana de Sorteios do Batman Guide! Novamente, meu muito obrigada a todos os envolvidos na organização e também na participação desse grande evento que foi o Aniversário de 2 anos do Batman Guide!

E agora vamos ver cada um dos ganhadores e seus respectivos prêmios?

Sorteio de Aniversário #1 – Pen drive de 8GB do Batman com TODAS as HQs do Batman Guide!
O Alessandro recebeu o pen drive do Batman e já começou a usar. Espero que seja muito útil pra você, querido!

Sorteio 1

Sorteio #2 – Camiseta Batman & Robin!
A Virgínia, do Rio, ficou linda com a camiseta da Dupla Dinâmica na cor que ela escolheu, azul-escuro! Obrigada por participar, querida!

Sorteio 2

Sorteio de Aniversário #3 – Caneca do Coringa e HQ “Coringa” do Brian Azzarello!
A HQ e a caneca (Que é importada! Dessa nem eu sabia ao sortear :P) chegaram pro Kassius, lá de Pernambuco. Obrigada por participar, querido! Ambas são muito legais, olha só:

Sorteio 3 (1)

Sorteio 3 (2)

Sorteio de Aniversário #4 – Caderno tipo Moleskine da Batgirl!
O fofo do João Sembe ganhou esse, e ainda nos presenteou com um desenho lindo! 

Sorteio4

Sorteio de Aniversário #5 – HQ “Mulher-Gato: Cidade Eterna”!
Esse chegou pra Carla, de São Paulo! Olha que edição mais linda. Muito obrigada por participar, querida!

Sorteio5

Então é isso, queridos! Se você não ganhou nenhum desses sorteios, não fique triste! Ainda temos muita coisa programada!
Em breve retornarmos à nossa programação normal no Batman Guide! ;)


#96 – Batman: Julgamento em Gotham

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Hoje o papo é sobre uma história que eu particularmente achei a melhor dentro da época “Incorporated”, e também um dos trabalhos mais sinistros do Grayson como Batman. Nessa história ele literalmente salva a cidade, pois ela ia explodir.

No Brasil, “Julgamento em Gotham”. Nos EUA, “Gotham Shall Be Judged”. Tradução boa? Sim, na faixa. Aqui tivemos a história publicada na Sombra do Batman #20 (pré-reboot). A saga que essa história pertence por si só foi uma zona sem pé nem cabeça (agradeçam ao Grant Morrison, o Tio Chico usando um meio termo entre metanfetamina e LSD), mas graças a essa saga louca, essa história fez surgir a oportunidade de uma cena épica que vocês vão conferir.
Arte de Guillem March e roteiro de David Hine. Digo, na “parte principal” da história a equipe é essa, na série mensal “Batman”, pois a saga em si alastrou para mais alguns títulos da época, como a Gotham City Sirens #22, Red Robin #22, e Azrael #14, 15, 16, 17 e 18.
Aqui no Brasil, a Panini lançou a história “Julgamento em Gotham” na revista “Sombra do Batman #20”, com todos esses números de outros títulos que citei acima embutidos. Ai a equipe muda, né.
Cada título tem seu roteirista e seu desenhista. Na Azrael era Cliff Richards na arte e também o David Hine no roteiro, na Red Robin era Fabian Nicieza no roteiro e Freddie Williams II nos traços, e na Sirens tinhamos o Peter Calloway no roteiro e Andres Guinaldo como desenhista. Querem um detalhe interessante? A capa de todas essas revistas foram feitas pelo Guillem March. O maluco é uma máquina.

Mas vamos lá, martelo em mãos, começa o Julgamento em Gotham.

LINE

001Vocês entenderão a história com uma única frase: Azrael é um babaca.
E se vocês acham que é o babaca do Jean-Paul Valley, se enganam, este Azrael é o Michael Lane, que também é um babaca. O manto de Azrael não deveria se chamar “Suit of Sorrows” ou “Manto do Sofrimento”, deveria se chamar “Manto do Otário”. Na verdade… Manto do Sofrimento encaixa bem, deve ser sofrido só fazer merda.
Me desculpem os fãs do Azrael, mas esse estilo de “guerreiro de deus” não me agrada, o comparsa (que é 100x pior que o Azrael) vive falando de vontade de deus, de passagens da bíblia, julgou o Tim Drake um pecador porque não fez sinal da cruz ao entrar numa Igreja, (sendo que ele entrou na correria pra salvar pessoas), dentre um monte de outras babaquices. O Azrael ainda soa menos bitolado que o comparsa dele, mas não muda o fato de que ele não pensa, ele pega a tal “missão divina” e já era a lógica. Ele não pensa sozinho, é literalmente um pau mandado, e eu odeio isso. Mas deixemos minha opinião de lado, só estou deixando claro a razão pela qual vocês não verão elogios ao Azrael aqui.
002A trama é a seguinte: Gotham City foi julgada uma cidade imunda e sem salvação (como sempre), então Azrael com ajuda dos camaradas ”Cruzado” (o sujeito sem nariz com uma cruz no meio da cara) e “Lume” (Surfista Prateado emo) ele vai “julgar” Gotham de acordo com a vontade de deus. O tal Cruzado voa, cria barreiras… É um cara bem articulado, enquanto o Lume (Sami Mousawi) é tipo um recipiente vivo de energia, e ele pode liberar toda energia acumulada em uma explosão. Algo semelhante ao Chemo, usado pra detonar Bludhaven na Crise Infinita.
Gotham ser julgada como um lugar impuro e que deve ser destruída por causa de seus pecadores fazem vocês lembrar de alguém? Pensem a respeito enquanto lêem o texto, e vejam se são bons detetives ao final da trama.
Se juntarem os pontos vão entender fácil que Azrael e Cruzado iam usar o Lume como bomba pra detonar Gotham, para assim Azrael cumprir com a “vontade de deus”. Bruce Wayne está fora da cidade, resolvendo assuntos da “Incorporated” em outro país, e na cidade estão Dick Grayson (como Batman), Tim Drake (como Red Robin) e Selina Kyle (Mulher Gato). Os três seriam testados por Azrael pra decidir se Gotham deveria viver.

Judgement004Vocês terão oportunidade de ver uma história da infância do Dick Grayson e uma história da infância da Selina. Vão ver Tim Drake sendo julgado pela espada do Azrael e sendo aprovado… Diversas coisas interessantes. Algumas vão parecer meio sem pé nem cabeça, tipo o Morcego queimado no peito do Grayson, ou o próprio Lume em si, pois foram coisas que aconteceram/apareceram em edições anteriores de histórias diferentes. Azrael atravessou o peito do Grayson com sua espada, bem em cima do simbolo do morcego, e o símbolo ficou queimado no peito dele, e toda hora ele sente alguma zique-zira devido a isso.
003Essa história (Julgamento em Gotham) eu li antes na internet, na época que foi lançada nos EUA, e posteriormente (alguns meses depois), comprei em revista aqui, mas na boa, se a revista tivesse vindo apenas a página nº 77, eu voltava feliz pra casa. Não precisa mais nada. Essa página foi linda, foi melhor do que a decisão empresarial de Serginho Malandro: “Investe metade no glu-glu e metade no ié-ié!” (Salve Exu Malandro).
Desculpem o foco tão grande nesse quadro, mas em história nenhuma vocês vão ver uma cena do Grayson como Batman onde ele praticamente incorporou o Bruce. Eu nunca vi o Grayson tão próximo de ser o Bruce, o mais perto que vi ele chegar disso foi durante a saga “Life After Death”, mais pro fim depois que o garoto informante morre.
Azrael com Lume em mãos, pronto pra explodir a cidade, com o auxílio do Cruzado logo atrás. Grayson sozinho pára numa distância ínfima do Azrael, encara o sujeito e diz

Batman: Você quer que eu siga você, é isso? Tenho que me ajoelhar a você e te chamar de “mestre”, como faz o Cruzado? Isso NUNCA vai acontecer.

Azrael

005A pressão entre os olhares um do outro era suficiente pra fritar algum pequeno mamífero que passasse entre ambos. Mas não houve pancadaria. Após uma sequência de conversas, entre a cunhada do Azrael (sim, a cunhada do cara se meteu) e Batman (e também o Cruzado falando falando asneira), Azrael decidiu por usar as suas espadas em si mesmo para provar que estava certo, e adivinhem só… Não estava. Tinha alguém dominando suas idéias. [Alerta de spoiler! Se deseja ler, selecione o texto a seguir]. Ra’s Al Ghul. [Fim do spoiler]
Pois é, pra uma Gotham impura ter que explodir pra sanar seus pecados, só podia ser coisa dele mesmo. Já um tanto tarde, pois o Lume ia soltar a bufa da fatalidade e explodir Gotham de qualquer jeito, mas Azrael já como o cão arrependido com seu osso roído deu a ordem pro Cruzado segurar a explosão com suas barreiras. Quebrou coisa pra cacete, mas nem de perto “destruiu a cidade”.

LineDown007A história é basicamente essa. O Hine tem uma lista extensa de roteiros, maioria de títulos não muito conhecidos no Brasil, mas dentre os poucos bem famosos, temos Demolidor, X-Men e Homem Aranha.
Os desenhos do March vocês devem conhecer bem, ele já foi desenhista das histórias da Mulher Gato (Novos 52), e desse Julgamento em Gotham pra cá o traço dele melhorou muito. Já era muito bom, ficou melhor ainda. Também desenhou Gotham City Sirens, Birds of Prey, Mulher Maravilha… Só se dando bem com as mulheres da DC, mas também desenhou alguns números de Batman, Azrael e Detective Comics. Vale ressaltar que ele também coloriu boa parte de suas próprias histórias, e algumas Batman & Robin, Power Girl, Oracle, Red Robin e Huntress. É arte pra mais de anos.
006Os outros dois são Calloway e Guinaldo, que também meteram as mãos em Gotham City Sirens, sendo que o Guinaldo também trabalhou em Asa Noturna e Red Lanterns. Trabalhos menos numeros e contrariando o ditado, também com menos qualidade, mas ainda assim bons artístas.
Bom, acredito ser uma história que vale MUITO a pena por ser um caso que o Grayson bancou o Batman de verdade e meteu as caras sem ajuda de ninguém. Vale a pena dar o apoio a loja aí perto de você (ou banca pra quem não conhece lojas) e comprar.

cover

Download no MEGA: Julgamento em Gotham


Sobre a ordem de leitura das HQs do Batman Guide

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Olá, queridos!
Sentiram saudades? Pois é, estamos de volta!
E com uma novidade: estamos quase chegando no reboot! Dentro de algumas postagens, finalmente começaremos a cronologia “nova” do Morcego! Mas se você não sabe nada sobre os Novos 52, fique tranquilo: é para isso que estamos aqui. O Augusto já tem um texto maravilhoso prontinho, explicando tudo sobre essa nova fase da DC Comics e do Batman – afinal, é o que importa aqui!

Mas hoje não tem HQ. Vim aqui pra conversar com vocês, um assunto sério.

Hora de conversar sério no Batman Guide!

Hora de conversar sério no Batman Guide!

Talvez esse post devesse ter sido feito logo no começo do blog, mas não sou mulher de ficar me lamentando pelo que não foi feito, mas sim tomar as providências necessárias para resolver os problemas. E como diz o ditado: “antes tarde do que nunca!” Espero que você possa ler meu texto e que tudo fique esclarecido, afinal, conversando a gente se entende!

Recebo muitos comentários acerca da ordem de leitura do Batman Guide: se ela está em ordem cronológica, de acordo com as publicações da DC. Então, vamos tornar as coisas bem claras.

A ordem em que as HQs foram postadas aqui NÃO é necessariamente cronológica, mas segue uma LÓGICA. E o que isso significa? Significa que, de acordo com as sugestões dadas por mim e pelo Augusto, eventos acontecidos em 1989, por exemplo, podem ser melhor explicados por HQs lançadas em 1995. Então, na ordem de leitura que nós propomos, podem acontecer alguns saltos temporais, sim – mas todos visando a sua melhor compreensão dos quadrinhos do Batman.

Desde o meu primeiro post aqui no Batman Guide, eu deixei claro que eu não sou especialista em quadrinhos. Sou apenas uma fã com muita disposição para pesquisar e para compartilhar com vocês o conhecimento que eu tenho sobre o Morcego. Isso significa que eu estou, sim, sujeita a alguns erros na cronologia. Por exemplo, eu postei a HQ “Batman: Silêncio” antes da morte de Jason Todd, porque naquele momento eu acreditava que era a HQ necessária a se postar. Isso não compromete fatalmente o entendimento das HQs, mas HOJE, se eu tivesse que refazer o Batman Guide, eu jogaria essa postagem mais pra frente. Entendem o que quero dizer?

Quando o Augusto se juntou a mim no Batman Guide, esses erros cronológicos foram quase totalmente suprimidos, porque ele é muito mais expert no assunto do que eu (não é a toa que ele é meu “mestre” nesse assunto), e não deixa nenhum erro conceitual passar. Mas eventualmente, uma coisa ou outra vai fugir do que era esperado em comparação aos lançamentos da DC.

Por isso eu retomo: a proposta do Batman Guide NUNCA foi postar TODAS as HQs do Batman já lançadas. Conforme vocês podem ver em alguns comentários que deixei no blog, ler todas as HQs do Batman seria humanamente impossível – a não ser que você não fizesse outra coisa da sua vida além de ler Batman, o que não é o caso dos autores desse blog e imagino que não seja a de vocês também. A nossa proposta sempre foi: dentro daquilo que já foi publicado a respeito do Batman, escolher aquilo que é ESSENCIAL para a leitura. Escolher aquilo que você precisa ler para entender toda a história do Morcego.

Então, dentro dessa proposta de apresentar aquilo que é ESSENCIAL para a leitura e compreensão de Batman, Augusto e eu fizemos escolhas. Escolhas difíceis, por vezes. Não é fácil pegar tantos arcos existentes – são 75 anos de publicações do Batman – e selecionar aquilo que é indispensável. Não é fácil fazer conexões entre materiais dos anos 80 e de 2010 para que tudo fique o mais claro possível para vocês. É uma tarefa árdua. (Discutimos algumas vezes, inclusive.)
Mas nós o fizemos, e ao longo desses 2 anos é o que nós estamos fazendo com muito carinho e dedicação. A ordem de leitura aqui do Batman Guide é uma SUGESTÃO de duas pessoas que querem compartilhar o conhecimento com vocês.

E, bom, tratando-se de uma sugestão de leitura, é claro que vocês podem escolher não segui-la. É claro que, se você puder, você pode ler tudo que já foi publicado na história envolvendo Bruce Wayne. Existia uma cronologia não-oficial do Batman com todas as postagens dele desde 1937, mas ela saiu do ar. Contudo, como o próprio nome diz, ela era não-oficial, sujeita a erros, e com mais de 1000 HQs. Caso você não aceite as sugestões do Batman Guide, você poderia pesquisar essas HQs e, em seguida, procurar por links de download para cada uma delas, em português. Seria um trabalho bem desgastante e por vezes você iria ler HQs que não acrescentariam em nada à trama. Fora que ler em ordem cronológica poderia complicar bastante a sua cabeça. Mas é uma opção.

Entretanto, EU considero que o que fazemos aqui no Batman Guide é um trabalho muito mais “vantajoso” do que ler absolutamente todas as HQs do Morcego. Porque aqui nós postamos aquilo que faz sentido, de maneira lógica e organizada. Não serei modesta a respeito do trabalho que desenvolvemos aqui no blog, porque eu sei o quanto é útil e bem-feito. Eu sou bem neurótica com organização, e “transferi” isso para o blog para que nada ficasse confuso pra vocês.

Para concluir esse texto: eu e Augusto nos dedicamos para fazer o melhor trabalho para vocês. Nós damos o nosso melhor para vocês, e agradecemos muito pelo carinho e pela consideração que vocês tem conosco. Estamos, sim, sujeitos à falhas; mas podem ter certeza que nada é postado aqui sem ser fruto de muita pesquisa e de muita conversa.

Então, podem confiar no que postamos aqui. A nossa ordem de leitura te fará entender completamente toda a história do Batman.

Queridos, estamos abertos ao diálogo e a conversar com vocês. Construímos o blog coletivamente, e para vocês. Então, deixem comentários aqui, no e-mail, no Facebook, no Twitter – queremos saber o que vocês estão pensando! Qualquer dúvida ou pergunta, por mais boba que possa parecer, será respondida por nós com atenção e cuidado. O conhecimento foi feito para ser dividido. Foi, essencialmente isso, que me motivou a criar o Batman Guide, em abril de 2012.

E, acima de tudo, continuem nos acompanhando! Vem coisa boa por aí. Vocês já estão conosco desde os primórdios da história do Morcego, continuem conosco quando alcançarmos as publicações atuais da DC.

Beijo e até a próxima postagem!



Mustefaga Indica: “Coringa” do Brian Azzarello!

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Oi, queridos!

O Mustefaga, do canal NerdCetera, tem uma série de vídeos MUITO legal chamada “Mustefaga Indica”, em que ele faz sugestões de obras indispensáveis para qualquer leitor de HQs! Dê uma olhadinha no canal do Youtube dele, tem muita coisa interessante por lá!

E o Mustefaga Indica dessa semana é sobre uma HQ que é um marco na cronologia do Morcego – embora o foco não seja o Batman em si. Estou falando da obra “Coringa“, com roteiro do Brian Azzarello e arte do Lee Bermejo. Já falei dela aqui no Batman Guide e, inclusive, sorteei essa obra no aniversário de 2 anos do Batman Guide, você se lembra?

O vídeo está super legal, ele fala sobre a mente complexa do arquinimigo do Batman e sobre como ela é retratada nessa obra. Vale a pena assistir! E não se esqueça de clicar em “Gostei”, compartilhar e se inscrever no canal do NerdCetera no Youtube!

Até mais e que a força esteja com vocês!

 


#97 – Mulher-Maravilha: Hiketeia

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“Venho me oferecer
Em súplica,
A ti, minha ama.
Venho sem proteção.
Venho sem alternativas.
Sem honra, sem esperança.
Sem nada além de mim mesma
Para implorar tua proteção.”


Olá, queridos!
Que sumiço esse que eu dei, né? Mas tenho boas justificativas pra ele, então vou atualizar vocês sobre a minha vida nos últimos meses!
Me formei na faculdade. Agora sou oficialmente bacharel e licenciada em História pela Universidade de São Paulo, olha só! E agora sou oficialmente professora de ensino fundamental e médio na rede pública de São Paulo. Isso significa que agora tenho cerca de 300 pestinhas lindos para educar e ensinar História. E a partir de agora também conto com o apoio do meu namorado maravilhoso para dar prosseguimento ao blog!
Então peço que me desculpem essa autoria relapsa e continuem a acompanhar o Batman Guide de onde paramos – e falta tão pouco para chegarmos ao reboot!

O post de hoje é sobre uma HQ muito famosa, que tem uma capa magnífica desenhada pelo igualmente magnífico Alex Ross. E é sobre ela que vamos falar hoje. Sejam bem-vindos a: “Mulher-Maravilha: Hiketeia” (Wonder Woman: The Hiketeia, roteiro de Greg Rucka e arte de J. G. Jones, 2002.) E no fim do post tem uma surpresa para vocês!

Line

Em primeiro lugar, muitos de vocês vão me perguntar: “Mas Mulher-Maravilha? Esse blog não é sobre Batman?”, e talvez até achem que essa ausência do blog comprometeu minhas faculdades mentais (que, veja lá, nunca foi das mais sensatas). Mas eu explico: a DC Comics tem aquilo que chamamos de “Trindade”, o carro-chefe das publicações que é formado pelo Superman, pelo Batman e pela Mulher-Maravilha. Teoricamente era para Superman ser o mais importante, mas nos últimos anos Batman vem sendo o personagem mais trabalhado – o que gera críticas por parte de alguns fãs de Batman acerca do exagero no Bat-mito e na superexposição do personagem de Batman. Tem até um meme sobre isso: “Justice League? More likely Batman and his bitches.

Trinity

Ok, voltando: esses três personagens, juntos, protagonizam alguns dos mais célebres arcos disponíveis na cronologia da DC Comics. A Mulher-Maravilha, que é a protagonista do post de hoje, sempre teve uma relação bastante única com Batman, de ódio e respeito mútuo. Você pode perceber isso pela capa – Mulher-Maravilha pisando no rosto de Batman.
Então, já que se trata de uma personagem tão importante, vamos começar falando sobre a sua história, a sua origem.

LineWonder

Em 1940, o o desenhista William Moulton – conhecido popularmente como Charles Moulton, estava disposto a criar uma nova personagem para as novas companhias que formariam a DC Comics. Recebeu de sua esposa a sugestão de criar uma super-heroína do sexo feminino. Essa nova personagem seria de um tipo diferente: ela não triunfaria pela força, mas pela compreensão e pelo poder.
O mais interessante de tudo é o seguinte: William Moulton Marston era um psicólogo que tinha um projeto com uma espécie de polígrafo – popularmente conhecido como “detector de mentiras” – que utilizava a pressão sanguínea para examinar os prisioneiros de guerra germânicos. Essa experiência com o polígrafo mostrou para Marston que as mulheres eram mais confiáveis e honestas que os homens e poderiam trabalhar com mais eficiência.
Nessa reportagem do NYSun, diz-se que Marston afirma sobre Mulher-Maravilha: “A Mulher-Maravilha é o símbolo do novo tipo de mulher que deveria dominar o mundo, em minha opinião.”
Inicialmente, a Mulher Maravilha era uma Amazona Campeã que ganhou o direito de remover o oficial americano Steve Trevor de volta ao mundos dos Homens (o avião dele se chocara contra sua Ilha paradisíaca), e de lutar contra o crime dos nazistas. Ela se disfarçava de secretária, e nesse período, ela integrou a Liga da Justiça Americana como a secretária do time.

Primeiro quadrinho
Diana digita na velocidade da luz!
Chefe: (Pensando) “Os dedos dessa garota se movem tão rápido que mal consigo vê-los! Mas dessa forma, ela vai acabar cometendo vários erros!”
(Em voz alta): “Vá devagar, eu não tolero erros de digitação!”

Segundo quadrinho
Chefe: Inacreditável! Eu jurava que você não anotou metade do que eu ditei, mas essa carta… Está perfeita!
Mulher-Maravilha: (Pensando) “Tenho que ser cuidadosa para não dar na cara… Eles não treinam as garotas aqui para ter memórias perfeitas como as nossas!”

Durante a Era de Prata, a origem de Mulher-Maravilha foi reformulada para um elemento mais mitológica: recebendo a benção da deidade Athena em seu território só de Amazonas, Themyscira. Ela estava destinada a ser bela como Afrodite, esperta como Athena, forte como Hércules e rápida como Hermes.

Nos fins de 1960, sob o trabalho do roteirista Mike Sekowsky, Mulher-Maravilha suspendeu seus poderes para entrar no mundo dos homens ao invés de acompanhar suas irmãs para outra dimensão. Ela adquiriu um mentor chinês chamado I Ching, que a ensinou artes marciais e técnicas com armas de fogo. Usando sua habilidade de lutar ao invés de seus poderes, as histórias dessa época nos mostram uma Diana entrando em vários tipos de aventura, em histórias que envolviam desde espionagem até mitologia.
Nos anos 70, a personagem retornou às suas origens como super-heroína na Liga da Justiça da América.
Mais uma mudança aconteceu na época de 1985, na Crise das Infinita Terras, em que George Pérez, Len Wein e Greg Potter remodelou Diana como emissária e embaixadora de Themyscira no Mundo dos Homens, com a missão de trazer a paz. Essa premissa deu origem às histórias modernas da Mulher-Maravilha, e foi um estrondoso sucesso comercial e de público.

Agora, passemos à “Hiketeia”.

LineHiketeia

001A HQ começa com uma súplica, o “Sagrado juramento de Hiketeia”. E começa com a princesa Diana lamentando a falta que sente de Themyscira, a ilha de amazonas da qual ela é originária. Ela também lamenta a presença de suas irmãs que a esperam, ainda que sua obrigação tenha sido cumprida, e ainda que não haja Hiketeia mais para prendê-la ali. Entretanto, o que é Hiketéia? Vamos descobrir ao longo da saga. Ela começa a nos contar algo que se relaciona a leis muito antigas, leis que formam a rede a que chamamos de civilização. E também nos fala de um antigo ritual grego chamado Hiketeia, em que se vincula um suplicante a seu mestre em uma relação de respeito mútuo e proteção.
005E é exatamente o que acontece em nossa história: nos dias atuais, Diana recebe uma jovem garota que se oferece como sua suplicante, aos moldes do antigo ritual. Mesmo incerta e insegura sobre como fazer, Diana aceita fazer de Danielle Wellys e sua suplicante e faz o ritual de Hiketeia, se comprometendo a guardar Danielle.

003

004Entretanto, a garota se envolve em conflitos que nem mesmo Mulher-Maravilha consegue protegê-la: ela está atrás de vingança por um crime cometido contra alguém que ela amava. E o modo como ela tem desenvolvido essa vingança está envolvendo as Fúrias da antiga Grécia e está colocando Diana em conflito direto com Batman – que é implacável e imperdoável quando se trata de caçar alguém que está cometendo crimes. E Diana, devido a Hiketeia, está comprometida a proteger Danielle com sua própria vida. Como esse conflito irá se resolver?
O trabalho de Rucka nessa HQ explora um lado pouco conhecido da Mulher-Maravilha – uma exploração real da personagem. O modo como explora os mitos gregos em relação a Diana é impressionante.
002A arte de JG Jones é detalhada com o objetivo de capturar os sentimentos e as sensações da Mulher-Maravilha, bem como as sensações da cidade e de objetos que fazem parte do cenário. E, o que considero o grande trunfo no que se refere à arte dessa HQ, Jone consegue inserir os super-heróis num meio urbano com total maestria, como se fossem elementos perfeitamente comuns do cotidiano.
Hiketeia é um épico sobre honra, obrigação, moral, e sobre como as circunstâncias podem alterar a realidade dos fatos. Pouco se explora sobre o Cavaleiro das Trevas. Mas esse não é o foco da história. Essa história é perfeita para dar ao leitor um panorama geral de quem é a princesa Diana de Themyscira, que possui uma personalidade forte e implacável, mas quando necessário é gentil, amorosa, leal. Uma super-heroína com um magnífico pano de fundo histórico e mitológico que merecia mais destaque nas histórias da DC Comics.

Espero que tenham gostado desse retorno do blog! E, abaixo do download, como eu prometi, há uma galeria de imagens e wallpapers da Mulher-Maravilha para fazer download! Até o próximo post!

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Download no MEGA: #97 – Mulher-Maravilha: Hiketeia

Imagens

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O que nós achamos sobre Gal Gadot como Mulher-Maravilha?

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Aproveitando o embalo do último post, hoje vou falar sobre a escolha de Gal Gadot como Mulher-Maravilha.

 Gal Gadot… É.
“É o que?”, é rica, é linda, é inalcançável pra mim (e pra todos vocês, seus mãos peludas), mas NÃO É a Mulher Maravilha. Quer dizer, ela é a Mulher-Maravilha, foi escolhida pra isso e será paga pra isso. Vão filmá-la vestida como a Diana e etc, mas ela não bate certo com o que fãs da DC conhecem por “Mulher Maravilha”. Gal Gadot, vendo através dos olhos fúteis do mundo, é no máximo uma mulher maravilhosa, mas não uma Mulher Maravilha.

Gal Gadot

Primeira imagem oficial de Gal Gadot como Mulher Maravilha. Fonte: Jornal O Globo

Minha primeira pergunta foi “Cadê o resto dela?”. A mulher é uma vareta. Ok, eu também não sou o Henry Cavill, mas eu não me candidatei a ser o Superman. A Diana é uma amazona. AMAZONA. É aquela mulher com armadura grega que facilmente te amarra com as patas pra cima igual um porco com bronquite. A mulher é um armário, aguenta mais porrada que o Rocky e bate mais que motor de carro velho. Uma mulher sarada, que qualquer homem pensaria duas vezes antes de olhar mais de 2 segundos.

O cinema tem passado por cima de uma porção de detalhes na hora de escolher representantes para seus personagens. De início e mais clássicos: Rei do Crime e Nick Fury, ambos saíram na matiz errada, não sei se notaram o pequeno detalhe. Depois um Constantine moreno (agora tem um mais a caráter no seriado, eu sei), tivemos a primeira Mulher-Gato (solo, Hale Berry) que também não condizia muito com a Selina que o mundo conhecia na época… E segue lista se formos pegar personagens menores.

Já era de se esperar alguma babaquice dessa vindo de uma tentativa de “Liga da Justiça” da Warner. Cá entre nós, a DC não tem autonomia como a Marvel. Em matéria de produção de filme de herói, se fosse rolar uma briga entre Marvel e DC, eu apostava até minha avó na Marvel. E EU PREFIRO A DC. Ao ver a DC valente se propondo a lutar, a Marvel daria uma risada e diria “Enche o peito e vem chorando fdp”. Infelizmente não dá. Eu não troco NENHUM filme da Marvel pelos da serie Dark Knight com o Bale, mas putz, o Bale sozinho não pode contra Capitão America maneiro, Homem de Ferro maneiro, Thor maneiro, Vingadores maneiro e mais uma tonelada de títulos legais saindo com filmes de médios a excelentes. A DC saiu com Batman e Superman, e os do Batman ainda foram desconsiderados de qualquer ligação com o resto do universo que estão preparando pra Liga da Justiça.

Como eu SEMPRE digo quando o assunto são os filmes da DC: a DC é da Warner, que por sua vez é da Time. É MUITA gente acima, logicamente que o setor não recebe a atenção e a verba que merece, e quando recebe, é através das pessoas e das ideias erradas.

Cá entre nós, o filme “Man of Steel” e a trilogia “Dark Knight” foram os primeiros acertos da DC, e ainda assim carregados de detalhes dignos de se esquecer, mas fazendo vista grossa, os melhores. Então era óbvio que nego ia cagar na Mulher Maravilha, assim como já cagaram na escolha do Aquaman e do Flash. Jason Momoa como Aquaman… Beleza, o próximo Hal Jordan pode ser o Jackie Chan. Ezra Miller como Flash. Que maravilha também. A Hawkgirl será o Paulo Gustavo do “Minha mãe é uma peça”, ele interpreta mulher direitinho. PORRA. E claro, lembrando que o blog é de Batman: BEN AFFLECK É O BATMAN. This is why we can’t have nice things.

Não sei que diabo farão com o Affleck, mas o cara é relativamente LOIRO, o cabelo dele não é preto como o do Bruce. Tá, o Affleck não é loiro tipo o Thor, mas vá, está longe de ser moreno como o Bruce. Fora que ele é o Ben Affleck, tá tudo errado. Se que o foco desse texto não é o Ben Affleck como Batman, nem o Ezra como Flash, eu estou mencionando esse mar de escolhas de bosta que a DC fez só pra vocês verem que a Petit Gataeu, quer dizer, a Gal Gadot não foi nenhuma surpresa como má escolha. Tava óbvio que a DC ia arriar as calças pra algum conceito moderno. Única escolha decente que vi a DC fazer com ator foi o Cavill como Superman, e quase 100% a do Bale como Batman.

Assim como eu disse no texto da escolha do Affleck como Batman: QUE EU QUEBRE A CARA, que fique magnífico, tanto ele como Batman, quanto a Brigitte Bardot, quer dizer, a Gal Gadot, como Mulher Maravilha. Eu espero que eles dêem uma zuada estilo “300” (Sparta, lembram?) e coloquem a mulher sarada no Photoshop CS3 mesmo, mal feito e nas coxas, mas que não seja magrela como nas fotos, porém uma vez apresentada, é quase 100% certo que será desse jeito, magrela.

Enfim, minha opinião é que foi uma má escolha de atriz, e fique claro que com isso não estou falando dos dons de atuação da Gal, estou falando da imagem do personagem mesmo, mas já que falei de atuação… Não sou critico, não entendo muito do assunto, mas na minha leiga visão… ok que todo mundo tem que começar de algum lugar, mas ter seriadinhos meia boca e “Velozes e Furiosos” como topo da carreira, puta merda, né. Mulher Maravilha merecia mais.


#98 – Gotham Central: Apagar das Luzes

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Apresentei a pistola (RIP Chaves).
Começando sério agora, bom dia a quem se importa. Esse texto é sobre um dos maiores dilemas das histórias do morcego velho: a relação do Cavaleiro das Trevas com a polícia de Gotham.

Uma das coisas que me tornaram fã das histórias do Batman foram os dilemas. Dilemas tem pra dar e vender. O Batman tem seus dilemas com cada vilão, com cada herói… Tudo na história se faz pensar. São casos deveras originais em vista das condições apresentadas serem mais puxados ao “fantástico” do que a realidade, apesar de Batman ser um dos heróis mais realistas da DC.
O Batman em si é um dilema. É um personagem extremamente complexo, e isso serve de ponte para se criar argumentos de todo o tipo sobre todo tipo de situação, personagem ou grupo que o cerca numa história; por consequência, nem a galera que está do lado dele escapa da complexidade. Um dos dilemas mais antigos nas histórias do Batman, que provavelmente data quase da mesma época (se é que não no mesmo momento) em que o dilema com vilões começou, é o dilema com a polícia de Gotham. A HQ de hoje trata exatamente sobre isso. Sejam bem-vindos a: “Apagar das Luzes” (“Gotham Central #25: Lights Out“, roteiro de Greg Rucka e arte de Michael Lark, janeiro de 2005).

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1. Introdução: o Departamento de Polícia de Gotham
Quem está acostumado com os seriados onde a Tia do Bátima era a principal fonte de piadas em Gotham, lembra bem que havia um telefone vermelho tipo o das Meninas Super-Poderosas, pelo qual a polícia tinha uma linha direta com o a Dupla Dinâmica, que na época estava no ápice da tecnologia com seus Bat-escudos que dobravam igual papel e eram guardados dentro da cueca e tal. Mas aquilo é um tempo passado. No universo refeito lá pelos anos 70, a relação do Batman com a polícia ganhou uns rumos mais loucos que o Chapeleiro.

A questão que impera tanto pra polícia quanto para o povo de Gotham é “De que lado ele está?”. Há os policiais que acreditam que o Batman obviamente está do lado deles, há os que acreditam que o Batman bate nos vagabundos mas é tão louco quanto eles, e os que acham que o Batman é mais um vilão que dá um cacete nos demais apenas por questões pessoais. Ou por pura diversão, o que não deixa de ser uma questão pessoal.

Se a policia de Gotham lesse a HQ saberia que o Batman está do lado deles, mas como isso não é Deadpool e o 4th wall não pode ser derrubado nem pelo Bane virado numa mistura de Venom com Titan, Guaravita e o X-tudão do Chico Dorme-Sujo, a polícia não lê e não sabe. Mas falando sério, temos que levar em consideração a VISÃO que os policiais teriam.

Eles não fazem ideia de quem o Batman é, do que aconteceu a ele, o tanto que ele treinou e estudou, sabem que ele tem mania de fazer o impossível e que é extremamente capacitado no que faz, mas não sabem até onde é sorte e até onde é técnica. Não fazem ideia dos conhecimentos, não fazem ideia da história, não fazem ideia de como ele some e aparece. Eles não sabem NADA sobre o Batman.

A visão deles é basicamente: Um sujeito vestido de Morcego que aparece do nada, cobre todo mundo de porrada e some. Ponto. Não sabem os motivos, não sabem o que ele passa, não veem os ferimentos dentro da roupa, muito menos os ferimentos dentro da alma. É só um homem de preto varrendo tudo com os punhos.

Primeira página da HQ “Detective Comics 27: The Bat-Man: ‘the Case of the Chemical Syndicate'”

Vou dar um exemplo infeliz. Tem alguma cidade aqui no Brasil que há uns anos atrás tinha um motoqueiro fazendo justiça com as próprias mãos pelas noites da cidade dele. Só que esse andava com uma arma e dava tiro nos bandidos na rua e sumia. Sei lá se quem conhece o cara e sabe que ele era o tal motoqueiro entendem as razões dele e o consideram um Frank Castle. Pra uma boa porcentagem da população, e principalmente para a POLÍCIA ele pode ser outro bandido matando rivais.

O dilema “Batman x Policia” parte muito disso. Um civil qualquer não tem permissão pra fazer maior parte do que o Batman faz pra capturar vagabundos. Logo, se ele faz coisas não permitidas, ele tá meio que no mesmo barco dos vagabundos. ISSO É TEORIA, eu adoro Batman, acho que não preciso lembrar a ninguém disso. É só algo a se considerar no assunto.

O Batman defende a cidade como bem quer. Há diversas histórias onde ele se refere a Gotham como sendo dele. Em muitos casos o “minha cidade” não quer dizer “cidade onde vivo”, mas sim “cidade que é minha”. Vá, a família do homem fez o que a cidade é hoje, e o Batman foi quem a manteve de pé e reconstruiu quando ela caiu. Digamos que por mérito ele tenha licença de dizer isso.

Só que, como falei antes, ninguém sabe desses detalhes, só nós que lemos. Acha que alguém sabe que o Batman injeta milhões na cidade, reconstrói as coisas e etc? É só o homem que aparece do nada, dá porrada em todo mundo e some.

Não é a toa que o Darkseid considera o Batman o humano mais perigoso do universo. Acham que se o Batman quisesse tomar a cidade ele não tomava? Esse é o conceito do problema do Lex Luthor com o Superman. E se aquele poder absurdo sair do controle? O Superman é um perigo em potencial. Nada impede de policiais ou cidadãos verem o Batman assim, como um inimigo em potencial. Se o Morcego sair do controle, quem vai segurar? Algo tão “acima” desse jeito causa medo quando você não sabe qual é a proposta, quando você não conhece.

Tecnicamente, essa é a proposta do Batman. Ser tipo uma lenda do terror, que ninguém está preparado pra encarar, que ninguém nunca sabe quando vai encarar. Batman inspira medo. Essa sempre foi a ideia.

Com o tempo, Batman e Gordon se aproximaram mais como “parceiros”, e ai nasce outra relação super interessante para a história. Pois o Gordon não tem medo do Batman, não o considera acima de nada. Quantas mil vezes já vimos o Gordon dizer que o dia em que o Batman sair da linha, ele mesmo (Gordon) iria atrás dele? Claro que a relação deles não é simples assim. Quantas vezes o Batman salvou a vida do Gordon, quantas vezes ele salvou a cidade e o Gordon viu? Quantas vezes ele salvou pessoas e o Gordon estava presente? O Gordon sabe qual é a do Batman, mas isso não quer dizer que o resto da corporação saiba.

“Ah mas era só o Gordon contar!”. É. Imagina que você acredita que o INRI Cristo é mesmo Jesus. Você tem isso como verdade assim como o Gordon sabe que o Batman é do bem. Agora vai você pro seu trabalho/escola convencer os outros disso. Assim é o Gordon e o resto de Gotham. Assim somos todos nós com nossas crenças. Adianta? Não.

Após o evento “Jogos de Guerra”, onde o Batman literalmente guia a policia seguindo os passos de um plano dele que estava falho e ele não sabia, toda a confiança que havia foi por água abaixo. A culpa foi da Stephanie Brown (Salteadora na época, e posteriormente Batgirl, tem texto dela aqui no blog) mas a policia não quer saber disso. Assim como o Batman também não a condenou. Ele fez algo bravíssimo e que muitas vezes ninguém faz: arcou com as consequências.

2: Gotham Central: Apagar das Luzes
001A história que a Jéssica escolheu pra esse texto retrata exatamente esse período após o Jogos de Guerra. Tudo bem que esse Comissário novo é um pé no saco e não viveu metade do que o Gordon viveu ao lado do Batman. Mas a quem culpar? O Batman não fez concurso pra ser morcego-pitboy. Ele chegou e pronto. Quem vem depois só sabe da lenda urbana de um Morcego que faz trancinhas com as costelas dos pilantras noite a fora.

004Claro, o Batman teve suas épocas de acesso livre ao Arkham, época de conversar com mais policiais sem ser o Gordon, época de ser mais próximo e tudo… E mais uma vez lhes sugiro que se coloquem no lugar dos personagens. Vocês NÃO SABEM quem é o Batman nem tudo o que ele fez, nem a razão que o leva a fazer o que faz. É um sujeito enorme que fala rosnando, aparece e some do nada, vive nas sombras e tem uns brinquedos legais pra caramba. Ninguém senta com o Batman pra tomar chá e falar da vida. Eles só vêem o cara pra falar de problema, de bandido e afins.

003Tem os policiais que já foram salvos pelo Batman. Tem os que já foram ajudados. Tem os que tiveram parentes salvos pelo Batman. E tem os que simplesmente viram o Batman fazer algo incrível. Pontos de vista variam com experiência. Não dá pra cobrar de mim que eu compreenda o drama que é correr de um leão na savana. Eu nunca corri de um, nunca pisei numa savana. Não dá pra cobrar de você que compreenda o ponto de vista dos aliens que vivem nas luas de Saturno, você não conhece nenhum (eu espero). Não dá pra cobrar concordância de alguém que só ouve histórias ou vê uma ação perdida aqui ou ali.

Há os policiais corruptos, e esses sim tem razões de não gostar, e de ter um medo cagado do Batman. Eles ficam tipo eu quando lembro do Bat-maçarico do filme Batman Eternamente. O Bat-maçarico até hoje me assombra quando ando pela casa a noite. Fico ouvindo aquele “fooosssh” como se ele estivesse aceso me perseguindo. O terror psicológico é tão grande que me jogo com roupa e tudo embaixo do chuveiro e fico cantando o hino nacional todo errado até pegar no sono. Assim são os policiais corruptos com o Batman.

Em que posição está o Batman perante Gotham? E perante a lei? E perante a executora da lei (Polícia)? Não necessariamente a mesma em todos os casos, e essa é a fonte dos problemas. Como mencionei antes, ele age acima da lei em diversos casos, e isso o faz um infrator da mesma. Fins justificam os meios? Não sou eu perguntando, eu quero mais que ele cubra todo mundo de porrada, essa é a pergunta feita por boa parte dos policiais e dos cidadãos de Gotham. É uma simbiose desequilibrada. A Polícia ganha um exército de um homem só (posteriormente de vários, tipo Robin, Asa Noturna, Batgirl e segue lista) podendo chegar onde não conseguiria chegar sozinha, graças a colaborar com essa simbiose com uma bem-vinda “vista grossa”, e o Batman ganha a tal vista-grossa e acesso a informações sem que ele precise tomá-las na marra.

002É tipo se você jogar sua bola no quintal do Superman. Se ele devolver você tá no lucro, porque se ele cismar que a bola é dele, já era. O Batman pode ter tudo o que quiser de informação da polícia, mas nessa simbiose eles fornecem sem ele pegar à força. Os que defendem a existência de um Batman em Gotham são aqueles que cansaram de não poder agir como PRECISAM agir e agem como são obrigados a agir. São os que cansaram de não ver uma luz no fim do túnel. São os que viram no Batman uma esperança que, por mais coberta de mistérios que seja, é a única chance de virada em um jogo que já estava condenado a derrota. É tipo se você fizesse parte de um exército de Nelson Neds enfrentando um exercito de Cauãs Reymonds, e de repente aparece um Bruce Lee ajudando os Nelson Neds. Lógico que você vai querer que o Bruce Lee faça o que for preciso independente das razões que o levaram até ali.

Então, encerro esse texto lembrando a todos que a intenção não foi proteger a opinião dos policiais que acham o Batman um louco, nem proteger a posição do Batman “acima da lei”, nem proteger os Nelson Neds nem nada do gênero. Eu (acho que) não ataquei a nada nem ninguém com minhas palavras, só quis trazer novos ângulos da questão a quem ainda não tinha abordado esse tema com atenção. Novos jeitos de olhar, sabe? A quem agora se disse em voz alta um “Orra mano, eu pensei isso em 1990, chegou meio atrasado” eu mando um abraço pro papai, pra mamãe, e espero que todos estejam muito bem.

Gotham Central - 025-00 cópia cópiaDownload no MEGA: Gotham Central – Apagar das Luzes


#99 – Batman: Garotos Perdidos

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“A neve sempre me deixa inquieto – o jeito com que ela enterra tudo. […] Eles sempre voltam para mim no inverno, os casos sem solução. Aqueles que eu não pude resolver. Se você se pergunta se tem um que seja pior, um caso de muito mais tempo que me incomoda mais do que qualquer outro numa noite como essa… Posso dizer sem hesitação que sim, existe.”

Alô bandidada, o Batman chegou, trazendo a tortura, a justiça e o terror ♫

Vocês notaram o meu sumiço e o do Augusto, né? Pois então. Nunca nossa vida esteve tão atribulada. Entre perdas pessoais, trocas de emprego e reviravoltas dignas de um roteiro do Morrison, cá estamos nós. E dessa vez, pra chegar na cronologia atual do Morcego.

Nesse último post de dois dígitos do Batman Guide, vamos trazer uma história importante para introduzir alguém que aparecerá depois do reboot. E, apesar da tradução horrível no título, a história é boa e muito reveladora: nos mostra que nenhum lar, por mais correto que seja, está imune dos erros e de uma mente criminosa. Sejam bem-vindos a “Batman: Garotos perdidos” (“Lost boys“, Detective Comics #875. Roteiro de Scott Snyder e arte de Francesco Francavilla. Maio de 2011.)

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001O bom e velho Harvey Bullock está executando sua atividade preferida no mundo depois de prender criminosos: fumando, ouvindo seu rádio de pilha e pensando na vida sob o telhado do Departamento de Polícia de Gotham City. E os seus pensamentos variam sobre os novos tiras do DPGC que não o respeitam, sobre Batman, sobre os bandidos freak que brotam na cidade a uma velocidade incrível, e sobre James Gordon – e o filho dele, James Gordon Jr. Que, segundo sua opinião não é a melhor pessoa do mundo.
002Outro velho pensador da cidade, o Comissário incorruptível James Gordon, também está pensando sobre a cidade. Gotham às vezes não parece ser uma entidade com vida própria, quase uma personagem das histórias? Comissário Gordon não gosta do inverno. Ele sempre traz questões não-resolvidas e problemas. E, falando em problemas…
003Esse deveria ser o sobrenome do menino James Gordon Jr. Eu disse “menino”? Ele já é um homem. Mas é de menino que vem suas atitudes questionáveis. Como aquela vez em que, pequeno, talvez tenha envenenado um colega que mexera com ele. Como aquela vez em que matou um pássaro para ver onde ela guardava os ossos no estômago. Um garoto que tem tudo de errado… Ou apenas uma criança travessa demais?

004Depois de crescer, está de volta à cidade, dizendo a seu pai que está recuperado. Ele poderá ser perdoado, e a confiança reestabelecida, depois que os laços foram dissolvidos de maneira tão forte? Nós, os próprios espectadores e leitores, ficamos inseguros, incertos sobre quem é verdadeiramente James Gordon Jr. E sobre a atitude que o Comissário deverá tomar. A questão dos olhares dos desenhos, nos quais buscamos um sentimento de culpa, de arrependimento ou apenas uma decisão errada. E esse suspense, exatamente como nos diz a frase de introdução desse texto, vai chegando ao seu clímax conforma a história avança. Cada imagem significa alguma coisa e cada linha tem um peso que te arrasta para baixo até que você tem que parar. Até as cores passam uma sensação opressora.
Francesco Francavilla nos mostra uma Gotham decadente e, ao lado, uma cena de um feriado ensolarado brilhante. E ele preenche ambos com a escória, o pavor e o elemento de horror característicos da existência humana.
005Fica difícil dizer quem é o vilão verdadeiro nessa história: James Jr. é desta maneira porque é, ou o mundo o fez ser assim, por tudo que o tratou? Houve ou não um grande crime em seu passado? Será ele o responsável pela morte da menina Bess? Será ele responsável pelas mortes de crianças na cidade? Quem é, verdadeiramente, James Gordon Jr?
Essas são questões sobre as quais você terá o privilégio de pensar durante a interessantíssima leitura de “Batman – Garotos Perdidos”! O link para o download está abaixo!

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Download no MEGA – Batman: Garotos Perdidos


#100 – Richard “Dick” Grayson

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“Mudar é sempre mais difícil do que permanecer o mesmo. É preciso coragem para se encarar no espelho e ver além do reflexo. Para encontrar o que você deveria ter sido. O que você perdeu pelos cruéis eventos de infância. Eventos que peagaram a trajetória natural da sua vida e a distorceram. Mudar para algo inimaginável, ou mesmo incrível, te dando a coragem para abraçar o seu legado, o seu destino.”
(Richard Grayson)


Esse é um post “diferente” pra mim. Acho que será a primeira vez que escreverei sem ter uma revista/saga em foco, apenas o personagem em si. Falar dele, de tudo que sei e tudo que já li.

Falar dele não é a mesma coisa que falar dos demais personagens. Os demais podem ser bons também, mas não “a altura”. Se é pra dar nome aos bois, digo Tim Drake, Damian Wayne, Jason Todd, Cassandra Cain, Azrael (Valley e Lane), Jim e Barbara Gordon e qualquer outro. O único que dentro do universo morcego tem o “destaque”, participação em vários grupos de heróis, em revistas que não são as dele e está na estrada e nas bancas há no mínimo 7 décadas fora o Batman, é Dick Grayson.
Pode parecer errado começar a explicar o universo do Batman e deixar o post do Dick Grayson pra tão… “tarde”. Até pra nós que escrevemos os textos aqui no blog isso pareceu errado. Depois de sagas como “Terremoto“, “Terra de Ninguém“, “Assassino?/Fugitivo“, “Silêncio” e até mesmo as dele como Batman, não tinha como achar que estávamos em débito com o post dele, mas de fato ainda não era possível.
A questão era simples. Ele está presente em praticamente TUDO, desde o início, então como fazer um bom texto detalhado sobre ele sem dar centenas de spoilers? Com o reboot, chegamos ao fim das histórias do Batman como conhecemos, dando palco para uma “nova versão” das coisas. E tendo então encerrado uma época, não há mais nada de novo a se acrescentar na história do Asa Noturna como conhecemos (o pré-reboot). Melhor hora impossível.

Apesar de já termos abordado aqui outros personagens que apareceram bem depois, podem notar que só foram apresentados no momento CERTO, onde não seriam necessários spoilers. Não daria certo colocar esse texto no início do blog se a intenção é respeitar o máximo possível a cronologia dos fatos. Como poderíamos falar na íntegra de tudo que esse personagem “é” e “fez” ao longo de todos esses anos sem dar spoilers? Impossível. Mas a hora chegou.
Dá pra fazer um texto exclusivo sobre cada pedaço da história dele. Um pro convívio dele com o Batman, um só pros fatos ocorridos dele como Robin, outro pros acontecimentos como Asa Noturna, um só pra Bludhaven, outro só da relação dele com a Barbara Gordon, um texto sobre a consideração mútua entre ele e o Superman, outro a respeito dele com os demais heróis e grupos de heróis como os Outsiders, os Titãs, Jovens Titãs e até da Liga da Justiça – sendo que ele já foi líder desses 4 últimos grupos, que acredito eu serem os quatro maiores e principais da DC até poucos anos atrás. Lembrando que alguns desses textos não seriam possíveis nem com o Batman, pois o Morcego não é lá de muitas interações.

Se for pra fazer uma lista de tudo que ele já fez, pega mais de uma página. O cara foi líder dos Titãs, líder da Liga da Justiça, lider dos Outsiders, já foi Robin, já substituiu o Batman 2 vezes, é o segundo no comando do exército dos morcegos, já conquistou Bárbara Gordon, Starfire, Caçadora, Donna Troy, deixou a Supergirl na intenção, já ficou entre a vida e a morte uma porção de vezes , conseguiu o respeito de 3 personagens hiper difíceis do universo DC (Batman, Damian e Bane)… E a lista continua.
Ele tem tanta história quanto o Batman. Só pra vocês se situarem: o Morcego foi criado em 1938, Dick Grayson em 1940 (mesmo ano do Coringa), e o Jason Todd (o segundo Robin), só veio aparecer em 1983, ou seja, 43 anos depois. O que nós estamos fazendo nesse blog é contar a história do Batman. Já estamos no post nº 100 e ainda tem MUITA coisa pra vir. Contar detalhadamente a história do Grayson renderia outro blog, mas como o Morcego já é trabalho suficiente, assumi o desafio de “resumir” a história de Dick Grayson aqui.
Lembrando mais uma vez que ele já foi Batman também. Uma vez temporariamente, com o original de olho, e outra oficialmente, ocupando de fato o cargo mais alto da família Wayne e da família dos morcegos durante a “morte” do Bruce. Ele foi o foco principal aqui no blog temporariamente.
Alguns podem achar que ele é uma mera sombra mais “divertida” e “social” do Batman, coisa que acho idiota sendo que o próprio Batman diz que ele é bom demais para viver na sombra dele. Esse texto é dedicado a ele que é Asa Noturna, foi Robin e ex-Batman (nada impede que volte a ser), Richard John Grayson.

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2013-04-07_015547_detective_comics_38_first_appearance_of_robinDick Grayson é o Robin mais famoso, sem dúvidas. Em primeiro lugar devido a ignorância do mundo. Quase ninguém sequer sabe que o Batman teve mais de um Robin. Quando se fala em Robin, só lembram do camarada bobalhão de sunga verde que vive dizendo “Santa isso, Batman!”, “Santa aquilo, Batman!”. Segundo, mesmo que soubessem que existem mais Robins, o Grayson tem muito mais influência e tempo de histórias que todos os demais juntos se bobear.
Mas para contar a história dele, vamos começar do início… Circo Haley? Não. Circo Haley não foi o início. O início da história de Dick Grayson foi do “lado de cá” das páginas, numa conversa muito real entre Bob Kane e Bill Finger, em 1940.
finger_kaneUma das fontes de inspiração para se criar o Batman foi Sherlock Holmes, e uma coisa que incomodava Bill Finger é que Batman não tinha com quem falar durante as histórias, nas ruas, na ação. Sherlock Holmes tinha um Watson, e o Batman? Tinha o quê? Bill estava ficando cansado de ter sempre que fazer linhas de pensamento pessoais do Batman ao invés de colocá-lo conversando com alguém.
Bill Finger queria (com razão) dar um leque novo de possibilidades na história, quebrar certa monotonia de ser sempre o Batman pra tudo, e claro, trazer um personagem mais jovem, com outras opiniões e outras características, para aproximar leitores mais jovens e fazer os mesmos se identificarem com o novo personagem.
O nome veio da fonte que costuma a ser a primeira referência que salta na mente, Robin Hood. Então, enfim, em 1940, nasce Dick Grayson. Agora sim, vamos para o começo da história do “lado de dentro” das revistas, o Circo Haley.

Os Grayson Voadores

Os Grayson Voadores

Um circo, um simples circo, mas não para nós. Esse circo conta com a família de acrobatas conhecida como os Grayson Voadores. John Grayson, Mary Grayson e Richard Grayson. Você pode ler a história clicando aqui. Décadas a frente dessa “origem”, foi revelado que havia outra criança que entrou posteriormente para a equipe dos Grayson Voadores, garoto esse que na época era muito melhor que o Dick, e que acabou se envolvendo em uma confusão na qual talvez Dick pudesse ter ajudado e não ajudou, resultando em ossos quebrados e por consequência, incapacidade de prosseguir como acrobata na equipe. Essa “adição” rolou durante a história “Julgamento em Gotham”, que é relativamente recente.

catsAlgum tempo depois, John e Mary morrem durante seu número nas alturas, caindo lá de cima (como manda a gravidade) direto para a morte. E assim como no caso do “outro garoto” na equipe… Tempos a frente foi “adicionado” que na verdade aquilo não foi um acidente, mas sim uma sabotagem.
Antes a culpa era direcionada somente ao Zucco (que ainda veio a ser dono do circo), em um rolo envolvendo extorção em troca de proteção, e como o dono do circo na época se negou, os caras sabotaram os trapézios. E atualmente a culpa está direcionada à Corte das Corujas… Um tremendo rolo que não vem ao caso no momento, pois já é material pós-reboot.
1O destino arranhou a lousa do universo e fez o mundo se encolher perante aos acasos que estão ai para nosso deleite. Quem estava na platéia naquela noite? Não era o Jason Bourne. Se fosse ele vocês não o encontrariam, ele é que encontraria vocês. Lá era Bruce Wayne. Na época ainda era apenas milionário, não podendo competir com José Safra e a família Marinho.
Essa história tem a versão calma e bonita, e a versão Frank Miller. A versão “elipse no peito e sorriso na cara” e a versão “Goddamn Batman”. Na versão calma, ele é levado para a mansão Wayne para ser criado como filho adotivo de Bruce Wayne, passando a viver lá sozinho com ele e seu mordomo, Alfred Pennyworth. Esse papo deu pano pra manga nos anos 40/50, quando um psicólogo (desocupado) começou a insinuar que havia relação sexual entre Batman e Robin, sendo desmascarado logo sem seguida, mas não sem antes causar um estrago na mente de quem não conhece os quadrinhos. Você pode ler mais sobre isso nos seguintes links:

All-Star_Batman_and_Robin_10AA versão mais moderna dessa história é com roteiros do Frank Miller e desenhos do Jim Lee (na época era só desenhista, e atualmente um dos 3 maiores da DC abaixo da dona). Foi publicada nas primeiras edições da série “All Star Batman and Robin the Boy Wonder”, e você pode lê-la na íntegra clicando aqui para baixar as HQs (disponibilizadas pela Jéssica).

Nessa versão, Batman é um sujeito mais perturbado do que heróico. Egocêntrico, extremamente auto-confiante e ao mesmo tempo apresentando algumas inseguranças bestas tentando assustar/impressionar o garoto, vide a apresentação da Batcaverna ao Dick. Batman fez questão de levá-lo a um passeio de batmóvel. Uma tentativa que ele achou ter sido falha de impressionar o garoto, que ficou quieto mas na verdade estava impressionado mesmo.
2No passeio esse o carro mergulhou na água e voou pelo céu (voar na água e mergulhar no céu com certeza iria impressionar até os leitores) e enfim chegou na Batcaverna, que por si só já seria suficiente pra deixar qualquer um de boca aberta.
Chegando na caverna, aquela parafernália toda, e o moleque assustado mas não querendo dar o braço a torcer. Bruce o largou para sobreviver lá. Ele decidiu ser um projeto de Robin Hood, usando capuz e etc, Bruce logo lhe deu uma lição, capuz pode atrapalhar se o puxarem pra frente do rosto. Lição essa que quem é fã a ponto de decorar essas passagens foi a loucura quando viu Dick Grayson (ocupando o “cargo de Batman”) a repetindo, anos depois, para seu novo Robin (Damian Wayne). Mas isso é outra história, logo chegaremos nela (Não vale avançar o texto pra chegar nessa parte).
Ele passa nos conceitos de Bruce e obviamente foi treinado pelo mesmo. Dick Grayson já possuía flexibilidade e físico muito bons devido ao fato de ser acrobata. Ele não teve diversos mestres como o Bruce, nem como Tim Drake. Nada de mestres como Kigiri, David Cain, Lady Shiva, Henry Ducard nem nada, aprendeu direto com o Batman. Mas pra que essa tonelada de mestres se o Batman foi treinado por eles?
Um dos primeiros casos onde Grayson foi levado firme em missão solo foi um encontro com Hal Jordan, um membro da tropa dos Lanternas Verdes. Até a época, os lanternas tinham fraqueza contra a cor amarela, seus constructos de energia gerados pelo anel energetico que usam quebravam ou não funcionavam sobre coisas de cor amarela.
Isso era devido a um fato melhor explicado na revista do Lanterna Verde. (Que nada, imagina, ia estar na revista do Aquaman). Um resumo mega grotesco que vocês podem entender melhor lendo o post “A Noite Mais Densa”: Existem 7 espectros de cor no universo, cada cor tem uma tropa de lanternas, e cada tropa usa um sentimento diferente para criar seus constructos. Cada tropa tem um animal/deus/entidade energética viva.

Parallax

Parallax

A cor amarela é a cor movida pela força do medo, e o deus/entidade regente é Parallax, e esse tal de Parallax (que parece uma lacraia amarela gigante espacial) causou problema para a tropa verde há tempos e como não podia ser derrotado, o único jeito foi trancá-lo na bateria central que dá as energias de todos os anéis verdes da tropa, então pela influencia energética amarela vinda direto da fonte, os anéis verdes não funcionavam sobre a cor amarela. É, simples assim. Se eu ou você nos pintarmos de amarelo, podemos dar um couro na tropa dos Lanternas Verdes. Quer dizer, podíamos, pois Parallax foi retirado da bateria e possuiu o corpo do Hal Jordan uns anos depois.

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Batman e Robin enfrentando Hal Jordan

GRANDES PORCARIAS, isso não vinha ao caso mas achei interessante explicar. O Batman (não lembro como) sabia dessa fraqueza contra amarelo, mesmo que provavelmente não soubesse sobre o Parallax e toda a confusão dos lanternas. Ele marcou o encontro com Hal Jordan em um local que ele pintou inteiro de amarelo, e de quebra, Batman e Robin ainda pintaram a si próprios de amarelo. Rola uma já esperada confusão e Dick Grayson faz sua primeira ação épica dentro do universo DC, ele apenas como um mero garoto, desceu o cacete no Hal Jordan e lhe deu um golpe na garganta que com certeza iria matá-lo.
Isso aí, uma das primeiras coisas que Dick Grayson fez de épico em sua vida foi largar o Hal Jordan entre a vida e a morte. Se não fosse o Batman salvar o cara, ele com certeza teria morrido.


Sua carreira como Robin continuou, e ao lado de Batman ele enfrentou diversos vilões, como Duas-Caras, Coringa, Pinguim… tudo que o Batman metia a cara, o garoto estava junto.
Na história original de origem, lá dos anos poeirentos, uma das maiores barras que o Grayson enfrentou foi com o Duas-Caras, o que rendeu até demissão/suspensão do cargo de Robin. A Dupla Dinâmica foi pega numa armadilha do Duas-Caras, Robin conseguiu se soltar, tentou salvar um camarada que tava enrascado com o Duas-Caras também e não conseguiu, o tal homem morreu afogado na cara dele. Depois disso, o Duas-Cara ainda espancou o Robin pra valer, Batman assistiu boa parte preso. O vilão iria matá-lo se o Batman não conseguisse se soltar e o salvasse. Depois disso, Batman ficou com medo de expor o garoto a tanto perigo, resultando assim na “demissão temporária”.
Posteriormente (bastante tempo MESMO depois), o Duas-Caras torna a dar uma surra do Grayson já adulto, mas sem saber que se tratava do mesmo garoto, pois ele já estava no lugar do Bruce como Batman. Longa história.
Voltando a época como Robin… Ele voltou a fazer missões com o Batman, mas ainda assim arrumou tempo para seus estudos na faculdade, e não só para isso, também arrumou tempo para suas aventuras solo, mostrando-se um talentoso combatente do crime.
Em torno dessa época, uma jovem ruiva fã do Batman resolve combater o crime nas ruas por conta própria. Ela é a filha do Comissário Gordon, Bárbara Gordon. Desde o início Batman e Robin sabiam quem era a tal Batgirl. Nos primeiros períodos essa ideia não foi muito bem recebida nos conceitos do morcego. Mas O QUE é bem recebido por ele de primeira? Não duvido que durante o parto da Martha Wayne o bebê Bruce tenha dito ao médico “Não preciso de sua ajuda”, improvisando uma capa de placenta e um cinto de cordão umbilical e saindo pela janela.
A cena dos dois espionando Barbara foi engraçada. Ambos no alto de algum prédio, olhando de binóculo para a janela de Bárbara; quando ela foi trocar de roupa para vestir o uniforme o Batman parou de olhar pelo binóculo, mas o Grayson continuou, então logo veio a imagem da mão do Batman na frente das lentes, acabando com a diversão do tarado-prodígio.

Trecho da HQ "Até que a morte nos separe", que você pode ler clicando aqui.

Trecho da HQ “Até que a morte nos separe”, que você pode ler clicando aqui.

Eles começaram algumas missões juntos, se envolveram… O Batman era chamado em missões da Liga da Justiça e deixava os dois tomando conta de Gotham, e ambos saiam a paisana pra tomar sorvete, como dois amiguinhos coloridos. E Gotham que se %¢$#.
Bom… A menina com o tempo foi amolecendo o Morcego, e ele em sinal de boa fé, enviou uma caixa pra casa dela com equipamentos para combater o crime. Robin e Batgirl, uma grande dupla, de amigos, de combatentes do crime, e de praticamente namorados.
Na primeira vez que Robin viu o Superman, ele ficou fascinado. Batman não curtiu muito, mas teve que aceitar.
Não demorou muito e ele foi convidado pela Ravena, junto a vários outros jovens heróis, para formarem os Jovens Titãs (Quem me deeera ao menos uma veeez… ♪♩).
the-new-teen-titans-omnibus_vol1_1150Nessa mesma época as idéias dele e o morcego já não estavam batendo. Boa parte disso em razão dele ter levado um tiro no ombro, dado pelo Coringa. A metodologia de combate ao crime dele e do morcego começaram a não bater e ele decide deixar de ser a dupla do Batman, seguindo carreira solo com sua nova patota teenager. Se mandou de Gotham pra Nova York, largou a faculdade no primeiro período, e deixou de ser Robin também.
Esse último item não foi simples. Batman deixou claro que se não fosse pra ser parceiro dele, então ele não podia mais ser Robin. Lançou um épico “sou eu que sustento esse mafuá que você vive, malandro”. O moleque largou os trapos de passarinho e a grande mansão Wayne pra trás e se emburacou de vez em Nova York. É óbvio que só a vontade de dar tapa em vagabundo não ia bastar. Junto dos Titãs estava bela alien Koriand’r, abreviada para “Kori”, mais famosa como “Starfire”, ou “Estelar” como é conhecida por aqui.
Como diria o vovô-garoto, “o negócio já tá fritando”. O amor envolveu o jovem molecóide. Ele olhou pra Starfire e perguntou “Você gosta de peixe?”, ela respondeu “Sim”, e ele então deu o fatality “Prazer. Muleque piranha.” E o resto só aquele lá de cima sabe. Aquele que tudo vê e tudo ouve… O Superman. Zuera, o Clark tava fora disso. Mas então.
Ele era um Jovem Titã, era um herói, mas não tinha mais uniforme nem identidade. Dick Grayson chegou a considerar a hipótese de deixar de combater o crime. Então, sob papos do Superman (dessa vez é sério), as coisas mudaram de figura. O Superman pode não ser lá o melhor exemplo de eficiência, sendo que ele é praticamente um guerreiro deus e deixa MUITA coisa acontecer (o que foi tema pra história “Liga da Justiça: Elite”, uma história MUITO boa, mas que não vem ao caso aqui), mas o cara é inspirador.

Primeiro uniforme do Asa Noturna

Primeiro uniforme do Asa Noturna

Ele contou sobre o herói da cidade de Kandor, em Krypton. Herói que se chamava Asa Noturna. Um ser que sonhava com um mundo de justiça, ser este que nunca ninguém soube a real identidade, apenas o conheciam pelo nome de Asa Noturna. Aí estava a resposta. O primeiro uniforme foi um lixo, tragédia cósmica. Queria eu que Galactus tivesse engolido a Terra antes dele pensar naquela roupa. Ok, sem exageros.
A estréia de Asa Noturna foi logo salvando seus companheiros Titãs que tinham sido capturados pelo Deathstroke (Slade Wilson, o sujeito que até hoje eu não sei se nasceu ou se foi vomitado) e entregues pra HIVE. É quase o papo do Deadpool (Wade Wilson) com a HYDRA. Sim, a Marvel e a DC parece que vivem num espelho. Me importo tanto com isso que caguei um dvd pirata do G.I. Joe aqui. Agora vamos lá.
Dick continuou sua nova carreira, passando por momentos bons e ruins ao lado dos Titãs. Com altos e baixos em seu namorico com a Starfire, e depois ainda teve de assistir o Bruce treinando um novo Robin.
O tempo passou, voou, o Unibanco foi comprado pelo Itaú, e numa espécie de “aparição Jamanta” dos quadrinhos, o Zucco não morreu. Zucco pra quem não lembra foi o responsável pela morte dos pais do Dick. Bruce sempre disse ao Dick que o Zucco tinha morrido, mas ele descobre que na verdade o Zucco tinha ficado em coma, depois foi preso e enfim liberto. Batman escondeu isso dele pois sempre achou que ele queria o Zucco morto. As coisas ficaram mais feias ainda entre ele e o Morcego.
Não sei quem pos olho gordo, ou quem fez a uruca maligna, mas o novo Robin (Jason Todd) logo cantou pra subir e deixou Batman sozinho mais uma vez. Nesse período, Batman ficou mais violento que guarda municipal, achando que é polícia só porque tem colete e porte de arma. Então passou a ser parte da natureza generosa do pitboy das trevas descer um cacete em meio mundo pra descontar suas frustrações. Quem tinha amor a vida ficava quieto pra não virar bombril nas panelas da mansão.
Nessa época, Dick Grayson foi abordado pelo inteligente Tim Drake. Você pode ler essa história clicando aqui. O garoto deduziu por conta própria que o Robin era Dick Grayson, o garoto do circo, que aquele Robin se tornou Asa Noturna, e que o Batman só podia ser o Bruce Wayne. Segundo Tim Drake, vendo vídeos da Dupla Dinâmica, notou que o Robin deu um mortal quádruplo, coisa que só o garoto mais novo dos Grayson Voadores conseguia fazer.
Grayson aprovou o rapaz, levou ele ao Batman, e após uma sequencia de ação, lá estava o novo garoto prodigio. A convicência do Jason com o Dick nunca foi lá muito constante nem nada, até porque o Batman meio que esperava/achava que o Jason tinha que ser tão bom quanto seu antecessor, mas ele não tinha todo talento. Já com Tim Drake o Dick tinha bastante contato e o tratava MESMO como irmão mais novo.
A admiração ia e vinha de ambos lados. Tudo que Drake não entendia ou não gostava vindo do Batman, o Grayson apaziguava explicando. O filho mais velho protegendo o mais novo de levar esporro do pai chato.

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Asa Noturna e Starfire

Nos Titãs, as coisas ficaram confusas com a abdução de vários membros pela “Wildebeest Society”, novos heróis indo e vindo do grupo, uma bagunça. Os Titãs ficaram com a moral e confiança mais baixas que o Nelson Ned, mas mesmo nesse período tão difícil, Dick Grayson continuava sendo o líder e o coração do time, mantendo o que restava.
Ele estava cada vez mais envolvido com a Starfire (a história do peixe deu certo), chegou a propor casamento para a Kori, e quase casou mesmo. Pouco tempo antes do momento, a Ravena foi dominada pelo próprio pai (Trigon), e durante a zona universal, ela (que na verdade era “ele”) plantou uma semente do demônio, essência do mal ou qualquer porcaria maligna na Kori, obrigando-a a ter que deixar a Terra e entrar em uma jornada espiritual, largando Grayson aqui, solteirão. Não que isso seja problema né, ainda tem a Caçadora, a Barbara, a Supergirl, e qualquer uma que ele tenha 5 minutos pra conversar.

Asa Noturna e Caçadora

Asa Noturna e Caçadora

Não falei dessa parte ainda, né? Ele teve uns romances com a Helena Bertinelli (Caçadora), uma dupla meio instável. Ela quer a aprovação do Batman, ele já tem. Ela quer ser oficialmente ser da equipe, ele é o 2º no comando, ela tem problemas com os métodos do Batman, ele aprendeu a lidar. É como o namorado calmo querendo acalmar a namorada nervosa. “Namoro” foi um termo meio sério, só estavam se testando. Acho.

Asa Noturna e Supergirl

Leram Supergirl ali e ficaram curiosos? A kryptoniana prima do Supeman, Kara Zor-El, a Supergirl, não deixa de ser uma adolescente. O que uma garota nova faria ao ver um sujeito bonito, sarado, com uma pequena fortuna própria e herdeiro dos bilhões da família Wayne, com um instinto de liderança incomparável, respeito de todos heróis (com e sem super-poderes)? A resposta é óbvia. Clara como o sol que dá os poderes pra moçoila. Por essas e outras a Supergirl nunca daria condição pra você que está lendo, ou pra mim. O Asa Noturna tá lá salvando o mundo e nós tamo no morro do marreco molhado denegrindo nossa existência com o tal do álcool. Parece até que a gente ganha pra isso.
A pequena fortuna própria de que falei tem uma origem bacana. Como vocês devem saber, Lucius Fox é um baita empreendedor/empresário/bruxo do dinheiro. Bastante tempo depois da morte de seus pais, Dick descobriu que eles tinham deixado algum dinheiro pra ele. Nada que desse pra ele começar uma vida, mas nas mãos do Lucius Fox a coisa mudou de figura. Aquela quantia modesta de dinheiro virou uma pequena fortuna. “E agora dá pra começar a vida?”, queridos, agora dava até pra terminar com a vida dos outros também. Não era uma “fortuna dos Wayne”, mas só com esse lucro o Grayson passou a poder bancar todos equipamentos de Asa Noturna, comprar um apartamento em Bludhaven e comprar o Circo Haley pra si. Se fosse um pouco mais de dinheiro ele comprava até a tia do bátema.

Mapa de Blüdhaven

Mapa de Blüdhaven

“Comprou apartamento onde? Blood Raven?”. Foi em Blüdhaven. O nome é meio sem vergonha mas é uma cidade que foi muito importanto dentro do universo morcego. Dick Grayson primeiramente entrou na cidade junto a Batman para resolver um caso de assassinatos, e se não me engano pra tirar o bat-traseiro dele e do Morcego da reta. Dick acabou passando mais tempo lá do que o esperado, entrou pra força policial da cidade pra combater a corrupção de dentro pra fora, e como eu disse passou a morar lá.

Dick Grayson como policial de Blüdhaven

Dick Grayson como policial de Blüdhaven

Lá havia um tal de Blockbuster e… Bom, não entrarei em detalhes pois são MUITOS detalhes sobre as confusões envolvendo o Blockbuster, basta saberem que ele acabou morrendo porque o Grayson “deixou” ele morrer – coisa que o Batman nunca “permitiu” acontecer com nenhum de seus inimigos. Grayson evitou ao máximo deixar isso chegar nos ouvidos do morcego.
Bom… Ele também teve papel muito importante quando Bruce foi “quebrado” pelo Bane durante “A Queda do Morcego“. Não inicialmente, pois como ele e o Batman estavam de briguinha e o Morcego precisava de um substituto que enquadrasse na força, ele então passou o manto pro Jean Paul Valley, o antigo Azrael. “Quem não tem cão caça com gato”, já ouviram essa? Antes ele pusesse a Mulher-Gato como Batman então, porque o Jean Paul… Em nome de Nossa Senhora do Bom Parto que me dá proteção toda vez que fico pra ter um FILHO quando vejo as cagadas do Azrael, NÃO ME DESCE.
Todo Azrael só faz cagada. 80% das coisas que Azrael faz por conta própria é burrada, e não dessa vez não foi diferente, só mudou o uniforme. Ele tem algum problema sério dependendo da roupa que tá usando. Se ele fica violento quando se veste de herói, se vestissem ele de vaquinha da Parmalat o cara ia mugir e o escambau. Bom… O poder subiu a cabeça do Jean Paul e o cara começou a virar os marginais do avesso, mais do que o Batman faria.
Em vista de como a coisa ficou torta, Bruce, Tim, Selina (Kyle) e Dick juntaram no Azrael e puseram o sujeito em seu devido lugar. Mas Bruce ainda não estava pronto pra pegar o cargo de Batman de volta, passando então o manto para seu filho mais velho. Então o Asa Noturna tira uma folga e Dick Grayson passa a ser pela primeira vez, enfim, Batman.
O Bruce logo voltou a ativa, e o Grayson voltou a Blüdhaven. Mas a cidade também não durou muito.
Durante a Crise Infinita, tínhamos a “Sociedade Secreta dos Super Vilões”, uma sociedade de vilões (como o nome já diz). Dentre eles vários nomes famosos, como Lex Luthor, Deathstroke, Dr. Psycho, Talia Al Ghul e alguns outros. Bludhaven entrou de gaiata, a tal sociedade largou o “Chemo” (um sujeito que é uma bomba atômica ambulante, meio que no estilo do Lume que aparece no Julgamento de Gotham) na cidade, destruindo a porcaria toda e matando mais de 100.000 pessoas. Isso só pra desviar a atenção dos heróis quanto aos outros planos da tal Sociedade de Vilões.
Ele (Dick) ainda tentou salvar pessoas na cidade, mas os efeitos da explosão fez um estrago bom nele, e o Batman, novamente, se envolveu pra salvá-lo. Ele então resolve contar ao Batman que deixou o Blockbuster morrer, e o Batman (como sempre faz diante de um aliado caido), engoliu possíveis sermões e respeitou o momento. Ainda deu uma dica depois, mandou ele se declarar pra Barbara. E o rapaz assim o fez.
Barbara aceitou, mas Dick ainda tinha um problema a resolver. Salvar o universo. Só. O centro da “crise” que assolava na época era na tomada pelo Lex e Superboy-Prime. Asa Noturna faz um chamado de heróis para a torre e só o Superboy (Conner Kent) apareceu. Faz lembrar aquele vídeo da galera do “Porta dos Fundos”, onde eles reproduzem aquela batalha da Escócia onde a patota do William Wallace pinta a cara de branco e azul, só que no vídeo dos caras só aparecem dois no campo de batalha.
xaJuntos eles encontram e partem pra dentro da torre do Luthor, mas são recebidos pelo Superboy-Prime, um inimigo que… Digamos ser infinitamente forte. O Superboy original se sacrifica pra mandar o esquema bandido pro chão, e o Dick se ferra bonito, mais uma vez. Foi salvo pela Sociedade da Justiça, e despertou sob os cuidados de Bárbara.
Assim que pode voltar a andar, ele retornou a ação em Gotham, decidindo em conjunto com Bárbara que ainda não era hora de casar. Mas deixou com ela uma foto de quando eram Robin e Batgirl, e o anel de noivado, pois um dia iria pedi-la em casamento novamente.
Ao voltar a ação, ele fez parceria com Reneé Montoya e a nova Batwoman para pegar uma gangue que estava a solta pela cidade. Em época próxima a essa (nas minhas contas) ocorreu o “Terremoto” em Gotham, ele obviamente entrou na zona pra ajudar, e também estava em Gotham quando a cidade foi proclamada “Terra de Ninguém”.
Durante a “Terra de Ninguém”, Dick ficou dentro da “Gotham sem Lei” ajudando a manter e conquistar os territórios para os morcegos, e foi incumbido de uma missão que, cá entre nós, Batman abusou, apostou alto e ganhou. Mandou Asa Noturna invadir a prisão de Blackgate e tomar o controle em 24 horas. Adivinhem, ele conseguiu.
Durante a saga “Assassino?/Fugitivo”, ele não teve papel de grandes ações. Quer dizer, sempre tem, mas comparado ao que normalmente costuma a fazer, nem tanto. Só fez uma coisa que poucos ousam, enfiou um soco na cara do Batman e tentou partir pra porrada. Tanto Tim Drake quanto todos os demais e até maioria de nós realmente achamos que o Batman ia simplesmente trucidar o Grayson, mas não o fez. Acho que merecidamente, mesmo sem o Batman saber.
Dick foi o único que não questionou a inocência do Bruce. Ele não via outra resposta, mas também não considerou que ele fosse culpado. Dava para ver explicitamente (ponto pros roteiristas e desenhistas) que o Asa ficava pra matar um quando via alguém duvidar da inocência do Bruce. Quando até o Tim Drake duvidou, Grayson entrou em parafuso, quase o vi indo comprar uma cobra e batizando-a de Nathan Scott Phillips, igual o Almôndega do Aquateen. Largou o Tim falando sozinho, disse que ele não merecia usar aquele uniforme (tira esse “R” do peito, você não é Robin, você é muleque!) e se mandou. Sinistro, não? Ele fez uma reconstituição com Cassandra Cain, procurou MUITO por evidências com Bárbara, e inclusive aventurou-se por túneis não-mapeados da bat-caverna. No fim conseguiram provas de que Bruce não era o culpado.
Tempos depois quando Bruce recebeu a visita do Dr. Elliot, mais famoso como “Silêncio”, que também deu nome a saga, seu papel foi mais de “companheiro”. Ele conversando com o Batman sobre a Mulher-Gato, dando seu parecer, um papel de amigo, de filho mais velho preocupado com o pai. E essa saga também proporcionou alguns dos comentários mais brilhantes do Batman sobre ele, o Asa Noturna. Entre eles uma das afirmações mais famosas, ele merece o palco principal.
Bruce quando adotou o Jason, mesmo que inconscientemente queria que ele fosse igual ao Dick, e no fim das contas, o próprio Bruce admitiu pra si que Jason só tinha raiva, e o Dick tinha talento.
Eis um ponto que quase ninguém percebe em Dick Grayson. Apesar de ser tão espontâneo, simpático, fazer amizade com todos, não ser fechado como o Batman… Apesar de TUDO isso, ele não é daqueles “vai de primeira”. Ele normalmente fica com o pé atrás diante de grandes passos. Vejam a reação dele quando soube que a Cassandra Cain seria a Batgirl, ou nesse caso da saga “Silêncio” que ele deu uma relutada quanto ao Bruce estar se envolvendo com a Mulher-Gato. Podem ver também a demora dele a assumir o manto do morcego na “Batalha pelo Manto” quando todos os demais (Jason e Tim) já tinham catado alguns bat-trapos e ido pra rua atrás do que queriam.
E falando em Jason, na saga “Sob o Capuz”, Asa Noturna enfrenta Amazo junto ao Batman, e ainda nesses dias já adultos em carreira solo continua tendo aulas com o mestre. Segundo o próprio, ao ver Amazo, ele ainda estava pensando no que faria, e o Batman já tinha saltado pra cima do robô com um plano do que fazer.
Pra quem não lembra, Amazo é um ciborgue com capacidade de copiar os superpoderes de heróis e vilões com o qual entra em contato. Geralmente é um vilão pra Liga da Justiça, não pro Batman sozinho.
Na saga “Jogos de Guerra“, Asa Noturna entrou no colégio de Tim Drake para salvar alunos, juntou-se a polícia (que também estava sob comando do Batman) em um combate contra as gangues de Gotham, e por fim entrou em um resgate heróico junto com a Batgirl (Cassandra), Robin (Tim) e cia para tirar o Batman do olho do tornado, pois o Morcego estava lutando sozinho contra centenas de criminosos ao mesmo tempo. Grayson chegou a ser baleado e desmaiar sozinho numa escada de incêndio nessa saga.
Após esses eventos ocorreu o “One Year Later”, onde como o nome diz, se passou um ano. Alguém está se passando por Asa Noturna em Nova York, ele retorna até lá atrás de quem está se passando por ele, e descobre que é o Jason Todd, seu sucessor como Robin. Sim, o falecido Jason Todd, vivo. Outra história meio longa. Acredito que nessa altura do campeonato, pra quem acompanha o blog e tá lendo na ordem, já sabe como isso foi possível.
Jason Todd é uma criança com problemas sérios de identidade. Primeiro de tudo, ele foi Robin. Dick Grayson já havia sido Robin, Jason foi o SEGUNDO Robin, ou seja, não é o Robin original. Ok. Ele, como eu disse agora, também tentou se passar por Asa Noturna. Ok? Certo. Mas ele não satisfeito, ao se tornar capuz vermelho, começou a usar um capacete igual ao que o Coringa usou naquele “A Piada Mortal”, repararam? Muito bem. NÃO SATISFEITO AINDA, quando Bruce some, ele tenta ser o Batman. Só isso. Suficiente? Claro que não. Pra Jason Todd, a arte da “clonagem” NUNCA é demais. Ele então quando Tim resolve usar o uniforme de Red Robin, quem aparece vestido de Red Robin também? Uma massagem da Harley pra quem adivinhar.
Vocês podem argumentar dizendo que o Dick Grayson também pegou nome de outro personagem, o Asa Noturna de Krypton no caso, mas foi outro contexto.
Voltando à história… Com este assunto de um falso Asa Noturna em Nova York resolvido, ele entrou na liderança dos “Renegados“, um grupo de heróis fora dos padrões, e começaram uma ação global secreta. Ele conseguiu avanço na caçada a um vilão chamado Raptor, e a uma dupla de vilões chamados “Bride” e “Groom”.
Após isso, ele larga os Outsiders na mão do Batman e os Titãs voltam a ação. Sua nova equipe conta com Donna Troy, Cyborg, Flash (Wally West), Ravena, Starfire e Arqueiro Vermelho.
Donna Troy veio dos mesmos cantos que a Mulher Maravilha (Themyscira). Já foi Wondergirl, já foi esposa do Kyle Rayner (um dos lanternas verdes)… Ela é uma amazona do mesmo estilo da Mulher Maravilha.
Ravena, Cyborg e Starfire dispensam explicações. Já esse Flash, apesar de ser um herói relativamente famoso, também não éo mesmo Flash que seus pais ouviram falar. Aquele era Barry Allen, esse é Wally West.
Esse Arqueiro Vermelho é o filhote de criação do Arqueiro Verde, chama-se Roy Harper, inicialmente era o “Speedy”, depois “Arsenal”, e também foi líder dos Outsiders assim como o Grayson. Hoje em dia no pós-reboot, ele faz parte do grupo do Capuz Vermelho (Jason Todd), novamente com nome de Arsenal, mas agora como um alcóolatra demitido pelo Oliver (Arqueiro Verde). Lembrando que ele também foi líder dos Outsiders.
Por que esse foco neles? Nada em especial, mas não adianta eu falar do Grayson e não mostrar com que tipo de gente anda com ele, né?

Com os Titãs, ele novamente enfrentou as bizarrices do Trigon, que dessa vez separou 7 crianças, cada uma representante de um pecado, e claro, novamente tiveram que salvar a Ravena das graças de seu papai.
Houve uma história (que, acredito eu, se encaixa nessa época) em que o Batman acabou ficando com os poderes do Superman, e o Superman com os meus poderes (imaginem o quão ferrado ele ficou). Bom, o Batman limpou Gotham em uma noite e passou a patrulhar o mundo inteiro, voando pela Terra, agindo onde fosse noite. Em uma passadinha por Gotham, ele topou com a Mulher-Gato fazendo um de seus furtos, e com o poder subindo a cabeça, decidiu pará-la pra valer; quem foi que se meteu a enfrentar o Morcego de aço fora de controle? Richard John Grayson, o Asa Noturna.
Não que ele tenha dado jeito, ele tomou um cacete lendário do Batman, terminou com um monte de ossos quebrados, internado na caverna sob os cuidados do Alfred, que disse ser incapaz de perdoar o Bruce pelo que ele fez ao “Patrão Richard”.
Uma das coisas interessantes ai foi ver o raciocínio do Grayson. Ele agiu como o Batman. Peitou alguém maior do que ele podia sair na porrada se garantindo nos pontos fracos/erros do oponente. Ele conseguiu acertar uma pancada que normalmente pro Superman passaria despercebido, mas no Batman naquele momento, deu pra “sentir”. Quando o Bruce questionou, o Asa Noturna explicou: “Os poderes dos kryptonianos vem do sol amarelo. Você tem estado apenas na noite há dias”.
Como podem ver, ele é um dos poucos aliados que se arriscam a tal. Não vou contar com o Jim Gordon, o cara não sabe metade sobre Batman/Bruce Wayne, nem com a Talia nem Selina, pois não é bem relação de “aliado”, é relação de quem sabe o que tem embaixo da máscara e embaixo da cueca, então a confusão é em outro nível. O Batman “deve” uma paciência extra a elas, coisa que não deve ao Dick, e mesmo assim o cara parte pra porrada como se não houvesse amanhã.
Essa história dos poderes do Superman não influenciou nada dentro das sagas principais de Batman/Asa Noturna. Foi mais pra comentar a atitude do Grayson quanto a isso.
Os passos seguintes que realmente influenciaram foram as sagas “Luva Negra”, “Crise Final” (que não é uma saga da série Batman) e “Batman RIP – Descanse em Paz”. Luva Negra é uma organização que, adivinhem, quer acabar com o Batman. Os ataques foram tão sinistros que o Batman aparentemente ficou maluco e desapareceu. Tim Drake (Robin) ficou sozinho pra defender a cidade. Vendo isso, Dick Grayson abriu mão de sua vida em Nova York e voltou a Gotham para ajudar seu irmão caçula em sua cidade.
Infelizmente, ele foi capturado numa emboscada feita pela Liga de Vilões, e apareceu então no Arkham City, provavelmente dopado e tal… Mas tudo fazia parte de um plano do Batman, e ambos conseguem deixar “Luva Negra” exposto. A confusão segue, e ocorre uma explosão no helicoptero que o Batman estava. O morcego desaparece e todos acham que ele morreu na explosão.
Na verdade o Buce sobreviveu, mas partiu direto em uma missão da Liga da Justiça, no espaço. Isso já faz parte da “Crise Final”. Lá, Batman topou com Darkseid e a coisa ficou feia como nunca tinha ficado antes. Acham que o pior que já ocorreu com o Batman foi na “Queda do Morcego” pelas mãos do Bane? Foi em “Contágio” onde a doença pegou a cidade? Foi em “Terremoto”/”Terra de Ninguém” por Gotham ter praticamente desaparecido? Acham que foi quando Bruce Wayne foi preso acusado de assassinato? Não, na Crise Final, Bruce Wayne MORRE.
Darkseid aplica a Sanção Ômega no mano morcego e já era, só sobrou os ossos dentro do uniforme. Superman e Mullher-Maravilha trazem os bat-restos-mortais para a caverna e entregam ao Alfred e “QUEM DIABOS É DARKSEID?!” vocês se perguntam – caso não tenham lido o texto da Crise Final. Ele é um sujeito nascido em Apokolips, seu nome original é Uxas, ele apronta umas lá pros cantos dele e consegue se tornar um “novo deus”, cheio dos poderes e traquitanas. A existência dele vibra entre o multiverso. Louco, né? Nem tanto, louco foi o Batman de encarar o Darkseid sozinho. Mas ele podia ter ganhado, o mais LOUCO na verdade é isso.
Batman estava carregando uma bala feita do mesmo material que Darkseid matou Orion (filho do Darkseid, outra longa história). Pra poupar mais explicações: essa bala era algo que poderia matar o Darkseid, mas como ele teria de usar uma arma pra atirar aquilo, Batman acabou dando tempo demais pro Darkseid aplicar o Ômega.
Pra ninguém ficar nervoso, saibam que Superman derrota o Darkseid, vingando o morcego, e mata no grito, literalmente. Quem quiser mais detalhes sobre essa passagem pode ver no post sobre a Crise Final.
Well… morcego morto. E então? Gotham precisa de um morcego, como já ficou provado durante a “Terra de Ninguém”. A noticia se espalhou, uns acreditam, outros não… a familia Morcego fica um tanto sem rumo, e um dos que ficaram mais desmotivados foi o próprio Dick.
Asa Noturna abandonou a lidernaça dos Titãs para poder se concentrar em Gotham, assim como Tim Drake abandonou a lidernaça dos jovens Titãs pela mesma razão. Cassandra ao invés de se concentrar em Gotham, perdeu a motivação de lutar e entregou seu uniforme para Stephanie Brown, a Salteadora, a quarta Robin. A responsável pelos “Jogos de Guerra”.
Bruce tinha deixado uma mensagem para cada um, e na do Grayson dizia claramente que não era pra ele se tornar Batman, mas sim continuar como Asa Noturna, e o Robin continuar como Robin, pois eles eram suficientes pra cidade. Todos já tinham feito suas histórias, já tinham experiência e podem continuar o trabalho sem um “morcego”. Mas não foi essa a opinião dos demais herdeiros Wayne. Você pode ler as histórias da série “Batman: Renascido“.
Jason Todd pegou um fogão a lenha, misturou no uniforme do Batman, adicionou umas armas e voila, virou um Batman Frank Castle. Tim Drake catou um uniforme velho do Bruce no armário, um com elipse amarela no peito, não sei se em homenagem a época em que ele se tornou Robin, e partiu pras ruas também. Jason acabou encontrando Tim primeiro, e o deixou perto de morrer, com um ferimento que, tecnicamente era pra tê-lo matado de fato.
Dick Grayson entre outros problemas ainda encontra com o Bane & cia, manda geral parar de zona, e rola um dos lances mais épicos. Grayson avisa pra todo mundo sumir de lá, pois se não sumissem todo mundo ia ver, o Catman não aceita o esporro, e o BANE, sim, o BANE acata e diz “vamos embora”. Catman tenta argumentar, diz que o Grayson não é o Batman, e o Bane diz “Se ele não for, quem será? Que deus o ajude”.
É isso ai. O Bane disse que o único que poderia substituir o Batman era o Asa Noturna. Precisa do que mais?
Mas cá entre nós… ele simplesmente virou pro grupo dos caras, liderado pelo BANE e mandou todo mundo sumir, se não geral ia ver. Lembram da cobra chamada Nathan Scott Phillips? Pois é, loucura. Assim como tomar Blackgate sozinho durante Terra de Ninguém, assim como pular naquele estádio coberto de marginais durante o “Jogos de Guerra”, como sair na porrada com o Batman em Assassino?/Fugitivo, como tentar salvar Bludhaven durante o planinho da Sociedade dos Vilões, como partir pra dentro do foco da Crise só com o Superboy de apoio… Enfim, ele se chama Richard Grayson, e seu nome do meio é Stallone Schwarzenegger Seagal Van Damme Lee.
Não demora muito e Asa Noturna topa com Jason Todd, a briga se extende, rola discussãozinha e nhenhenhe, e a coisa acaba como todo mundo sabe bem. Jason não morre, só é despachado de novo temporariamente. Grayson então vê que não tem jeito. Rola uma sequência de quadros pelos olhos do primeiro garoto prodígio, ele passando pelo relógio que há tanto tempo serve de passagem secreta para a caverna, ele descendo as escadas, vendo o Alfred, vendo o Damian Wayne (filho do Bruce) e por fim aparece o próprio Grayson vestido de Batman. A partir dai, vem a inovação mais incrível que tive oportunidade de ver nas histórias do Batman.
Bruce Wayne fora de ação, e sua aparente “morte” cria diferentes reações. Tim Drake acha que o Bruce não morreu e está em algum canto do mundo precisando de ajuda. Dick não dá muita trela pra isso, pois viu mais do que o suficiente provando que o Bruce morreu. Outra questão a cerca de Dick e Tim, é que Damian Wayne, filho biológico de Bruce Wayne, estava sem rumo. Ele tinha abandonado a Liga de Assassinos da mãe para ficar com o pai, e o pai faleceu.
Grayson em uma das atitudes mais nobres que já vi de todas histórias que já li, “adota” Damian. Não como “pai”, mas como irmão mais velho que se responsabilizou pela criação dele. Isso não é um tipo de decisão simples. Não foi só um “vou criá-lo”, isso envolvia grandes mudanças e decepções. Primeiro, Damian é um garoto problema. Não respeita ninguém, se acha superior a todos, tanto por suas habilidades e conhecimentos adquiridos pelo treinamento mais que intensivo da Liga dos Assassinos quanto também por ser filho do homem morcego.
A segunda parte “difícil” disso foi “demitir” Tim Drake. Como todos sabem, o “posto de Robin” sempre fica diretamente a mercê das decisões da pessoa que está no “posto de Batman”. Bruce Wayne como Batman demitiu Dick Grayson uma vez, mandou ele abandonar o uniforme de Robin e o nome Robin, admitiu Jason Todd, admitiu Tim Drake, admitiu Stephanie Brown e depois a proibiu também, e agora Dick Grayson como Batman “sugeriu” educadamente que Tim Drake deixasse de ser Robin para Damian Wayne entrar em seu lugar.
Uma das justificativas foi até bastante plausível, para Grayson, Tim Drake era mais um “semelhante” do que “protegido”. Mas é óbvio que o Drake ouviu só uns “blablabla whiskas sache blablabla whiskas sache” e ficou cospindo batarangues. Passou a ser Red Robin e vazou no mundo atrás do Bruce. Boa parte dessa reação foi por ser o DAMIAN entrando como Robin em seu lugar. Ele e o garoto se estranham igual gato e rato.
Nada altera o fato de que o Grayson “devia” esses cuidados com o Damian ao Bruce. Em momento algum isso foi imposto a ele, o próprio senso de responsabilidade fez tudo. E vocês também não vão ver o Dick se lamentando de “eu não queria, to fazendo pelo Bruce”, não senhor. Ele assumiu MESMO Damian como responsabilidade dele. Assim como o Bruce fez com o jovem órfão Dick Grayson, lhe dando acesso a sua fortuna, mansão, treinamento, cuidados e equipamentos.
Qualquer personagem que tenha tido uma atitude de recrutar um jovem rapaz para ser sidekick, provavelmente já tem seu dinheiro, sua estrada como herói, experiência e etc, mas o Asa Noturna apesar da extensa experiência de combate, liderança e tudo mais, ainda é relativamente novo, e sua personalidade em momento algum indica que ele estava pronto pra virar praticamente um “irmão fazendo papel de pai”. Mas mesmo assim, ele o fez.
Grayson adaptou o uniforme do Batman para seu uso, deu a lendária dica para o Damian sobre o capuz (e ele desconsiderou), trocou de bat-móvel e mudou o “estilo” do Batman. O antigo Batman era “nível lenda urbana”, esse não. Dick não desliga câmeras, não apaga luzes, deixa sua imagem ser capturada, luta com muitos saltos e acrobacias, e luta SORRINDO, coisa que seriamos incapazes de ver no Bruce.
Ele é bom detetive, não tanto quanto Tim Drake é, mas ainda assim um excelente detetive. Assim como é excelente lutador e estrategista. Mas isso não foi suficiente para Damian o respeitar. Foi necessário o garoto ficar numa pior e ver que o Grayson se arriscou para salvá-lo. A partir dai começou uma aproximação dos dois que é interessante por ser única.
Damian passou a respeitar Grayson, como pessoa e como Batman, e inclusive em uma história bastante a frente chegou a admitir que eles são juntos são os melhores, e que Grayson era sua dupla preferida. Tem noção do quanto isso é difícil vindo do Damian? Quando Dick falou para ele ficar com os Jovens Titãs pra fazer amizade e etc, o garoto ainda respondeu algo como “Você já é meu amigo, não preciso de mais nenhum”. Vocês NUNCA vão ver o Damian falando isso de humano nenhum.
Uma vez na posição de Batman, coisas aconteceram e Dick teve de tomar decisões. Ocorreu um erro em uma ação conjunta não programada com a Batgirl da época (Stephanie Brown). A tal Batgirl contava com uns batarangues estilosos, um inclusive com poder e congelar o alvo, e ela sem querer congelou o Damian, comprometendo o sucesso da ação. Após isso, a cena muda pra batcaverna, onde Dick e Barbara discutem devido a seus protegidos.
Barbara adotou a Steph como sua “aluna”, e o Dick literalmente adotou o Damian. Steph congelou o Damian por acidente. Dick é o BATMAN, o Morcego que não pode permitir que erros assim aconteçam. Bárbara acaba tocando no nome do Bruce de um jeito que não desceu bem ao novo Batman, e ele manda ela deixar a caverna levando tudo que fosse dela embora. Talvez as pessoas pensem “caramba, o poder subiu a cabeça, ele já demitiu o Tim, agora faz isso com Barbara e Steph”. São coisas que o Bruce teria feito também, como até FEZ, e pior ainda, fez sem esquentar a cabeça. Dick ainda leva a mão na testa, fica preocupado, reavalia e tal, com o Bruce era na faca mesmo e dane-se.
Isso foi algo ocorrido na revista da Batgirl, e foi algum tempinho depois do início. O início de fato foi contra o Professor Porko e o Capuz Vermelho. Capuz Vermelho, como devem saber, é o Jason Todd. Sujeito não desiste. Foi nesses dias contra o Porko que Damian passou a respeitar o Grayson. Pois até então, ele achava que o cara não merecia usar o uniforme do pai dele.
Isso de enfrentar o Porko e o Capuz Vermelho foi na série principal, porém na Batman e Robin o novo Batman enfrentou algo bem mais próximo… O próprio Robin. Talia Al Ghul, a filha do demônio, mãe do Damian, quase madrasta do Grayson (nunca pensaram por esse lado?), desde o início plantou alguma porcaria no corpo do Damian que lhe dava controle do garoto a distancia por computador. E então, controlando seus movimentos, tentou matar Dick Grayson. Sei que depois de tudo eles encontraram com Talia, muito papo rolou e as coisa se resolveram, óbvio.
Bom, os casos seguem, história continua, Steph continua sendo Batgirl, Barbara continua de Oráculo mas treinando uma outra cadeirante na função também, Damian como Robin, eTim como Red Robin mundo a fora. Cassandra desapareceu, Azrael agora não era mais Jean Paul Valley, mas sim Michael Lane, Mulher-Gato e Caçadora ainda pelas ruas… E o Dick Grayson, aquele garoto criado em 1940 pra ser Robin, o ajudante do Batman, em 2010 era o próprio Batman no lugar de seu pai/mestre, responsável por essa tuma toda em Gotham. Do ano de criação até o ano em que se tornou Batman, foram 70 anos, sabiam?
Observá-lo como Batman foi uma das coisas mais interessantes, pois como Bruce Wayne estava tido como morto, não havia ninguém “acima” pra ditar nada, aquele cara mesmo sendo diferente era o Batman e FIM. Foi engraçado ver as primeiras conversas dele com o Comissário Gordon.
Foi incrível ver que o Comissário notou que era outra pessoa sob o uniforme tempos depois do sumiço do Morcego, deu pra ver que ele deduziu tudo o que deve ter ocorrido, e que aquele era o de mais confiança do Morcego pra assumir o cargo. E o mais legal? Gordon em momento nenhum questionou nada. Ele continuou tratando o “Batman” como quem fala com um “símbolo”, ele ignorou completamente quem ERA o Batman, ele queria falar com o homem Morcego, dane-se quem estivesse embaixo da máscara.
O Gordon olhava para trás, e o Batman não havia sumido como de costume. Perguntava se podia levar as coisas pra analisar, e o Gordon responde “Batman não pede esse tipo de coisa”. Jim praticamente ensinou o que o velho Batman fazia e deixava de fazer, ao mesmo tempo “fingindo” que aquele era o mesmo Batman de sempre. Quase um “Sei que você não é o original mas vou fazer seu jogo. Se te deixaram usar isso na rua deve ter uma boa razão”.
A família morcego ainda tentou em vão ressuscitar o corpo de Bruce Wayne em um poço de lázaro, mas descobriram que aquele não era o corpo original, ressuscitaram um doido varrido vestido de Batman. Essa parte da história contou com participação da Batwoman. E mais uma vez o Dick nos proporcionou uma cena que não seria possível com o Bruce… Um Batman dando uma cantada na Batwoman, com maior sorrisinho de “E ai ruíva, não sei se me conhece… I’m BATMAN. Me liga :D”. Ele falou com todas as letras que tem queda por ruivas. De fato né, Kori e Barbara Gordon foram os amores de sua vida, ambas ruivas.
Outra passagem engraçada desse mesmo período foi quando Rene Montoya, a nova “Questão”, identificou que aquele novo Batman na verdade era o Asa Noturna. Ela o cumprimentou com tapas nas costas e disse algo como “Opa, desculpa. Não sei se você aguenta esses tapas, não to acostumada com um Batman bundão”. E o temível Batman apenas ri e segue assunto como se fosse amiguinho da Questão. E eis a diferença, ele realmente é, e ele não dá a mínima pra imagem “temível” perto dos amigos, ainda mais quando as pessoas SABEM que ali embaixo é o Asa Noturna, o cara bricalhão e simpático. É como o Ronald Golias de repente querer fingir ser sério como um juiz de tribunal. Não rola.
Talvez seu maior desafio como Batman tenha sido na saga “Vida após a morte”, onde ele caça o Máscara Negra. É onde ele “pede” pra analisar uma evidência e Gordon o lembra que o Batman não pede essas coisas. Depois de muita ação, depois de ter sido ferido, desmaiar e ser salvo pelo Robin, depois de muita coisa… Ele descobre quem é o Máscara Negra.
Esse Máscara Negra não é o mesmo que subiu a nível de “chefão” em Gotham durante a saga “Jogos de Guerra”, não é o mesmo que torturou a Stephanie Brown, que matou Orfeu, que invadiu a Torre do Relógio que era base da Oráculo (Barbara) e a fez refém, nem o mesmo que negociou kryptonita por telefone com o Jason Todd durante a saga “Capuz Vermelho”… Esse é o Roman Sionis, o Máscara Negra original. O segundo era outro.
A identidade eu não vou revelar, mas o Grayson descobriu, capturou o cara e ainda levou um souvenir novo pra caverna, a máscara de caveira do Máscara Negra. O fim dessa saga foi épico, a cena do Grayson vestido de Batman num ambiente de pouca luz avermelhada, fitando a máscara mais próximo e o Grayson a seguir. Muito bom.
Houve uma passagem também onde Grayson (como Batman) terminou uma luta entre Tim Drake e Damian (Red Robin e Robin). Eles começaram a lutar em um lugar, e terminaram em outro com o Grayson gritando com eles, mandando eles verem onde estavam. Era o local onde os pais do Bruce morreram, o lugar onde nasceu o Batman e todas as razões que levaram a todos eles estarem fantasiados daquele jeito.
Dick também fez um resgate dos bons. Tim Drake em suas andanças como Red Robin pelo mundo acabou dando de cara com um plano de Ra’s Al Ghul. Novamente, sem detalhes quanto a isso, se não o texto não acaba mais, basta dizer que o Tim Drake armou tudo de forma que todas as pessoas ameaçadas fossem salvas dos ninjas que Ra’s Al Ghul enviou para matá-las, e por fi, ficou sozinho com o Ra’s numa sala alta de um prédio.
Tim é tão bom detetive quanto o Batman, o que até rendeu que Ra’s Al Ghul chamasse a ele de detetive, igual ele faz com Bruce, mas ele não é tão bom guerreiro como o Batman. Na luta contra Ra’s ele levou a pior e foi jogado da janela, na queda rumo a morte Dick passa e o salva no ar.
É bacana ver como os “talentos do Batman” se dividem entre os filhos. Tim Drake é inteligente e bom detetive assim como o morcego, porém não é tão bom lutador e estrategista em campo, coisa que já é talento do Dick Grayson. E nenhum dos dois tem o senso de “vou fazer do meu jeito” do Batman, coisa que o Jason Todd é que tem. Como detetive o Jason Todd não se compara ao Grayson, muito menos ao Tim. Como combatente já o acho mais eficiente que o Tim, mas ainda perde pro Grayson. Enfim, é muito interessante separarem tão bem as diferenças entre os filhos Wayne.
Dick Grayson como Batman também foi membro da Liga da Justiça, ao lado de Donna Troy, Oliver Queen (Arqueiro Verde), Hal Jordan (Lanterna Verde), Jesse Quick, Kara Zor-El (Supergirl), Mikaal Thomas (Starman), Congorilla, Cyborg, Mon-El (genérico do Superman)… enfim, um time dos bons.
Nesse meio tempo ainda ocorreu o evento “Noite Mais Densa” da DC, onde todos os mortos levantam de suas tumbas. Personagens finados como Aquaman (Arthur Cury), Barry Allen (The Flash) e muitos outros voltam a vida. Misteriosamente o Batman não. A familia morcego ainda tenta levar os corpos dos pais do Bruce pra um lugar seguro e etc… Mas Grayson deu de cara com um problema… seus pais ressuscitaram como zumbis, e ele chegou a conversar com seus pais. E um pouco mais que isso também…
A “Noite Mais Densa” passou, confusão vai, confusão vem… Descobre-se que o Bruce realmente estava vivo, só perdido em algum lugar do passado, pois a sanção omega do Darkseid mandou a essência dele pra outra época. Para mais informações, leia “Descanse em Paz: O Capítulo Perdido” Ele praticamente sozinho fez seu caminho de volta, apesar da Liga da Justiça estar viajando por um tipo de nexus atrás dele, e apesar de vários outros detalhes… enfim, não vou entrar nesses detalhes quanto ao retorno, pois gosto de explicar o que entendi bem, e esse retorno do Batman pra mim ainda é uma loucura. Antes tivessem metido o corpo dele num poço de Lazarus, a forma de retorno dele foi uma confusão do cacete.
Em uma história, ele voltou super esquisito meio malvado e robôtico, cheio de fio pendurado, e ao mesmo tempo ele também arrumou uma roupa cheia de equipamentos sinistros e ficou “testando os heróis” que estavam protegendo Gotham enquanto ele esteve fora, e ninguém sabia que era ele, acho que ele só revelou ao Tim. Eu não sei o que veio primeiro, ou se alguma dessas coisas não vale, também não entendi bem como ele saiu do passado e foi avançando as épocas… Agradeçam ao Grant Morrisson. Mesmo que haja um sentido nisso tudo, ficou um LIXO. Dá pra ver claramente que não é questão de entender.
Quando Bruce retornou de sua “morte” e foi dar as ordens da vez pra família morcego, ele quis manter Dick e Damian como Batman e Robin de Gotham, pois ele viu do que são capazes juntos, fora que o Comissário, a polícia e o Alfred em si adoram o novo estilo do Batman. Mas voltando ao ponto onde o Bruce ainda estava morto…
Bruce arruma um novo uniforme, sem a cueca por cima da calça, um uniforme cheio de costuras, o simbolo do peito agora era quase o Batsinal, uma elipse amarela que parecia ter luz, estilo a bateria do Homem de Ferro. Sinceramente, não curti.
Ele marca uma reunião com a galera, chama o Robin Vermelho (Tim Drake), a Batgirl (Stephanie Brown), Batman e Robin (Dick Grayson e Damian Wayne), Oráculo (Barbara Gordon)… E começa a passar as novas ordens. Ele pretendia transformar o simbolo do morcego em uma organização de segurança mundial. Privatizar a paz. Cof cof…. cof… Homem de Ferro cof… cof…  Eis que temos “Corporação Batman“.
Ele iria precisar de quantos “Batmen” pudesse, um pra cada canto do mundo, inclusive pra Gotham, e como ele mesmo estaria fora da cidade… Grayson e Damian continuam como Batman e Robin em Gotham. Oráculo ia fazer parte da internet 3.0, Batgirl ia ser enviada pra Inglaterra, Red Robin pra Hong Kong e blablabla. Batman contrata um argentino chamado El Gaucho, um japonês chamado Mr. Unknow, um africano que passou a ser o Batwing… e dai vai.
Começa a saga “Incorporated”, e graças a termos 2 “Batmen”, temos algumas oportunidades de ver os dois juntos. Teve um encontro deles em particular, em Gotham mesmo, que foi bem legal. A Mulher-Gato agora tem uma Catgirl, uma versão inexperiente dela. Grayson como Batman não “deixou”, mas não proibiu nem fez nada pra impedir, inclusive em um momento da história quis ajuda dela. Bruce logo de inicio já teve a reação normal de sempre. “NÃO”.
Ele encontrou com Dick em um terraço, e então dois Batmen, cada um com um uniforme, o de uniforme novo (Bruce) visivelmente maior que o de uniforme antigo (Dick) tanto em altura quanto em massa. Bruce fala sobre a Catgirl, Dick começa a explicar que a Selina disse isso e aquilo, e Bruce dá um suave corte:
“Selina não manda em Gotham. VOCÊ manda. Enquanto eu estou fora”. Dois Batmen, se encarando com aquele jeito que faz os marginais desistirem de ir pra rua. A pressão dos olhares ali no meio podia fritar seu cérebro mais rápido que uma pedra de crack.
Os desenhos e roteiros de várias dessas histórias com o Grayson como Batman vem de Tony Salvador Daniel. Um de meus desenhistas preferidos. Sou até suspeito pra falar, deixarei vocês verem a obra de arte por si próprios. Até pouco tempo atrás, Tony Daniel saiu da série mensal, passando a desenhar a Detective Comics, e atualmente a Action Comics.
Bom, ainda dentro da saga Incorporated, ocorreu a história “Julgamento em Gotham”, que citei lá no início desse texto, onde Azrael (Michael Lane) carrega seus amiguinhos, Cruzado e Lume,pra detonarem a cidade por ser um ninho de sujeira, pecado, crimes e blablabla. Ninguém nunca soube disso, né? Batman (Bruce) estava fora da cidade, e a cidade inteira seria julgada de acordo com testes feitos com Selina (Mulher-Gato), Tim Drake (Red Robin) e Batman (Dick Grayson).
A cidade foi condenada, e só seria salva se Grayson se curvasse diante de Azrael. Isso dá origem a uma das cenas onde o Grayson mais ficou parecido com o Bruce nesse tempo inteiro como Batman. Citei no texto da história (Julgamento em Gotham) e cito agora de novo. Ele encara o Azrael de perto e diz “Isso NUNCA vai acontecer”. Sendo que o Azrael estava com o Lume ali prestes a explodir Gotham inteira, e explodir a eles próprios, e o Dick estava sozinho. A situação também se resolveu no fim.
Eu no lugar do Grayson teria dito algo como “Azrael, meu querido. VAI PRA CASA DO são dumas, beber um ninho soleil, jogar peteca e tal”. Ninguém merece isso. Toda hora esse cara tá arrumando problema de graça.
Logo após essa época, entra o reboot, onde Bruce Wayne volta a ser o único Batman, a Incorporated “acaba” com maioria de seus membros mortos, e o papo de ter um Batman em cada canto não vai pra frente. Com exceção do David Zavimbe, o Batman da África (Batwing), que se revela ser um bom herói a carregar o simbolo do morcego, pelo menos até certo ponto. Posteriormente foi substituido por Luke Fox, filho do Lucius Fox.
Dick Grayson volta a ser Asa Noturna, muda de uniforme, mudando a cor da listra de azul pra vermelho e aumentando um pouco o tamanho da mesma. E agora adianto a vocês que… a DC mudou TANTA coisa na história geral do universo DC que eu precisaria escrever outro texto pra lhes apresentar as “novidades e mudanças” na história de Dick Grayson. Isso fica pra um próximo post.
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Não sei pra vocês, mas ele é meu personagem preferido. Sim, mais que o Batman. Não to dizendo que ele seja melhor ou mais eficiente que o Bruce, nunca. Eu sei que no quadro atual onde as coisas estavam ao fim da Incorporated, só o Bruce mesmo poderia encarar determinadas coisas que o até mesmo o grande Asa Noturna ficaria meio perdido e poderia comprometer o sucesso da missão, mas eu me identifico mais com o Grayson.
É super legal ver essas desenhos de fãs do Batman (Bruce) encarando o Galactus e pensar “Putz, só ele mesmo. Único humano sem poderes que podia encarar um devorador de mundos sem demonstrar medo”. Talvez com o tempo, Grayson se tornasse um Batman tão eficiente quanto o Bruce, mas isso são outros 500.
Acho ele um personagem complexo o suficiente para ter sido mantido como Batman. Aquele esquema que estava rodando antes do Bruce voltar a vida, dele como Batman, Damian como Robin, Tim Drake como Red Robin e Stephanie Brown como Batgirl estava perfeito. Dava pra segurar e seguir a história desse jeito, era um novo leque de oportunidades, novidades e tal, MAS, as coisas estão como estão hoje, e tá tudo bem também.
É óbvio que Dick Grayson não é uma pessoa real, ele é fruto da mente do Bill Finger e do Bob Kane, e suas palavras ao longo dessas 7 décadas sairam da cabeça de DEZENAS de roteiristas, mas todos eles tem que se prender à criar tudo em torno da personalidade que o personagem tem.
Temos um sujeito dentro da DC, um dos cabeças, Dan Didio, que há ANOS tenta matar o Grayson nas histórias. Há alguns anos atrás ele tentou, sabem porque ele não conseguiu? Por que teve uma enxurrada de gente reclamando, dizendo que se fizessem isso deixariam de comprar, revolta em tudo que era canto.
Se não me engano uma das tentativas foi na época da Crise Infinita. Inclusive tem uma capa do Batman segurando o Jason como Capuz Vermelho nos braços, e a imagem refletida no sangue abaixo é do Batman segurando o Jason como Robin. Essa capa originalmente era pra ser o Batman segurando o Asa Noturna.
Dentro da DC o cara sofreu com isso. A equipe na época disse “Beleza, produzimos a história dele morrendo como você quer, mas será nosso último trabalho com você”, fora que os próprios cabeças da DC na época não gostaram disso. Precisa mais? Dick Grayson influencia até do lado de fora das revistas.
Não sei até quando essa proteção valerá, pois na saga Forever Evil (da qual ainda irei falar)as coisas prometem ficarem feias pro lado dele, mas ele é um personagem claramente adorado no mundo inteiro, tanto pela galera que participa da produção dos quadrinhos dentro da DC quanto pelos fãs da série fora da empresa. Como eu disse, são 70 anos nas revistas, 70 anos de história. Um personagem exemplar e inspirador.
Esse texto não foi sobre o primeiro Robin, nem sobre o Asa Noturna, nem sobre o Batman da época de ausência do Bruce. Esse texto não foi pra um título de revista, nem para um nome de herói ou um uniforme, esse texto foi para um personagem e toda a sua história. Richard John Grayson.


Aniversário de 3 anos do Batman Guide – Sorteios e Quizz de Batman!

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Olá, queridos! 
Hoje o Batman Guide completa 3 anos! E, para comemorar, tem sorteio TRIPLO pra vocês! Vamos ver ao que vocês estão concorrendo?

001

Noel

Editora: Panini
Categoria: Álbum de Luxo
Número de páginas: 116
Formato: (19 x 28 cm) Colorido/Capa dura

A gente já resenhou essa HQ aqui; clique aqui para ler a resenha. A arte dessa HQ é absolutamente sensacional, responsabilidade de Lee Bermejo. “Batman: Noël” é uma adaptação do conto “Um Conto de Natal” (1843) de Charles Dickens.

*¹ (Obrigada ao leitor Tiago Dark Essence por me alertar sobre o erro que cometi aqui!)

002

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Número de discos: 3
Gravadora: Warner
Título: A Trilogia Batman: O Cavaleiro das Trevas
Diretor: Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Katie Holmes, Heath Ledger, Gary Oldman, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal, Morgan Freeman.
Ano de Produção: 2005 / 2008 / 2012
Ano de Lançamento: 2013
País de origem: EUA
Audio: Dolby Digital Inglês 5.1 & Português 5.1/Dolby Digital Inglês 5.1, Português 5.1 & Espanhol 5.1/Dolby Digital Inglês 5.1/ Dolby Digital Português 2.0
Faixa etária: A partir de 12 anos

O segundo item do sorteio é o box da trilogia do Cavaleiro das Trevas, do Christopher Nolan. É um box com 3 DVDs: o Batman Begins, com o Batman: The Dark Knight e o Batman: The Dark Knight Rises. Fizemos resenha dos três filmes, e você pode lê-las clicando aqui.

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Material: Porcelana
Altura: 9cm
Diâmetro: 8cm
Capacidade: 300ml

O terceiro item é um pedido do pessoal do Twitter do Batman Guide (@BatmanGuide): uma caneca de porcelana com o desenho lindo no estilo retrô do Batman e do Robin, pra você levar pro seu trabalho ou em casa. Sorteei ela no ano passado, no Aniversário de 2 anos do Batman Guide.


Bom, esses são os presentes. Legais, né? Então, agora eu vou te contar como você faz pra ganhá-los.
Esse ano, eu decidi fazer algo de diferente… Ao invés de colocarmos para pedir para vocês curtirem a página no Batman Guide, vocês vão ter que responder algumas questões sobre Batman! Como funciona?

Nesse post, logo abaixo do Regulamento, você vai ver 3 formulários diferentes para você se inscrever nos Sorteios. Você pode escolher pra 1, 2 ou pros 3 Sorteios, como você achar melhor. Daí, pra cada um dos formulários, tem 5 perguntas sobre o universo de Batman! E pra participar você tem que responder todas certas! Foi o Augusto quem fez as questões, tem algumas difíceis, outras mais fáceis, mas pra quem acompanha o Batman Guide nesses 3 anos, vai ser fácil responder!

E aí, vai deixar de participar?

1. Você deve ser residente no Brasil.
2. São três sorteios independentes. Você pode participar de 1, 2 ou de todos os sorteios, se quiser.
3. Preencha o formulário correspondente ao(s) Sorteio(s) que você quer concorrer. Todos os campos devem ser preenchidos. No campo “Nome”, insira seu nome. No campo “E-mail”, insira seu e-mail.
4. Para cada Sorteio, são 5 perguntas sobre Batman, e você deverá escolher uma única alternativa. Só participarão do Sorteio as pessoas que responderem as perguntas corretamente. Todas as respostas estão no Batman Guide! :D
5. Não é necessário se inscrever mais de uma vez. Só será considerada uma única participação. As outras serão desconsideradas.
6. A data-limite para participação é . Este será feito de forma totalmente eletrônica. O resultado será divulgado no dia 14 de maio de 2015.
7. Os vencedores de cada Sorteio serão avisados por e-mail. Caso o ganhador não se manifeste em até 48h, o sorteio será refeito.
8. O ganhador de cada item se compromete a tirar uma foto com eles, para que seja postada no Batman Guide. É a única coisa que pedimos, não custa nada, né? ;)



RESULTADO do Aniversário de 3 anos do Batman Guide – Sorteios e Quizz de Batman!

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Oi queridos!
Tanta coisa aconteceu e mudou durante esses 3 anos do Batman Guide. É mesmo surpreendente pensar em como as coisas eram lá e como são agora. Mas uma coisa não muda: nosso trabalho aqui sempre foi fruto de muita dedicação. Interrompidos por problemas pessoais às vezes, mas nunca deixamos de estar aqui, com vocês, trazendo o melhor das histórias do Batman. Nos nossos próximos posts chegaremos ao reboot e, em breve, alcançaremos as publicações atuais do Morcego. É uma longa história, não é?

3 anos de Batman Guide!

E mais uma vez, tenho que agradecer a cada um de vocês que pacientemente acompanhou o blog até aqui, prestigiando nosso trabalho, incentivando, deixando comentários, se interessando pelos arcos. A presença de vocês é muito valiosa! Muito obrigada e vamos continuar com nosso Guia de Leitura!

E, para comemorar mais esse aniversário, vamos ao resultado do Sorteio de Aniversário do Batman Guide?

Para quem não se lembra, o sorteio foi feito da seguinte forma: para cada item, havia 5 perguntas relacionadas a cronologia, história e personagens do Morcego. Só concorreu quem acertou todas as perguntas!

Então, antes de divulgar o resultado, vamos primeiro pra resposta das perguntas do Quizz!

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01 – Azrael é associado a Ordem de… ?
d) São Dumas

Azrael, ou Jean-Paul Valley, foi um bebê de proveta, cujos genes foram alterados e combinados com genes animais para potencializar suas habilidades de lutador. A Ordem de São Dumas é uma ordem religiosa que o treina para se tornar um assassino durante a saga “Queda do Morcego“.

02 – Quem era o Máscara Negra capturado por Dick Grayson (como Batman)?
d) Jeremiah Arkham

Durante a saga “Vida Após a Morte”, Batman (que nesse momento é Dick Grayson) descobre que Jeremiah Arkham vinha agindo como Máscara Negra, colocando contra si não apenas Batman mas também da Força Nacional e dos mafiosos da família Falcone.

03 – O primeiro “presente” que Barbara Gordon recebeu do Batman como incentivo a combater o crime foi:
b) Equipamentos

Batman que já “espionava” Batgirl há algum tempo e sabia onde ela vivia e quem era. Após ela realizar uma atividade bem sucedida, Batman deixa uma caixa pra ela, que abre sozinha em seu quarto, e dentro tem equipamentos, batarangues e itens fáceis de ser carregados.

04 – Qual das identidades abaixo Jason Todd nunca usou?
e) Deadshot

Jason Todd já usou as seguintes identidades:
■ Robin, depois que Dick Grayson deixou o manto de menino prodígio – confira o início de sua atuação como Robin nas histórias Batman: O Dia em que Robin Morreu & Batman: No Beco do Crime
■ Red Robin na saga “Contagem Regressiva para a Crise Final” #14, em que ele é o companheiro do Batman da Terra 51
■ Batman, durante a Batalha pelo Manto
■ Capuz Vermelho, depois de ser resgatado por Talia Al Ghul, conforme você pode conferir nas histórias Sob o Capuz e Capuz Vermelho: Dias Perdidos
A única identidade que ele não usou foi a de Deadshot.

05 – O nome dos pais do Bruce:
e) Thomas e Martha

O médico Thomas Wayne e a socialite Martha Wayne deram origem ao pequeno Bruce Wayne.Parents

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06 – Qual o nome da cidade que o vilão Chemo destruiu?
e) Bludhaven

Durante a Crise Infinita, a Sociedade Secreta dos Super Vilões joga Chemo (vilão que tem habilidade de causar um efeito de uma explosão de bomba atômica) em cima de Blüdhaven, cidade que Dick Grayson escolheu para viver – causando a pulverização de toda a cidade.

07 – Quantas Batgirls loiras a história já teve?
a) 1

Depois dos eventos da Crise nas Infinitas Terras, houve 3 Batgirls: Barbara Gordon (ruiva), Helena Bertinelli (morena), Cassandra Cain (morena) e Stephanie Brown (loira).

08 – Qual vilão abaixo NÃO sabe a identidade secreta do Batman?
b) Pinguim

Charada conhece a identidade de Batman, mas não revela porque assim o enigma perde a graça; Ra’s Al Ghul conhece a identidade do “detetive” e pai de seu neto; Silêncio e Bane também conhecem a identidade de Batman.

09 – Qual personagem abaixo tem filho?
a) Stephanie Brown

Conforme podemos ler nessa biografia da Stephanie Brown escrita pelo Augusto, Steph descobre que está grávida do ex-namorado que fugiu de Gotham após o Terremoto.

10 – Quem fechou a entrada boca da máscara de Batgirl primeiro?
c) Helena Bertinelli

Durante a saga Terra de Ninguém, na ausência do Batman nos escombros da cidade, a Caçadora (Helena) percebe que o simbolo do morcego passa medo aos criminosos, além de impor respeito, então ela faz um uniforme de morcega e sai cacetando geral nas ruínas de Gotham. Mas um belo dia, quando ela ia amaciar os ossos de uns pixadores, o pixador usou o colorjet (amarelo se não me engano) exatamente na boca dela, e ela achou que aquilo era um tipo de vulnerabilidade inconveniente e desnecessária, e costurou a boca, fazendo uma máscara sem aberturas.

003

11 – Que presente Bruce deu para filha recém nascida da Mulher Gato?
e) Bolsa integral em diversas universidades do mundo

Na história “Mulher-Gato: as substitutas”, publicada originalmente em Catwoman V3#53-58 e aqui no Brasil na série DC Apresenta n° 4, o Batman entra de madrugada na casa da Selina, ela o recebe na sala, ela a paisana, de roupão ou pijama, ele de Batman 100% equipado. Ele tira a máscara e vai andando pela casa rumo ao berço da criança, ela até solta um comentário bem maneiro, tipo “Eu ia pedir pra ele não fazer barulho e não acordar o bebê, mas ele é o Batman, ele não faz som nenhum”. E ele dá uns papéis pra Selina, que são bolsas integrais pra qualquer curso em diversas faculdades top do planeta, ele mesmo explica o que é.

Capa da edição Batman #408

Capa da edição Batman #408

12 – O que o Jason Todd estava roubando do Batmóvel quando Batman o flagrou?
c) Pneu

Quando Batman encontra Jason Todd pela primeira vez, na saga Batman: No Beco do Crime, ele está retirando o pneu do Batmóvel.

13 – Que personagem faz visitas periódicas ao Poço de Lázaro?
a) Ra’s Al Ghul

Como podemos ler na Trilogia do Demônio, Ra’s Al Ghul usa o Poço de Lázaro para garantir sua imortalidade.

14 – Por que Tim Drake mudou as cores do uniforme de Robin para preto e vermelho?
c) Homenagem as cores do Superboy

Nesse post que pertence à saga Batman – Renascido, vemos que Tim Drake adotou as cores preto e vermelho para seu uniforme como uma homenagem após a morte de Superboy (Conner Kent), seu melhor amigo.

15 – Que vilão acreditou ser irmão de Bruce Wayne por um tempo?
b) Bane

O Bane (um bom tempo depois da Queda do Morcego) cismou que o Bruce era irmão dele, inclusive pagou umas visitas à bat-caverna na paz, pra conversar, treinar com o Bruce. Os dois lutavam na social por esporte, ambos desmascarados, com a presença de Alfred. Bane estava até numa fase não tão vilã. Bane achava ser filho de Thomas Wayne fora do casamento, mas ai foram feitos uns testes de DNA onde foi provado que não eram irmãos.

Agora que sabemos as respostas do Quizz, vamos aos resultados dos Sorteios?


Sorteio #1 – HQ “Batman: Noel”

Número de pessoas que acertaram todas as respostas: 23

BatmanNoel BatmanNoel2

O ganhador foi o Johann Waltzer! Parabéns!
Entrarei em contato com você pelo e-mail informado no formulário de inscrição. Por favor, responda esse e-mail dentro de 48h, senão irei realizar novamente o sorteio (conforme o Regulamento). :)


Sorteio #2 – Box de DVDs The Dark Knight

Número de pessoas que acertaram todas as respostas: 4

BoxDvds

BOXDVDS2

O ganhador foi o Lucas Bósio! Parabéns!
Entrarei em contato com você pelo e-mail informado no formulário de inscrição. Por favor, responda esse e-mail dentro de 48h, senão irei realizar novamente o sorteio (conforme o Regulamento). :)


Sorteio #3 – Caneca Batman & Robin

Número de pessoas que acertaram todas as respostas: 6

Caneca01

Caneca

A ganhadora foi a Marcela Rodrigues! Parabéns!
Entrarei em contato com você pelo e-mail informado no formulário de inscrição. Por favor, responda esse e-mail dentro de 48h, senão irei realizar novamente o sorteio (conforme o Regulamento). :)


Então é isso pessoal! Se você não ganhou, não fique triste! Ainda esse ano teremos mais sorteios!

Beijos e obrigada a todos que participaram!

 

 


#101 – Superman: Liga da Justiça Elite

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“Sonhos nos salvam. Sonhos nos erguem e nos transformam. E pela minha alma, eu juro… Até que meu sonho de um mundo onde a dignidade, honra e justiça tornem-se a realidade que todos nós compartilhamos, eu nunca vou parar de lutar.
Kal-El (Superman)

Solta o azulão… Solta o azulão… Solta o azulão, paixão… Solta o azulão ♫ ♪

Mais um post um pouco distante de Gotham e seus respectivos morcegos. Como todos sabem, a função do Batman Guide não é só explicar “O” Batman, mas também suas histórias, arcos/sagas, crossovers, grupos de heróis que o mesmo faz parte, personagens que participam de suas histórias e tudo que de alguma forma se liga ao Morcego.

Partindo desse principio, me digam, como fingir que não há um Superman?

Por anos houve um título chamado “Superman/Batman” (que voltou a ativa recentemente nos Novos 52) cujas histórias eram SEMPRE dos dois trabalhando juntos, série esta que existia tanto lá fora quanto aqui no Brasil. Já tivemos duas séries “Trindade“, cujo o trio principal eram Superman, Batman e Mulher Maravilha (que também já teve seu post), e já tivemos participação (óbvia) de ambos juntos na Liga da Justiça.
Isso sem contar as aparições do Superman na própria série mensal do Batman, como nas sagas “Morte em Família” (1985), na “Silêncio” (2009), e na “Terra de Ninguém” (1999~2001).

Para finalizar a defesa desse post, termino dizendo que o nome de “Asa Noturna” adotado por Dick Grayson foi ideia do Superman, que contou a história de um herói chamado Asa Noturna que viveu em Krypton.

Acho que os argumentos foram convincentes, podemos então prosseguir.

Line

CriadoresSupermanO Batman surgiu em 1938, mas o Superman também não é nenhum moleque. O personagem foi criado em 1933, só veio a estrear em 1938 na Action Comics, quase em paralelo com o Morcego na Detective Comics. Ele foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, e primariamente… Era um vilão.

“A história onde o Superman é vilão acaba na edição 1 com o planeta explodindo?”. Seria assim se estivéssemos falando do Superman que conhecemos, o kryptoniano com sopro gelado, resistência maior que a de qualquer metal ou pedra no mundo, olhos que emitem diversos tipos de radiação (como visão de calor, microondas, raio x e algumas outras)… Não esse.

4640115-4365100479-superO primeiro Superman criado tinha a aparência de ninguém mais ninguém menos do que Lex Luthor. Careca, feio e sem nenhum poder físico. Ele era um vilão super inteligente e com alguns poderes de telepatia. Depois ele foi vendido pra DC e teve sua estreia como super herói na Action Comics em 1938.
Superman é tido como o “Campeão da Terra“. Quando se fala de “campeão” de algum planeta, é como dizer “Se o povo entrar em Battle Royale, quem tem mais chance de sobreviver é esse aí”. De certa forma me incomoda dizer isso, primeiro que eu prefiro o Batman, segundo, aqui é o Batman Guide, o foco é o Morcego. Fazer um texto praticamente dizendo que o Superman é quase um deus não fica bonito.
Mas não se preocupem, há bastante kryptonita no mundo, e o Batman tem um carregamento enorme da tal pedra guardado. Haveria grande estrago pro lado do Morcego, mas ele tem como vencer esse “deus”.

“Quase deus? O que ele faz de tão absurdo? Não é só visão de calor, voar, força, pele de aço…?”. Se vocês notarem, até falando a esmo sem muitos detalhes e informações precisas, já estamos descrevendo um guerreiro de grandes níveis de combate, mas a coisa não se limita a isso.

Uma pergunta puxa a outra.

Quais são os reais poderes do Superman?
De onde eles vêm?
De onde ELE veio?

Krypton_0001Ele veio de Krypton, um planeta bastante evoluído que fica no Setor 2813 do mapa do universo dos Lanternas Verdes. Na verdade, FICAVA no planeta 2813, mas o planeta explodiu devido a instabilidade geológica e tal, em resumo, explodiu sozinho.
“Quem sobreviveu?”. No início da história, era dito que apenas Kal-El (Superman) tinha sobrevivido, pois foi posto em um foguete e lançado pra Terra por seu pai Jor-El.

Krypto, o super-cão

Posteriormente aparece mais um monte de sobreviventes, como pro exemplo o super cão Krypto, que foi lançado para Terra antes do Kal-El como teste, mas chegou depois porque o curso da nave foi desviado devido a um impacto. Também tem a Kara Zor-El (Supergirl), prima mais VELHA do Superman (quando Kal-El era um bebê, Kara já era adolescente), que foi lançada para a Terra pouco tempo depois de Kal-El, mas ainda foi pega pelo raio de explosão do planeta e presa num meteoro de kryptonita, retardando sua chegada na Terra assim como no caso do cão Krypto.

Supergirl

Temos também o kryptoniano Dru-Zod, que sobreviveu a explosão de Krypton pois não estava no planeta. Ele estava preso na “Phantom Zone”, um tipo de dimensão-prisão de Kryptonianos. Quem fica preso lá não envelhece nem morre, e pode assistir a tudo que ocorre do lado de fora. A Phantom Zone foi descoberta por Jor-El, o pai do Superman.

catsOs kryptonianos são pessoas normais, aparentemente. Lá em Krypton, ninguém tinha super poderes. A diferença entre eles e nós está na forma em que o corpo capta luz do sol.
Krypton é iluminada por um sol vermelho, chamado de “Rao”. Em alguns outros sistemas solares (tipo o nosso), os plantas são iluminados por um sol amarelo, e a reação do corpo dos kryptonianos sob o sol amarelo é que faz toda a diferença. Eles são como baterias solares de altíssima capacidade de armazenamento e conversão. “Conversão em que? Produtos na Saraiva?”, não, em seus superpoderes.
Eles são altamente influenciados pelo sol amarelo, pelo sol vermelho e pelos restos de kryptonita que há por ai. “Kryptonita é aquela pedra verde que só enfraquece o Superman?”. Essa mesma, só que com dois detalhes: Primeiro, não enfraquece só a ele, kryptonita é como urânio para humanos, em grande quantidade causa problemas sérios. Segundo: Nos dias atuais, nem sempre é verde. Também há a vermelha, que é uma kryptonita artificial feita pelo Ra’s Al Ghul. Mas isso é outro tópico, por agora, foquemos no sol amarelo e sol vermelho.

A questão em torno dos sóis não é “o vermelho não dá poder e o amarelo dá”, é “O amarelo dá poder e o vermelho TIRA”. Pois é, o sol vermelho (como o Rao) absorve a energia do sol amarelo que fica contido no corpo dos kryptonianos. Tanto que pra lutar contra o Superboy-Prime na Crise Infinita e para prendê-lo depois, o sol vermelho foi de suma importância.

Já respondidas as questões sobre “De onde ele vem” e “De onde vem os poderes”, mas antes de irmos a “Quais são os poderes”, primeiro vamos dar uma conferida na família do Super. Pois é, ele não nasceu numa super chocadeira.

Jor-El_and_LaraSuperman, na terra conhecido como Clark Kent, na verdade se chama Kal-El. Seus pais são Jor-El e Lara Lor-Van (Lara-El após o casamento). A Supergirl (Kara Zor-El) é sua prima. Ela é filha de Zor-El (irmão do Jor-El) e Alura In-Zee (Alura-El após o casamento), ou seja, Zor e Alura são tios paternos do Superman. Posteriormente nas histórias, temos a adição de Kon-El (Conner Kent, o Superboy), que é um clone feito a partir da genética do Superman e do Lex Luthor ao mesmo tempo.
“Que diabo de “El” é esse? Eu me chamo Gabri-El, então sou da família do cabra azul?”. Não tão simples. Aqui no lado de fora das páginas nós vivemos coisa semelhante com a “importância do sobrenome”. Acham que isso é coisa do passado? Mexe com algum Sarney pra ver a merda que vai dar. Enfim, lá em Krypton existiam as famílias, e uma delas era a família El. Aquele “S” na verdade não é um “S”, por acaso o símbolo da família El é igual a letra S do nosso alfabeto.

superman5Essa parte é a mais impressionante. Assim como o Lobo, o Superman tem “versões“. Para alguns roteiristas, ele é capaz apenas de levantar o globo do Planeta Diário, pra outros ele é forte suficiente segurar um avião em queda. Para uns ele tem força apenas para dobrar uma viga de aço, para outros ele esfarela diamantes apertando na mão. Uns dizem que ele só atira visão de calor, e outros que o sujeito emite vários tipos de ondas pelos olhos, desde raio x, até microondas e a tal visão de calor.
Considerando a “melhor versão” dele, os poderes são realmente impressionantes. Ele é um herói muito mal utilizado, qualquer versão que você encontrar dele por ai faz parecer que ele é só um cara forte, mas vai muito além disso.
O planeta Krypton era muito maior que a Terra, 70x maior acho. Logo, a gravidade lá é MUITO maior.Tecnicamente é o mesmo esquema das máquinas de treinamento do Goku e Vegeta, aumentar a gravidade exige mais esforço do corpo. A fisiologia dos kryptonianos já vem com essa “força” embutida, logo, num planeta com a gravidade 70x menor tipo a Terra, um kryptoniano faz a festa. Mas até então, não estamos contando com as “maravilhas” que eles fazem sob sol amarelo, ainda estou falando apenas da capacidade física normal.

SunChamá-lo de “Homem de Aço” chega a ser descaso. A resistência dele é maior do que aço. Dependendo da carga de sol amarelo que ele tiver, pode ser mais resistente que um diamante. Vamos fazer umas contas simples e usar a lógica.
O Superman já entrou no sol. A temperatura da superfície do sol é em torno de 6000ºC, e a temperatura na qual um diamante derrete é 4500ºC. Ou seja, pra você começar a ferir o Superman com CALOR, você tem que ultrapassar a temperatura do sol.

superman-red-eyes-mini-poster-bmnp1401-400x400-imaefdvmbgzncazeQuanto aos olhos dele… O Superman não tem o famoso “olhar 43”, ele tem o “olhar urânio 20% enriquecido”. O cara pode te dar uma doença só de olhar pra você. Vou explicar. Como já foi dito, os olhos dele tem mil e uma capacidades, desde visão microscópica para ver coisas impossíveis a olho nu, como também telescópica para ver ao longe, fora que ele tem capacidade de ver infravermelho, ultravioleta, frequências de rádio e televisão, vê a aura de tudo que for vivo no universo, e inclusive tem a capacidade de ver a passagem da alma no momento em que o corpo morre, razão esta que o faz ser vegetariano.

Isso que falei é o que VÊ com os olhos, ainda falta o que ele EMITE pelos olhos. Ele emite microondas pelos olhos. “Então com ele o hotpocket fica pronto num piscar de olhos?”. Boa tentativa. Isso vai além de preparar comida. Ele pode evaporar toda água do seu corpo, você cairia seco igual uma múmia.
“Isso é a visão de calor?” Não, ainda não é. A visão de calor é aquele raio vermelho, que fica fumegando igual chamas nos olhos dele quando nervoso.

"Batman: Silêncio"

“Batman: Silêncio”

A força, temperatura, intensidade e visibilidade da visão de calor ele controla como quer. Ou seja, ele pode fazer o tal raio vermelho, ou fazer o raio ser invisível. Pode fazer aquele raio tradicional como duas linhas retas ou pode fazer uma rajada aberta em 180º como um leque ou rodo, assim como pode também fazer esse raio com proporções microscópicas, como aquele usado pra queimar o chip no cérebro do Bruce na saga “Silêncio“. E a temperatura… Pode de ir de 0ºC até a casa dos 6000ºC, que é a temperatura da superfície do sol. Temperatura essa que já ultrapassa em uns 1500ºC o necessário para derreter um diamante.

Ele também tem a visão de Raio X, que lhe permite ver o que ele quiser, onde ele quiser, atrás do que ele quiser. Exceto de chumbo, que impede passagem de radiação, mas é só ele derreter o chumbo e olhar.

“Como funciona a visão de Raio-x?”. Funciona como ele quiser. Ele olha pra você, e pode decidir se o raio-x vai ver apenas embaixo das suas roupas, se vai ver embaixo da sua pele, embaixo da carne, ou dentro dos ossos, ou até se vai ver o que tem atrás de você, ou atrás do que está atrás de você.

E como ele lida com Raio-x e isso é um tipo de radiação, dá pra concluir que ele pode emitir radiação semelhante a de urânio pelos olhos. Por isso eu disse, ele pode te dar uma doença só de olhar pra você. Ele pode parar em cima de um prédio e liberar carga suficiente de radiação pra dar doença letal em todos que estão dentro.

SuperO tal “sopro gelado” também não é só um sopro forte que empurraria uma pessoa ou apagaria as chamas de um carro. A força do sopro é equivalente a de um furacão, aqueles ventos de virar carros e derrubar casas, e a temperatura do sopro pode descer até o suficiente para congelar o alvo desejado.

A super audição não consiste apenas em ouvir longe. A audição dele é suficiente para ouvir tudo em uma cidade, ou até de cidades vizinhas. Ele com o tempo aprendeu a controlar a audição para ouvir a níveis humanos, pois ouvir todas as pessoas de meia dúzia de cidades falando ao mesmo tempo com certeza o atrapalha. Mas em contrapartida disso, ele pode escolher O QUE ouvir dentro dessa confusão inteira.
Por exemplo, se tivermos 10 pessoas conversando a 10km de onde ele estiver, ele pode escolher qual deles ouvir, ele pode inclusive escolher qual dos corações ele quer ouvir bater. O único ser vivo da Terra que tem uma audição que pode ser considerada tão detalhista (em alcance) é a baleia azul.

A velocidade dele também é das boas. Ele não atinge a velocidade da luz como os Flash, ele não tem conexões com a força de aceleração nem nada do tipo, mas ainda assim a velocidade dele é altíssima.

Ele pode voar até as luas de Saturno em 4 minutos, se não me engano são 20 minutos luz, aproximadamente 5x a velocidade da luz. Eu não confio muito nesse cálculo, então resolvi pegar outro feito para servir de base.Speed

Ele é capaz de voar da Terra até a Lua em 2 minutos. Da Terra pra Lua temos bons 384.400 quilômetros. Se ele faz isso em 2 minutos, então ele alcança uma velocidade de 192,200 quilômetros por minuto, e uma hora tendo 60 minutos, 192,200 x 60 = 1.153,200 km/h.

A velocidade mach 1 é de aproximadamente 1.225 km/h. Ou seja, o Superman voa NO MÍNIMO acima de velocidade mach 1. Essa velocidade é caracterizada como velocidade sônica, em outras palavras, ele pode quebrar a barreira do som.

Mas isso foi só um cálculo baseado em seu tempo de vôo da Terra pra Lua, não significa que essa seja a velocidade total dele. A realidade é que ele pode atingir a velocidade da luz, mas apenas no espaço, pois se ele atingir a velocidade da luz dentro da atmosfera terrestre, é adeus pra Terra. Não entenderam porque a Terra ia se desfazer? Vamos por partes.

Na tabela de velocidade… Temos a velocidade sub-sônica (de 0 km/h até 980km/h), a transônica (de 980 km/h até 1470 km/h), e dentro da transição entre a transônica e a supersônica (de 1470 km/h até 6150 km/h) temos a velocidade sônica que é a Mach 1. Após a supersônica ainda temos a hipersônica (de 6150 km/h até 12300 km/h), a alta hipersônica (de 12300 km/h até 30740 km/h) e enfim a velocidade chamada de “re-entry” em inglês, velocidade de reentrada. “Reentrada de que?”, velocidade de reentrada na atmosfera. Aquela velocidade que as naves e meteoros começam a pegar fogo, ficar incandescentes e tal, algo maior que 30740 km/h, ou seja, acima de Mach 10.

Houve uma história na qual o Flash disse ao Superman que ele estava indo numa velocidade de 2000 milhas por segundos. Isso dá 120,000 milhas por minuto, ou 7.200,000 milhas por hora. Em quilômetros… 11.587.276,8 km/h. Em velocidade Mach, seria Mach 9350, ou seja 9350x acima da velocidade do som (o que ainda não é velocidade da luz).

A velocidade da luz é algo na casa dos 1.079.252.848.8 km/h. Seguindo uns cálculos de um sujeito que saca bastante de física, podemos entender porque a Terra não aguentaria o Superman se movendo nessa velocidade. Vocês devem conhecer o efeito “sonic boom” (o golpe do Guile do Street Fighter é baseado nisso). Aquele estouro que se ouve quando algum objeto quebra a barreira do som, entrando em Mach 1. Quando caças que alcançam Mach 1 passam perto de prédios, estouram todas as vidraças e etc, isso inclusive já aconteceu por acidente aqui no Brasil há poucos anos.

Ok, se algo que se move a 1225 km/h ao passar longe já emite energia suficiente para quebrar coisas, imaginem algo que se move a 1.079.252.848,8 km/h?
Quanto mais rápido um objeto se move, mais energia ele emite, e dependendo do peso e tamanho do objeto, os efeitos aumentam. Segundo o cálculo do sujeito que entende BEM de física, se um biscoito de 10 gramas alcançar a velocidade da luz dentro da atmosfera da terra, ele vai emitir uma energia maior que 12 bombas de hidrogênio por onde passar. Isso porque tem apenas 10 gramas, imaginem se forem uns 90kg como no caso do Superman.

Ué, mas o Flash corre até o dobro mais rápido que a luz“. Os cálculos não se aplicam ao Flash, pois ele e a velocidade dele são provenientes da “Speed Force”, o campo dimensional de velocidade do universo, então ele meio que viaja nessa velocidade por um “caminho seguro”. Digamos que ele controla a física, coisa que o Superman não pode fazer.

Ok, menos física e mais poderes legais.

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8255754_f520A capacidade de manter um determinado esforço também não é problema para ele. Nós humanos aguentamos correr um determinado tempo. Até mesmo algum recordista de 100m rasos, apesar de rápido, não aguenta manter aquela velocidade por muito tempo, pois o corpo cansa. Até o melhor maratonista que aguenta correr naquele passinho por horas, chega uma hora que vai parar porque cansou. Os halterofilistas que conseguem levantar 300kg, só conseguem segurar por um curto tempo. Nada disso é problema pro Superman.

Ele não sente cansaço, não sente sono, nem câimbra, nem dormências, também não tem distensões nem nada do tipo. Se ele precisar ficar segurando um avião no alto por 2 dias, ele ficará lá segurando os 2 dias, sem cansar nem sentir nada. No máximo sentiria tédio. E claro, ele pode correr por quanto tempo quiser sem cansar.

Agora falarei sobre a força dele. Levantar 900 milhões de toneladas tá bom pra você? Caso não, fique despreocupado, essa foi apenas a medida onde pararam de contar, ele é capaz de mais que isso. Ele pode empurrar um planeta inteiro pra fora do sistema.

“Como pode isso tudo?”. O Superman pode aumentar sua força infinitamente de acordo com a quantidade de energia de sol amarelo que ele absorve. Ele não tem um “tanque de combustível de sol” que em algum momento fica cheio. Ele simplesmente vai absorvendo, sem fim. Normalmente, ele absorve o necessário para fazer suas proezas aqui na Terra, mas quando é preciso alguma medida drástica tipo empurrar planetas, ele absorve a níveis mais elevados. Mas isso tem uma contraparte, se ele absorver até um certo ponto pode perder o controle e entrar em frenesi de absorção, perdendo o controle de si. Em casos assim, ele precisa do Parasita para drenar o poder excessivo.

Forte desse jeito e com tantos recursos, o cara é imbatível, não? Pior que não. Como diria o Zé Pequeno, tem gente mais “indigesta” que o Superman por aí. Tem um bom número de pessoas que lutam páreo a páreo, e um número de pessoas que ganham dele de lavada.

Entre os páreos, cito:

■ Darkseid de Apokolips. Um dos New gods;
Dru-Zod (aka General Zod), de Krypton;
Mongul I, o imperador de Warworld;
Bizarro, o clone demente do Superman;
Eradicator, o dispositivo de sobrevivência que tomou forma do Superman;
Lobo (aka “O Maioral”), último czarniano;
Adão Negro, o ser que canaliza o poder de deuses egípcios;
Hal Jordan, o lanterna verde (apenas quando possuído por Parallax);
Kyle Rayner, o lanterna verde (apenas quando era hospedeiro do Íon);
Hank Henshaw, o Cyborg Superman;
Atlas, aquele camarada dos tempos antigos que usa um capuz vermelho;
Lar Gand, mais conhecido como Mon-El, do planeta Daxam;

E entre os que vencem temos:

Doomsday, o alien pré-histórico kryptoniano (que inclusive matou o Superman)
Espectro, a entidade cósmica justiceira criada pela “Presence” (que na verdade pode matar qualquer um do universo DC);
Kent Nelson (aka Doctor Fate), com seu elmo cheio das zique-ziras mágicas;
Zatanna Zatara, a homo magi descendente de Leonardo da Vinci;
Imperiex-Prime, aquela armadura espacial colossal cujo o interior é um ser feito de pura energia;

Erroneamente dizem que a Mulher Maravilha é páreo para o Superman, mas quem é leitor assíduo deve lembrar da vez em que eles iam lutar a sério. Ela levou para a luta a espada que mata deuses e o escudo que até então era tido como indestrutível.

Ele não queria lutar, mas ela o embarreirou e fez um corte em seu rosto usando a tal espada, ele então pegou uma GOTA do sangue que escorreu e com um peteleco atirou a gota contra o escudo indestrutível, e o escudo se partiu em pedaços. Por ai vocês deduzem a diferença de força e recursos entre eles.

Tudo bem. Já conhecemos o Superman, sua origem, seus parentes e seus poderes. Quanto aos poderes ainda tenho um tópico a abordar, COMO aplicá-los dentro da física?

RescueVamos lá, não precisamos ser muito geniais pra deduzir certas coisas. Teoricamente, alguém forte como ele aguenta segurar um navio acima da cabeça. Claro que sim, mas estamos falando aqui da simples CAPACIDADE de fazer. Se alguém soltasse um navio em queda livre (puramente na vertical) sobre o Superman para ele segurar o impacto, ELE tem a capacidade de suportar o impacto de um navio sobre si, mas e o navio?

Considerando que o navio é milhares de vezes maior e milhões de vezes mais pesado, soltá-lo em cima do Superman parado seria como soltá-lo em cima de uma estaca fixa e indestrutível. O ponto de pressão que o Superman iria exercer é pequeno demais pro tamanho do navio, seria como soltarmos nosso corpo em cima de um prego, vai perfurar o corpo. Obviamente, o resultado dessa cena do navio seria o Superman atravessando o fundo e saindo pelo topo.

A física não ajuda muito. Para um resgate do gênero, o Superman teria que voar numa velocidade bem próxima da velocidade de queda do navio e ir diminuindo, para assim tentar reduzir a velocidade de queda do navio até 0. Mas é claro, para ele fazer isso sem causar danos ao navio nem perfurar o mesmo com seu corpo, ele teria que diminuir a velocidade aos poucos, e se é aos poucos, tem que ver se dá TEMPO dele ir diminuindo até o momento em que chega o chão, caso contrário, não dá pra fazer nada pelo navio. Fora que isso não resolve o problema do ponto de pressão que ele exerce ser pequeno diante do tamanho do navio. Enfim, ele é forte, não milagreiro.

shuster-supermanA física vale para resgates “humanos” também. Imaginem se alguém cai de um prédio e o Superman fica embaixo pra pegar no colo. Dependendo da velocidade que a pessoa em queda estiver, ao bater nos braços do Superman será como ter batido em duas barras de aço, o sujeito TENDO SORTE vai quebrar uma porrada de ossos e estourar alguns órgãos, sendo que o mais certo é morrer perdendo pedaços do corpo devido ao impacto. Mais uma vez, o Superman teria de voar na mesma velocidade, segurar e ir freando, torcendo pra dar tempo de chegar ao chão devagar.

Ainda falando de humanos… Como o Superman interage com eles? Nós temos controle de nossas forças porque elas ao NATURAL não são capazes de ferir outra pessoa a toa, só se nos focarmos nisso. Mas imaginem alguém que quebra rochas e diamantes apertando na mão tentando segurar um copo de vidro. Como medir tão milimetricamente a força? Seria como nós tentando segurar uma bolha de sabão sem estourar.

Ele é capaz de fazer esse controle e não ferir humanos, mas imaginem o cara estar lutando com… Sei lá, o Darkseid por exemplo, trocando porrada pra valer, e no meio da confusão algum humano fica pendurado no alto de um prédio. O Superman vai lá resgatar o sujeito segurando-o pela mão usando a força que estava batendo no Darkseid há menos de 3 segundos atrás. Já era a mão do cara, virou pó. Ele tem que se policiar o tempo inteiro para não rasgar humanos como papel.

Acho que não há muito mais o que falar do Superman. Seria este o fim do texto? Ainda não. Falta falar de Clark Kent.

clark-kent-reporterComo devem saber, Clark Kent é a identidade terrestre de Kal-El, o Superman. Ao cair na terra ainda como bebê, Kal-El foi encontrado por Jonathan e Martha Kent. Ao adotar o garoto, ele recebeu o nome de Clark, e como passou a ser da família, ganhou o sobrenome “Kent” também.

Uma curiosidade: As mães do Bruce e do Clark se chamam Martha. Martha Wayne e Martha Kent.

Clark Kent tornou-se jornalista do Planeta Diário (Daily Planet) (que agora no reboot foi demolido e refeito com muito mais pompa sob o nome de Daily Star). Ele convive com o também jornalista Jimmy Olsen e com Lois Lane, com quem chegou a se casar e ir viver junto.

Para finalizar o “histórico” do Superman aqui, falarei da relação/interação/dualidade entre ele e o Batman.

Batman superman
Um é muito humilde, o outro é um bilionário. Um é extremamente forte, o outro extremamente inteligente. Um deles precisa do sol, o outro só age a noite. Superman e Batman. Em toda boa história onde eles são o foco, vocês terão oportunidade de ver as diferenças de opinião e atitude de ambos. Imaginem, Superman tem aquela imponência e serenidade quase divinas, chegando nos lugares voando, com cores fortes e destacadas como azul e vermelho, emanando uma aura dourada devido a carga de sol amarelo no corpo. E o Batman, representando a parte humana e guerreira da dupla, vindo com seus tons de cinza e preto, saindo das sombras, vociferando como um demônio envolto de escuridão. O Batman é o lado “Justiça”, e o Superman é o lado “Liberdade”.

004

A história que selecionei foi a da “Liga da Justiça Elite“, o primeiro arco publicado (#01-#04). Não tem nada a ver com a origem do Superman nem nada do tipo, muito pelo contrário, é uma história de um ponto bem avançado na cronologia dele. Achei essa história a ideal para esse texto pois nela, o Superman/Liga da Justiça ficam obsoletos, pois a LJA: Elite não deixa os vilões cometerem os crimes, eles pegam os caras antes, coisa que o Superman não é a favor, pois isso implica em acabar com a liberdade.

O povão concorda que esse papo de “deixar o mal acontecer pra depois tomar providências” já deu o que tinha que dar, que era melhor quebrar os conceitos da liberdade individual e pegar seja lá quem for antes mesmo dele cometer o crime.

Mas logo essa quebra da liberdade dos vilões se torna uma quebra de liberdade generalizada e a Elite torna-se uma tirania. Superman então entra em cena e detona o grupo inteiro sozinho, e no final faz o discurso que pus no início do texto aqui. É um épico do Superman.

Não farei narrativa da história, deixo apenas esse “resumo” mesmo, pois o texto já deu o foco necessário ao Superman. E só pra não passar em branco, quem puder comprar/baixar/ler a história “Lex Luthor: Man of Steel”, do Brian Azzarello e Lee Bermejo, faça as honras, a história é excelente. Teria sido minha escolhida pra esse post se nela o Superman não tivesse ficado meio em segundo plano e como “vilão” (lendo vocês vão entender).

É isso ai, até a próxima.

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Download no MEGA – Liga da Justiça: Elite #01 – #04 


#102 – Lanterna Verde: Crepúsculo Esmeralda

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“Há alguns anos, um homem às portas da morte caiu na Terra. Antes de morrer, deu a Hal Jordan um anel. O poderoso anel energético ativado pela força de vontade de seu possuidor. Este anel pode realizar o impossível… Desde que se queira o suficiente.”

Hi, I’m Kenny Rogers and this is Jackass! Mentira.

Greetings.
Semana passada começamos uma grande excursão aqui no Batman Guide. Vocês, cidadãos de Gotham vão dar um passeio por locais muito famosos do Universo DC, e a primeira cidade de passagem é Coast City. Claro que não nos restringiremos a falar da cidade, mas ela será o pontapé inicial para o real assunto em foco: Os Lanternas Verdes.

Nessa altura nós já lhes demos os textos da Crise nas Infinitas Terras, da Crise Infinita, da Crise Final e da Noite Mais Densa/Dia Mais Claro, que deu um bom parecer quanto a história do Universo e dos maltusianos que vieram a se tornar Guardiões do Universo, mesmos seres estes que criaram a tropa dos Lanternas Verdes.
Para isso aqui não se tornar um papíro quilométrico da história universal novamente, aconselho a quem não sabe bem as origens da tropa a dar uma lida no texto “A Noite Mais Densa”, lá nós demos uma explicação (que acredito eu ter sido) clara sobre a origem dos Guardiões, das Tropas e tudo mais relacionado aos Lanternas Verdes.
Como devem saber, os Lanternas Verdes são uma TROPA, ou seja, há centenas deles. Falarei dos principais mantendo a prioridade aos 5 Lanternas da Terra: Alan Scott, Hal Jordan, Kyle Rayner, Guy Gardner e John Stewart. E no fim, a Jéssica vai indicar uma história pra vocês – a que dá título ao texto.
Então vamos lá, a Tropa dos Lanternas Verdes chama.

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Introdução: Principais Lanternas Verdes

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Green_Lantern_Alan_Scott_0003Muita gente tem uma dúvida que é bastante comum, “Alan Scott é Lanterna Verde e não toma partido nos lances de Oa. Por que?”. O caso do Alan Scott com as histórias é meio parecido com o Jay Garrick e os Flash. O Jay Garrick é tido como primeiro Flash, mas não tem NADA a ver com os seus sucessores.
Quando Hal Jordan foi criado, lá no fundo a ideia era substituir o Alan Scott por algo mais moderno. A trama do Alan Scott era apenas que a Lanterna da chama verde caiu como um meteoro na China, ai tem o tal trem lá e tudo culmina pro Alan terminar como terminou. Até ali não há explicações de Guardiões, nem multiverso, nem Krona, nem outras tropas, nem entidades cósmicas. Nada.
Com a chegada de Hal Jordan, o título Lanterna Verde ganhou um ar mais Sci-fi, com aliens, planetas, setores espaciais, diversas raças e outras coisas legais do gênero. Claro que não criaram tudo de um dia pro outro, a história evoluiu ao longo das décadas, assim como a do Alan Scott evoluiu para chegar no ponto onde o Hal Jordan entra.
No fim do rolo acaba que os dois dividem o mesmo cenário em algumas revistas. Em alguns casos até dizem que o Alan Scott teve sua história alterada e passou a ser o Lanterna Verde da Earth 2. É a velha solução, perdeu espaço na trama principal? Joga pra Earth 2. Lá vale tudo.
Por muitos anos, Alan Scott foi posto como membro da Sociedade da Justiça, que é tipo uma Liga da Justiça secundária dos velhos, ou dos secundários. Outros membros que dividem espaço com Alan Scott são Jay Garrick, Poderosa (Supergirl da Earth 2), Dr. Midnite e alguns outros.
Nas versões pós reboot, Alan Scott é um jovem homosexual que perde seu namorado no tal acidente de trem onde ele foi salvo pela chama verde, lá na China.

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1884332-1563165_greenlantern_c2e2_poster_600_670x1024_superAí sim, hein? O queridinho da galera. Nos quadrinhos ele é o mais famoso dos Lanternas, acho que tanto pros leitores quanto para a tropa. Hal Jordan fez papel principal em MUITAS coisas dentro da história da tropa, inclusive do seu “fim”. Seu “convite” de ingresso à Tropa foi feito após a morte do antigo Lanterna Verde responsável pelo Setor 2814, Abin Sur. As razões que levaram Abin Sur a morrer numa queda de nave na Terra sao explicadas melhor no texto “A Noite Mais Densa”.
Hal Jordan é um piloto de caça, mas não é um “combatente militar”, apenas piloto, ele gosta de voar. O chão não é pra ele. Ele tem uns saracutacos atrás do campinho com a Carol Ferris, a dona dos aviões que ele costumava voar quando não tinha o anel energético.
Seu “mentor” era aluno do Abin Sur, o Lanterna Verde do qual ele tornou-se substituto. O nome desse mentor é Thaal Sinestro, do planeta Korugar. Sinestro não entendia porque logo o Hal foi o substituto de um lanterna tão bom quanto Abin Sur. Sinestro é um mestre de combate, estrategista, inteligente, e Hal é um sem noção violento movido por impulso que faz tudo no improviso. Mas Sinestro tornou-se tirano em Korugar usando o poder de seu anel, Hal ao descobrir deu um jeitinho terráqueo de se meter e acabar com a festa do cara.
Hal chegou a ser dominado por Parallax, a entidade energética amarela. Parallax é praticamente a encarnação em energia de todo o medo que há no universo. Ele dominou Hal Jordan no momento em que este tentou pegar todo o poder da Bateria Central da Tropa em Oa logo após ele ser condenado pelos Guardiões pelo crime de ter usado o anel para seu próprio benefício. O que Hal ttinha feito foi reconstruir sua cidade natal Coast City após esta ter sido destruida pelo Cyborg Superman. Uma vez dominado pelo Parallax, ele detonou a Tropa dos Lanternas.
Mais a frente, os sobreviventes da Tropa (Guy Gardner, John Stewart e Kilowog) conseguiram separar o Parallax do Hal Jordan. Este já em consciência novamente, sacrificou sua vida para dar uma reignição no sol, pois este estava “danificado” e ia dar bode pra vida do nosso sistema. Ele já tava na unha da fome mesmo, logo ia cantar pra subir, aproveitou o embalo e se matou pra salvar geral.
Em seu tempo morto, ele tornou-se meio que “um só” com o Espectro, aquela entidade cósmica criada pela “The Presence”, que tem poderes sobre tudo que é vivo no universo. Nesse meio tempo ele detonou a mão do William Hand (aka Black Hand), o sujeitinho que o Atrocitus ia matar na Terra e foi impedido pelo Sinestro e pelo próprio Hal Jordan ainda vivo como Lanterna Verde.
Posteriormente, Hal foi trazido de volta a vida, durante um combate de Oliver Queen (Arqueiro Verde) e Kyle Rayner (novo Lanterna Verde) contra Sinestro (que agora possuía um anel energético amarelo) no satélite da Liga da Justiça.
De volta à vida e confusões passadas, ele retornou para a Tropa e continuou suas missões como protetor do Setor 2814.

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Green_Lantern_-_Guy_Gardner-1

Esse é o comédia da turma. Ele nasceu e cresceu em Baltimore nos Estados Unidos. Seu pai era alcoólatra e o batia direto, apesar de Guy sempre tentar sua aprovação indo bem no colégio. Como todo mundo cansa de apanhar, ele acabou virando um deliquente juvenil.
Quando Abin Sur morreu, o anel tinha duas opções para um novo defensor do Setor 2814, Hal Jordan e Guy Gardner, mas como Hal estava mais próximo do local de queda do Abin Sur, ele foi o escolhido. Quase acaso, né.
Hal chegou a descobrir sobre isso, e tornou-se amigo de Guy, sabendo que este seria algo como seu “reserva”. Guy acabou sendo atingido por um ônibus durante um terremoto, e enquanto ele se recuperava, John Stewart foi convidado pela Tropa a ser o novo substituto de Hal Jordan. Após seu retorno, ele foi preso na Phantom Zone, a prisão dimensional de kryptonianos, sofreu uma tortura das boas do General Zod e saiu de lá com danos cerebrais que trouxeram a ele uma nova personalidade, um Guy desrespeitoso, convencido, prepotente e infantil que se julgava o “verdadeiro” Lanterna Verde, melhor que todos os demais.
Ele chegou a reunir um grupo de super vilões pra detonar com o universo, sendo impedido por Hal e John.
Depois disso ele foi levado a Maltus para reaprender os caminhos dos Lanternas Verdes, e tempos depois ao ser “liberto” novamente, desafiou Hal Jordan para uma luta onde o perdedor sairia da Tropa, e ele perdeu, abandonando então seu anel verde, adotando então um amarelo que se alimentava de energia verde usada contra si.
Nessa época ele chegou a ajudar Superman e a Liga da Justiça a combater o Doomsday, e logo a seguir desse tempo, ocorre a confusão do Hal Jordan se voltando contra a Tropa e tocando um terror, então Ganthet antes de ir até o Kyle, foi até o Guy, e este recusou o re-ingresso para a Tropa. Ganthet então procurou por Kyle, e este aceitou o fardo de ser o último Lanterna Verde.
Guy ainda tentou combater o Hal/Parallax e tomou um cacete que o largou 3 anos em coma, e de quebra o Hal ainda detonou o anel amarelo dele. O cara passa mais tempo se recuperando das porradas do que em combate. Quando ele despertou, começou a procurar novos meios de entrar em ação de novo. Aliou-se com alguns outros heróis meio secundários e numa determinada etapa da história, ele bebeu da “Água do Guerreiro”, que ativou uma parcela alien que estava em seu DNA desde os tempos antigos, da raça chamada Vuldarian. Ele formou um grupo de heróis que são tão desconhecidos que nem de “secundários” dá pra chamar, numa série nomeada “Warrior”.
Por fim essa baboseira acabou, ele retornou para a Tropa e é isso aí. Durante as Crises ele não teve papéis tão definitivos quanto Superman e outros do gênero, claro, mas esteve lá fazendo o seu trabalho.
Na “Noite Mais Densa”, quando o Kyle morreu, ele por algum tempo tornou-se Lanterna Vermelho, só voltando a si quando o planeta Mogo o “filtrou”. Quem não sabe QUEM é o planeta Mogo, dê uma lida no texto “A Noite Mais Densa”.
E na última saga antes do reboot, Guy tenta se livrar da influência da Ira, o combustível da Tropa dos Lanternas Vermelhos. Ao fim da história isso foi possível graças a Kyle Rayner, que estava como detentor de um anel azul. Um dos poderes dos Lanternas Azuis é cancelar a influência dos anéis vermelhos.
No pós-reboot,  Guy se torna lanterna vermelho, e não satisfeito de pegar o bonde de Ysmault andando, ainda quis sentar na janela: Quis se tornar o novo líder da Tropa dos Lanternas Vermelhos no lugar do Atrocitus, e até onde li, a Tropa vermelha estava dividida em duas, uma onde o Atrocitus continuava soberano, e outra do Guy.

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Jon stewartTalvez o mais famoso dos Lanternas fora dos quadrinhos, por ser o representante da Tropa na Liga da Justiça das animações que vão pra TV.
Como eu disse no texto do Guy, o John foi selecionado para ser o “backup” do Hal Jordan quando o Guy ficou avariado após um acidente. Quando Abin Sur morreu, o anel escolheria entre Hal e Guy, escolhendo o Hal porque era o mais próximo, e como podem ver, John não estava entre as opções.
Ele é atleta, arquiteto, oficial da marinha… Alguém teve muito tempo livre, né? Vai ver ele só não é pintor, cozinheiro, Power Ranger e jornalista porque a mãe não deixou. Quando Hal se ausentou, John assumiu como o Lanterna Verde responsável do Setor 2814 (setor da Terra). Devido a essa razão ele aparece tanto na Liga da Justiça numa certa época.
Ele chegou a se tornar o primeiro humano Guardião do Universo, conhecido como “Master Builder”, ou “Mestre Construtor”. John não é muleque piranha igual o Kyle nem muleque zuera igual o Guy , então encaixou bem como Guardião do Universo. E o título de “construtor”, bem, o cara é arquiteto e tem um anel energético que faz constructos baseados no que ele quiser. Ele podia refazer um universo, claro. Encaixou como uma luva.
Mas nem tudo são flores, quando Hal entrou em parafuso e fechou na bandidagem com o Parallax, a bateria central de Oa descarregou e claro, John ficou na onça.
Ele não tem muitos “papéis principais” dentro da série, mas ele ainda assim é um dos mais conhecidos, talvez até mais conhecido do que o Hal Jordan devido a ter aparecido em praticamente todos os desenhos animados da Liga e aparecer com frequência também nas revistas. Ele fez o que nem Hal nem Guy fizeram, tornou-se um Guardião do Universo, e com certeza é um dos melhores combatentes dentre os heróis da DC.

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KylePode não ser o mais famoso, mas é um dos mais importantes na história da Tropa dos Lanternas Verdes. Se o John é o engenheiro… Guy é a bomba, Hal é o improviso e Kyle é o artista, literalmente. Kyle é desenhista, e inclusive faz uma história em quadrinhos.
Os constructos do Kyle são diferentes de todos os outros. O anel cria o que a mente quiser, e isso requer criatividade, ou no mínimo conhecimento. Hal só cria besteiras como luvas de boxe gigantes, martelos, ladeiras, caças… Já John Stewart é arquiteto e veterano da marinha, sendo então um excelente criador de armas e defesas, extremamente detalhadas em cada parafuso. E o Kyle… ele é um artista. Seus constructos são personagens de suas próprias histórias, superheróis que já existem, personagens de anime, seres místicos, armas futuristas e várias outras coisas.
Há uma diferença entre a razão de escolha dele e a de Hal Jordan para ingressar na tropa. Hal é conhecido como o “Homem Sem Medo” (é, tipo o Demolidor), Kyle sente medo mas tem a capacidade de superá-lo, e este diferencial passou a ser quase que regra para os novos membros da tropa, assim tornando todos os verdes menos suscetíveis a influência de Parallax. (Não confundir com a fraqueza contra cor amarela em si, isso se resolveu quando o Parallax saiu da bateria).
Kyle é filho único criado por mãe solteira em Hollywood. Sua entrada para a Tropa foi as avessas do normal. Na verdade, a entrada dele foi única. Seu anel foi o ÚLTIMO anel, feito dos pedaços do anel destruido de Hal Jordan. O convite veio do ÚLTIMO Guardião que restou vivo, Ganthet, e Kyle então tornou-se o ÚNICO Lanterna Verde do universo. Que fardo, hein? Mais louco que picolé de Ruffles. Kyle também é um rapaz namorador tanto quanto o Dick Grayson, e olha que pra isso tem que ter um histórico dos bons. Ele teve caso com Donna Troy, com a Jade e com mais umas por aí.
Nessa época em que ele entrou para a Tropa, ele já vivia/trabalhava em Los Angeles, e tinha uma namorada que o incentivava e ajudava em várias coisas, uma verdadeira companheira. Mas então ela foi morta, esquartejada e posta na geladeira da casa dele. Imaginem o impacto quando ele viu. Não é só o Batman que toma porrada da vida.
Na ausência de outros membros da Tropa, na ausência de quem pudesse explicar sobre do que se trata aquele anel, de onde vem, porque veio e tudo mais, Kyle limitou-se ao que podia fazer, ficou onde estava agindo por ali. Mais tarde ao conhecer Superman e Batman, Kyle aprendeu sobre a Tropa, sobre Oa e todo resto, de quebra ainda adentrou a Liga da Justiça.
Ele também recebeu umas aulas de pancadaria gratuita com o Morcego velho. Batman inclusive demonstrou bastante consideração por Kyle, consideração esta que ele não demonstrou sequer por membros mais antigos da Liga da Justiça. Ele admirava a vontade que Kyle tinha de aprender novos caminhos ao invés de contar sempre com as velhas capacidades do anel energético.
Ele também foi peça importante para conter a investida de Oblivion contra a Terra, e juntando a energia liberada por Oblivion com a energia que Hal Jordan utilizou no sol no momento do sacrifício, Kyle acumulou uma quantidade absurda de energia verde, tornando-se praticamente um deus, ele se tornou o hospedeiro da entidade cósmica de toda força de vontade do universo, o Ion. Kyle ganhou onipotência, onipresença, mas abriu mão de tudo usando esse poder para reativar a bateria central de Oa, assim ressuscitando a Tropa dos Lanternas Verdes oficialmente.
Kyle permaneceu sendo hospedeiro de Ion por algum tempo. Só pra vocês terem ideia do nível de energia, com o Ion no corpo, ele tinha poder suficiente pra derrotar o Superman. Depois ele foi substituido por Sodam Yat, do Planeta Daxam (assim como Lar Gand/Mon-El).

Pausa para informação: Daxam é um planeta cujo população tem cruza com kryptonianos. Quem nasce no planeta Daxam também ganha poderes quando está sob sol amarelo. Ou seja, torna-se igual ao homem de aço/azulão/escoteiro. Visão de calor, super força, capacidade de voar, super velocidade, sopro gelado e todo resto. Os mais espertos devem ter se perguntado “e o ponto fraco é o mesmo?”. Não. Kryptonita não faz nada nos nascidos em Daxam, a fraqueza deles é algo tão… “comum” que chega a parecer ridículo, a fraqueza que os nascidos em Krypton têm com kryptonita os nascidos em Daxam têm com chumbo. Meio besta, né? Tudo tem chumbo na Terra. Um kryptoniano exposto à kryptonita pode se recuperar quando se afasta, mas um “daxamita” (acho que é assim) não se recupera quando infectado por chumbo. Lar Gand quando foi infectado por chumbo foi trancado na Phantom Zone (dimensão de prisioneiros de Krypton), pois lá o tempo não passa, e a infecção por chumbo não progrediria, dando tempo de acharem um jeito de curá-lo. Acharam, mas levou milhares de anos. Para terminar essa puxada fora de tópico: imaginem alguém com o poder do Superman ainda com o Ion no corpo. Pois é.

Voltando… Durante a saga “Sinestro Corps”, ele chega a ser dominado por Parallax assim como Hal Jordan foi no passado, mas conseguiu se livrar fazendo menos estrago do que o Hal.

Em “A Noite Mais Densa” Kyle chega a morrer e ser ressuscitado em um curto espaço de tempo. E por fim, nos Novos 52, Kyle acaba sendo selecionado por aneis de todas as tropas, e torna-se membro de todas ao mesmo tempo. Vermelho, Azul, Verde, Branco, Preto, Índigo, Amarelo e Laranja. Após algum tempo, 5 deles se partem, sobrando então apenas o verde e o laranja, e depois o Laranja se mostrou ser um constructo de Glomulus. O rolo não vem ao caso aqui.
Enfim, esse é o resumo da história de Kyle Rayner. Corta pra Jéssica contando pra vocês a história escolhida de hoje, “Crepúsculo Esmeralda”.

Lanterna Verde: Crepúsculo Esmeralda

32A história escolhida para o post de hoje, “Crepúsculo Esmeralda”, foi publicada no Brasil em três volumes pela Panini. É uma típica HQ dos anos 90. O protagonista dessa saga é Hal Jordan, que havia acabado de ver sua cidade natal, Coast City, ser detonada pelo vilão Mongul. Como era de se esperar, ao chegar lá e observar apenas os escombros do que outrora fora seu lar, Jordan simplesmente perde o controle. E, utilizando seu anel, reconstrói uma imagem, uma sombra daquilo que havia sido a cidade e seus entes queridos. Mas baseados em nossas experiências aqui do Batman Guide nós já sabemos que não se retorna da morte sem alguma – ou muitas – sequelas. Essa tentativa de Hal Jordan faz com que os Guardiões do Universo revoguem o posto de Hal Jordan de Lanterna Verde, afinal ele usou o anel com fins pessoais. Com isso, Hal Jordan perde totalmente o resto de sanidade que tinha e parte até Oa (que, como vimos, é a sede dos Lanterna-Verde), e até chegar lá… Você vai ter que descobrir lendo a HQ.

Você deve atentar, nessa história, para a transformação de Hal Jordan de um grande Lanterna Verde, modelo ético do bem, de justiça, um paladino do que é correto, para um degenerado assassino, violento, sem limites para conquistar o que quer, chegando ao nível extremo de se transformar em outro ser. Os prejuízos que ele gera nesse arco só seriam consertados em outras sagas anos depois. Após ler Crepúsculo Esmeralda e seu desenrolar, nos perguntamos: existe alguma entidade que esteja completamente acima de ser corrompida? Existe alguma força totalmente benévola no mundo, algo incorruptível? Nós já não vimos aqui que algumas vezes o próprio Batman perder a cabeça e se descontrola?

Link para download logo abaixo. Boa leitura e até o próximo post!

CrepusculoEsmeralda

Download no MEGA: Lanterna Verde – Crepúsculo Esmeralda


#103 – Flash: Renascido

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Hi, I’m Johnny Knoxville and this is Jackass. Mentira.

Cidadãos de Gotham, apertem os cintos que a viagem será veloz. Mais veloz que o som, mais veloz que a luz. Ponto de partida? Central City, a cidade do FLASH.
Estamos em uma empreitada valente dentro de um blog sobre Batman: falar dos demais heróis que fazem parte de seu “circulo social”, e aqui vamos nós com um post para o Flash.
Já falamos sobre:

Asa Noturna
Mulher-Maravilha
Superman
Lanterna Verde

Chegou a hora de falar do “fastest man alive“.
Assim como o uniforme de diversos heróis, o manto do velocista escarlate já foi usado por mais de uma pessoa, mais exatamente três: Barry Allen, Wally West e Bart Allen. Mas existiram QUATRO Flash. “Santa lesma com bronquite, Batman! Como pode isso?”. Na série dos Lanternas Verdes, rolou algo do gênero: Evolução de idéia.
Quando se fala de “Lanterna Verde” lembramos de quem? Claro, depende de quem você mais curte, eu diria Kyle Rayner, maioria esmagadora lembraria do Hal Jordan, alguém que assiste a animação da Liga da Justiça lembraria do John Stewart, Guy teria sua porcentagem também… Mas o PRIMEIRO Lanterna Verde nos quadrinhos foi Alan Scott. O cara não tinha nada a ver com Oa, com bateria central, com Parallax, Sinestro, Multiverso… Era um sujeito com um anel mágico. Só. Assim era Jay Garrick, o primeiro Flash, só um sujeito que corria pra caramba, sem nenhuma ligação com Speed Force, viagens no tempo e coisas do tipo.
No texto dos Lanternas Verdes vocês viram um resumo pessoal de cada um dos membros terrestres da Tropa, e nesse texto também teremos um resumo pessoal de cada velocista da Terra. É, malandragem, tão achando que só tem os Flash e fim de papo? Tem maior galera correndo junto nessa maratona em mach. Mais louco que mamute com calvice.

Fora os já citados, ainda temos os Flashes Reversos (Edward Clariss/Eobard Thawne/Hunter Zolomon), Johnny e Jesse Quick (Johnny e Jesse Chambers) e Quicksilver (Max Mercury). Para isso não virar um texto desnecessariamente gigante, falarei o básico sobre o “Universo Flash” e seus participantes.

The-Flash-Alex-Ross-DC-Comics-print

Mas antes de falar dos velocistas do Universo DC, faremos 5 intervenções para você entender melhor o personagem. Vamos a primeira delas.

Speed

“Já saquei o lance, quanto mais velocidade eu conseguir pra dar uma voadora, melhor”. Em parte é verdade, mas não se trata disso. A Speed Force é uma “fonte” pros velocistas da DC, é a Valhalla dos Flash. É um boteco onde só que passa da velocidade Mach pode tomar umas biritas.
A Speed Force é uma “dimensão” que divide o mesmo espaço que nossa realidade da Terra, e a influencia diretamente. É como se ela conectasse a física de tudo e todos que existem em todas as épocas de todos os universos, e apenas alguns pouquíssimos podem fazer “uso” de sua energia. Esses poucos são os velocistas Jay Garrick, Barry Allen, Wally West, Bart Allen, Johnny e Jesse Quick, Quicksilver e etc.
É literalmente uma energia onipresente e também é um “espaço físico” para os velocistas, podendo ser acessado pelos mesmos. Como se não fosse suficiente, também é o “paraíso” deles. Quando um velocista morre, vai pra Speed Force. Que beleza, né? Não precisam mais se preocupar com inferno nem nada do tipo.
Mais recentemente, Max Mercury (Quicksilver), que já estava preso lá e tornou-se meio que um “especialista” na coisa, explicou ao Barry que a Speed Force foi criada no momento em que ele (Barry) ganhou seus poderes, e que a Speed Force é alimentada por cada passo que ele dá. É como se o Barry fosse o messias dos velocistas e o gerador de onde todos velocistas puxam energia.
Inclusive, ela também é um tipo de “forma de medida” de velocidade. Existe a barreira do som, a barreira da luz, a barreira do tempo, a barreira da dimensão, e enfim a barreira da Speed Force. Dá pra entender bem qual é a ordem das coisas, né? Pra viajar no tempo, você tem que superar consideravelmente a velocidade da luz. Pra passar de uma dimensão pra outra, tem que superar a velocidade de viagem no tempo, e por fim, para acessar a Speed Force, tem que superar a velocidade necessária para viajar entre dimensões.

Flash

Não é “O” Flash, são OS Flash. Speed Force colocada onde deve, prosseguiremos falando dos personagens.

Jay

Jay_GarrickJason Peter Garrick é o Flash original. O primeirão. Teve sua estréia em 1940 (lembrando que Batman e Superman tiveram suas datas de estréia em 1938/39) sendo criado por Gardner Fox e Harry Lampert. Esse Flash ganhou seus poderes após inalar uns vapores loucos em um laboratório, vapores estes que despertaram/otimizaram alguma coisa no cérebro dele e o camarada começou a se mover numa velocidade absurdamente alta.
O uniforme não tem mistério, exceto seu penico na cabeça. Depois de eu explicar a origem do penico vocês ficarão com pena de pensar no capacete dessa forma. Aquele capacete na verdade era do pai de Jay Garrick. O pai dele ela do exército e foi pra guerra com aquele capacete. Jay personalizou com as asas do lado como uma referência ao deus grego Hermes (Mercúrio dos romanos), que possuia as botas com asinhas semelhantes nas laterais, que lhe garantiam a super velocidade necessária para ser o mensageiro do Olimpo.
Como podem perceber, não tem lhufas de Speed Force no assunto. É uma capacidade inteiramente corporal, nada a ver com campos de energia ou “física” propriamente dita.
Jay Garrick faz parte da Sociedade da Justiça quase desde sempre, sendo um dos membros mais antigos da mesma.
Apesar de muito veloz e de ter algumas capacidades parecidas com a dos velocistas mais modernos, Jay é visivelmente posto como “abaixo” de Barry Allen e cia. A DC coloca Jay como “segundo mais rápido” do mundo.
Alguns de seus poderes fora a alta velocidade é poder vibrar seus atomos tão rápido a ponto de ficar invisível. Após o reboot, Jay passou a ser um personagem da Earth 2, tornando Barry Allen então o primeiro Flash da Earth 1. Seus poderes são completamente providos de uma força mágica natural que já nasceu com ele. DC é incrível, não? Destruindo tudo o que você sabe desde os anos 30.

Barry“Barry é o tipo de homem que eu esperava me tornar se meus pais não tivessem sido assassinados”. (Batman)

Flash-Barry-Allen-by-Alex-RossEsse é o primeiro Flash morderno, segundo Flash da contagem pré-reboot, e primeiro Flash da contagem pós-reboot. Bartholomew Henry Allen, criado em 1956 por Robert Kanigher, Carmine Infantino e John Broome. Com esse teremos MUITO assunto.
Esse é o famoso Flash que foi o primeiro a ser membro da Liga da Justiça, foi o criador do “Cosmic Treadmill” que é uma máquina usada para fazer viagens no tempo, foi o primeiro a usar o tal anel que carrega o uniforme de Flash… Com Barry Allen muita coisa nova surgiu.
Barry não teve uma história tão trágica como os demais heróis que o cercam. Por um bom tempo ele teve um emprego razoavelmente bom (policial forense), uma mãe, uma esposa… Uma vida “normal” exceto pelo fato dele poder se mover na velocidade da luz. Mas não se enganem, não é porque ele tem o poder da super velocidade que isso faz dele um sujeito pontual. Barry Allen sempre foi um sujeito muito lerdo e vivia chegando atrasado em tudo que marcava.
A história dele conta com diversas viagens no tempo, ele inclusive chegou a viver um tempo no futuro. A coisa é meio complicada. No principio da história a Speed Force sequer foi citada. Começando do início… Um raio atingiu uns produtos químicos que acabaram por banhar Barry Allen, lhe dando os poderes que conhecemos hoje.
“Beleza, então a chave pra Speed Force é misturar água sanitária com pinho sol e um relâmpago? É nóis que corre, Claudinei Quirino”.
Essa foi a forma que ele se tornou o velocista que é. Eobard Thawne também fez isso, e Wally West também. Taxa de raios atingindo pessoas nas histórias do Flash deve ser maior do que nas do Thor.
Mas então… Barry é admirado por todos os demais velocistas que vieram após ele. Todos se espelham em Barry de alguma forma. Seu uniforme foi inspirado no uniforme do Shazam (vermelho com um raio no peito), e todos os demais após dele se basearam no de Barry.
Ele fez parte da primeira formação da Liga da Justiça, que foi criada após uma invasão alienígena na Terra, onde heróis de toda parte se uniram para salvar o planeta, mas até aí a história dele não teve grandes tragédias, as coisas começaram a complicar depois do casamento. Como todos sabem, casamento costuma a ser a primeira de muitas tragédias na vida de um homem. Tô brincando, não teve nada a ver com isso, e casamento também não é tragédia (às vezes).
Já casado com sua amada Iris West-Allen, durante seu sono ele acabou contando a ela que era o Flash. Ela fingiu que não tinha ouvido nada, mas após algum tempo Barry contou isso a ela por conta própria. “Santa revelação, Batman! A vida dela virou uma zona!”. Nada disso. A revelação do Barry era bombástica mas não tanto quanto a revelação que Iris tinha para ele: ela veio do século 30 ainda como criança e foi adotada nessa época (presente).

Tudo certo, pra tudo se tem solução, menos pra morte. Mas a morte veio até a família Allen. Eobard Thawne, o “segundo” Flash Reverso (se considerarmos o inimigo de Jay Garrick no run oficial), um homem que era apaixonado há tempos por Iris, veio do futuro e a matou por ciúme. Tempos depois Barry ia casar com outra mulher, e o cara tentou matar a futura esposa dele DE NOVO. Barry conseguiu impedir, mas acabou matando Eobard quebrando seu pescoço, e por estar lutando contra ele, não pode aparecer em seu próprio casamento, e sua noiva acabou perdendo a sanidade de tamanha decepção.

Reverse_Flash_067Flash foi julgado culpado pela morte de Eobard, mas o júri tinha sofrido algum tipo de lavagem cerebral, e Barry percebendo que a sentença não estava sendo feita por gente em sã consciência, fugiu. Como as respostas para o crime estavam em outra época, foi geral pro futuro ver que porcaria estava havendo. Descobriram que o vilão “Abra Kadabra” estava se passando por Flash Reverso. Após derrotar o babaca, Flash passa a viver no futuro com a Íris de lá (século 30), que não morreu.
Mas aí algumas semanas depois veio a Crise nas Infinitas Terras. Barry foi trazido de volta ao presente e aprisionado pelo Anti-Monitor, por ser o único ser capaz de viajar entre os universos como bem entende. O anti-monitor tinha um canhão antimatéria pronto pra detonar a Terra, e Barry acaba com os planos do sujeito correndo em alta velocidade criando um vortex pra impedir o canhão de atingir a Terra. Ele conseguiu, porém acelerou tanto que acabou preso na Speed Force. Após isso, Kid Flash (na época Wally West) assumiu como novo Flash.
Depois disso Barry faz uma aparição junto a Max Mercury e Johnny Quick, ajudando Bart Allen naquele lendário trecho onde eles tentam ferrar o Superboy-Prime, e mais a frente durante a Crise Final, correndo atrás da bala de radion, seguido logo a seguir pelo Black Racer.

No evento “A Noite Mais Densa”, ele exerce papel interessante numa luta direta contra William Hand (Black Hand), e de quebra ainda foi convocado para ser membro temporário da Tropa dos Lanternas Azuis, transformando seu tradicional uniforme vermelho em um inovador uniforme azul.
Na saga Rebirth, Barry passa por maus bocados. Eobard Thawne, o Flash-Reverso, infectou a Speed Force, e Barry acabou tornando-se o Black Flash, praticamente a”morte” do universo dos velocistas. Acidentalmente chega a matar o herói Johnny Quick e o vilão Savitar. Não vou me prolongar nos detalhes dessa história aqui, pois foi a história selecionada para esse post, e virá com todos detalhes necessários.
Por fim, tivemos o Ponto de Ignição/Flashpoint, onde surge a “brecha” para o reboot.
Hoje em dia, nos Novos 52, Barry já fez bico na “The Dark Knight”, entrou para a “nova primeira formação” da Liga da Justiça (junto a Superman, Batman, Mulher Maravilha, Aquaman, Cyborg e Lanterna Verde (Hal Jordan) e, claro, está com sua revista solo.
A nova HQ do Flash está muito interessante. Além de estarem aproveitando e demonstrando muito bem as capacidades do herói, também pegaram o uniforme já modernizado do Wally West pré-reboot e modernizaram ainda mais para ser o “primeiro e oficial” do Barry Allen pós-reboot. O estilo de traço da nova HQ dele não é dos meus preferidos, mas nem de longe é ruim.

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Kid_Flash_(Wally_West)_2nd_costumeE enfim o queridinho da galera, Wallace Rudolph West, o Wally West.
Wally foi criado por John Broome e Carmine Infantino em 1959. Foi o primeiro Kid Flash e terceiro Flash, também é o Flash presente em boa parte dos desenhos da Liga da Justiça e é o Flash presente nas épocas de evolução e transição da DC. Assim como o John Stewart é o Lanterna mais famoso por ser o representante da Tropa nas animações da DC, Wally West é o Flash mais famoso pela mesma razão.
Por mais legal e engraçado que ele seja, temos que admitir que a história de como Wally ganhou seus poderes foi meio ridícula. Um raio atingiu um monte de produtos químicos que acabaram por banhá-lo e dar-lhe seus poderes.
Alguém se perguntou “Ué, foi o mesmo que aconteceu ao Barry, não foi tão ridículo”. Mas foi no exato LOCAL onde aconteceu com o Barry, da mesma exata FORMA. Dois raios no mesmo lugar, nos mesmos compostos e virados pra uma pessoa. Ao meu ver, eles forçaram a barra.
Ele ainda era novo, e decidiu fazer um uniforme baseado no do Barry Allen, então tornou-se o Kid Flash. Logo se aliou aos Jovens Titãs onde fez amizade com Dick Grayson que na época era Robin.
Durante a “Crise nas Infinitas Terras”, Wally foi comandado pelo Jay Garrick pra combater as forças do Anti-Monitor, e o Barry se sacrificou para acabar com o canhão anti-matéria que iria destruir a Terra.
Como vocês devem saber, após essa crise muitas coisas mudaram na DC, e uma delas foi o nível de poder dos heróis. Barry atingia a velocidade da luz, já Wally como Flash alcançava apenas a do som, e ainda tinha que manter seu metabolismo comendo feito um louco, como se a velocidade afetasse diretamente o organismo.
Wally se deu bem na vida, fez o que muitos de nós queria. “Arrumou um trabalho bom?”, que mané trabalho. Se trabalho fosse bom não se chamava trabalho, se chamava “lazer”. Ele ganhou na loteria, comprou uma mansão e o escambau. O uniforme deu uma modernizada, mudando alguns detalhes que ficaram até hoje pro uniforme pós-reboot do Barry.
Os poderes do Wally não desenvolveram bem inicialmente porque ele tinha um bloqueio mental que o impedia de tentar/permitir ser melhor que o Barry Allen (seu mentor), mas após um encontro com o segundo Flash Reverso (Eobard Thawne, de quem falarei mais a frente), fez ele quebrar essa conversa de “limites” e se tornar até mais rápido do que Barry Allen era.

O tempo passa, o tempo voa, e a familia do Sarney continua numa boa. Pelos meados da Crise Infinita, Wally casou e vazou do cargo, deixando Bart Allen como quarto Flash, mas Bart morreu um tempo a frente e Wally teve que voltar ao manto escarlate. E na Crise Final, ele se une a Barry Allen que voltou da Speed Force.
Com o retorno de Barry, Wally perdeu palco. A revista passou a ser focada em Barry, Wally sequer usava mais seu uniforme. E após o Flashpoint tudo piorou, pois Barry nunca casou com Iris, então o rumo do futuro mudou e Wally não mais existia como Kid Flash ou Flash.
Nos atuais Novos 52, Wally nem deu as caras, simplesmente sumiu. Reza a lenda que há um projeto de trazer o personagem de volta, porém o negócio tá preso na gaveta do Dan DiDio, o mesmo sujeito que a todo custo quer matar/ferrar o Asa Noturna desde a época da Crise Infinita. Esse velho merecia uns 10 tapas na cara, depois juntar de porrada num canto e por fim ser largado num latão de lixo.
Bem… Wally desenvolveu um monte de habilidades que Barry nunca demonstrou ter, e algumas que Barry dominava normalmente ele não consegue controlar. Isso mostra que eles são equivalentes no resumo geral, mas em velocidade (pelo menos no pré-reboot), Wally West é o mais rápido do universo.
Vale ressaltar que se o maior vilão do Barry foi o Eobard Thawne, o maior do Wally foi o Hunter Zolomon. Mais abaixo tem um pequeno resumo sobre ambos, Thawne e e Hunter. Mas no que ainda diz respeito ao Wally e seu maior inimigo… Um dos pontos que Hunter apontava é que Wally foi descuidado ao revelar publicamente sua identidade secreta, pois isso colocou sua esposa em perigo. Ele provou esse ponto facilmente, pois atacou a esposa dele (Linda West) e a fez perder os bebês que esperava. Coisa que não aconteceria se não soubessem que ela era casada com o Flash.
Wally quase entrou em parafuso, pediu ajuda ao Espectro (que na época ainda era o Hal Jordan) e pediu para todos esquecerem sua identidade secreta… Mas o Espectro é tão eficiente que até o Wally e todos os demais heróis esqueceram também e ele passou um tempo sem lembra que era o Flash. E quem foi o primeiro a tentar trazer o Corredor Escarlate de volta? Batman.
O Batman também teve sua memória apagada, mas obviamente ele tinha seus métodos para saber que havia algo errado, e tentou descobrir melhor o que houve, ajudando Wally a recuperar sua memória e seus poderes.
Posteriormente, foi dado um jeito de apenas os heróis lembrarem, e o “Flash” voltou a ser um herói com identidade secreta. MAS para Hunter isso não bastava. Em seu segundo ataque, ele viajou ao passado com ajuda de Eobard Thawne, e Wally foi atrás para detê-lo. Junto estava Barry Allen, atrás do Eobard. O ponto do passado ao qual eles foram foi o exato ataque de Hunter contra Linda West que tirou a vida dos bebês. Tentando impedir que Hunter matasse Linda e piorasse ainda mais o quadro do presente que ele conhecia, ele salvou Linda inclusive do primeiro ataque, o que por consequência salvou a vida dos bebês e fez Wally West voltar papai para o futuro.
Inclusive tenho uma teoria que apesar de todo butthurt, frescura e obsessão do Hunter Zolomon, TALVEZ ele soubesse como tudo terminaria (pois já viajou pelo tempo) e realmente seu discurso de “vou ajudar Wally West a ser um Flash melhor” realmente fosse válido de alguma forma. Bem ou mal, foi devido às atitudes do Hunter que o Wally recuperou seu anonimato, e se percebermos, tudo que o Hunter tirou dele voltou. Se Hunter em suas viagens pelo tempo chegou a saber disso, ele foi uma ferramenta para a melhor condição de Wally.

004661person_3097Explicar QUEM é ele é moleza, mas explicar PORQUE ele está nas histórias não é tão simples.
Bartholomew Henry Allen II, nomeado assim em uma óbvia homenagem ao vovô de mesmo nome, porém é mais conhecido como “Bart Allen” e foi criado por Mark Waid e Mike Weringo em 1994.
Bart é filho de Don Allen e Meloni Thawne. Quem é familiarizado com o universo flash vai reconhecer ambos sobrenomes nesse rolo. Um é óbvio, Allen, o outro que é um tanto inesperado: Thawne. Sobrenome de Eobard Thawne, o segundo Flash Reverso.
“Santo romance de Shakespeare, Batman! Amor entre dois membros de famílias rivais!”. Pois é, isso é pra vocês verem como o mundo está cheio de surpresas (e de automóveis, como diria o Kiko).
Don Allen é irmão de Dawn Allen, e juntos eles são os “Irmãos Tornado”. Ambos são filhos de Barry Allen e Iris West-Allen. Tanto Bart quanto Meloni, Don e Dawn são todos do futuro, Bart nasceu no ano de 2993. Lá no futuro, Bart é o herói chamado de Impulse (Impulso, no português). “E o que o Bart está fazendo no presente como Kid Flash?” Ai entra o rolo que citei na primeira linha.
Bart vivia no futuro, porém sofria de um problema: hipermetabolismo. Como vocês sabem, os Flash são seres que podem controlar suas próprias velocidades e também a velocidade das coisas ao seu redor, mas pelo visto Bart tinha algum descontrole na velocidade do seu metabolismo.
“Ah tadinho do moleque, era hiperativo? Leva pra meu padim padi cíço trata dele!”. A solução estava além da medicina”. Bart com a idade de 2 anos, já tinha corpo e mente de um rapaz de 12.
As coisas aconteciam rápido demais pro garoto, imagina envelhecer umas 6x mais rápido que o normal? Imagina saber que não vai durar nem 30 anos nessa vida? Imagina ver seu corpo mudando a cada hora? Pois é, com o tempo isso obviamente ia culminar na insanidade dele.
A vovó Iris West-Allen então mandou o rapazote para o tempo que conhecemos como presente, para ver se o terceiro Flash (Wally West) podia ajudar de alguma forma, e conseguiu. Fazendo o garoto atingir velocidades altíssimas numa corrida ao redor do mundo, o metabolismo de Bart tomou um choque e voltou ao normal.
Ele acabou ficando pelo presente. Mas a vida num é mole pra ninguém na DC (nem fora dela, digam vocês), após entrar para os Jovens Titãs, Bart topou com o Deathstroke num dia torto das ideias e tomou um tiro no joelho. Enquanto se recuperava, Bart leu todos os livros da biblioteca de San Francisco, mudou o codinome de Impulso para “Kid Flash” e seu joelho recebeu uma prótese que o permitiu correr em super velocidade novamente.
Bart pode QUASE atingir a velocidade da luz, mas em um determinado ponto da história, ele se torna um com a Speed Force, absorvendo-a de algum modo. Claro que isso contra alguns outros fatos contados posteriormente, como a Speed Force ter sido criada pelo Barry Allen, cria uma grande polêmica entre os fãs.

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1763782-quicksilver_3_jack_cole_chuck_mazoujianNome real: Max Crandall. A Osklen e a Billabong que se cuidem, ai vai o Quicksilver. Tá, isso foi ridículo até os ossos, tô pensando seriamente em tirar isso do texto. Mas enfim… É o Quicksilver. Max Mercury é o mestre dos velocistas. Por ter ficado preso na Speed Force, ele passou a estudar a porcaria toda de dentro pra fora, adquirindo habilidades e conhecimentos que nenhum outro tem. Isso lhe rendeu a alcunha de “Zen Master of the Speed Force”.
Ele foi parar nas páginas dos quadrinhos em 1940, assim como Jay Garrick, porém foi criado por Jack Cole e Chuck Mazoujian. Nada a ver com o primeiro Flash.
Assim como Bart Allen, Max não é do “nosso tempo”, ele viajou entre as épocas até chegar no nosso presente, mas ao contrário de Bart, Max não veio do futuro, mas sim do passado, mais exatamente de meados de 1830.
Max é fruto de uma zona de empresas e nomes. Seu lançamento em 1940 foi numa revista chamada Quality Comics, ele era apenas Quicksilver, tinha super velocidade e tinham apenas como dados de sua identidade que seu nome era “Max”. Uma óbvia associação a Max de “máximo”, provavelmente para indicar “max speed”, ou coisa assim.
O personagem foi recriado na DC dentro das histórias do Flash por Mark Waid, mas quando ele trouxe o personagem de volta os anos 90, foi necessário mudar o nome “Quicksilver” para “Mercury“, pois já havia um Quicksilver na Marvel e ninguém quer confusão com o Sr. Stan Lee.
A história é simples. Max Crandall era da cavalaria americana, daqueles rolos de bang bang e índios. Um belo dia rolou um saracutaco no campinho ali perto, ele desmaiou e pimba, quando acordou tava geral morto. Um shaman indigena tacou alguma uruca proveniente de sinistro nele e Max ganhou super velocidade. Tcharam.
O camarada ficou por ali com os índios por anos, sendo chamado de “Ahwehota” (Aquele que corre além do vento), e pros demais das adjacências não-indigenas apenas como “Windrunner“, que cá entre nós, ficou muito melhor que Quicksilver.
Ele queria saber que demônios era a Speed Force, tentava, tentava e não conseguia descobrir a porta de entrada. Nas tentativas, acabava viajando no tempo. Ele acabou avançando uns 50 ou 60 anos no tempo, caindo em 1890, onde ficou usando o nome Whip Whrilwind por algum tempo, até tentar novamente entrar na Speed Force e viajar de novo, dessa vez caindo em algum ponto entre 1930 e 1940, onde conheceu Jay Garrick e Johnny Quick, tornando-se mentor de ambos.
Depois avançou mais, encontrando e enfrentando o vilão Savitar, que acabou fazendo-o avançar mais ainda no tempo. Sei que em algum momento dessas viagens ele encontra Wally West e ajuda o rapaz a quebrar seu bloqueio mental que o impedia de liberar total velocidade.
Max foi possuído pelo primeiro Flash Reverso, conhecido como “O Rival” (Edward Clariss), e devido a fatos que não precisam sr detalhados, ele ficou preso na Speed Force. Posteriormente na Crise Infitina ele apareceu na Speed Force ajudando Barry, Wally e Bart a carregar o Superboy-Prime.
E por fim, durante a saga “Rebirth“, Max Mercury aparece para ajudar Barry a se livrar da Speed Force negativa.

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Johnny_Quick_01Nome real: Johnny Chambers. Esse foi criado por Mort Wiesinger em 1941. Como podem ver, o início dos anos 40 foi o ápice da velocidade.
Johnny Quick era um fotógrafo de jornal, até que seu guardião de infância, o Professor Gill, lhe ensinou uma fórmula descoberta na tumba de um antigo faraó. Ao pronunciar a fórmula, Johnny ganha sua super velocidade.
O sujeito ajudou e participou da Sociedade da Justiça, encontrou o Presidente americano da época (Roosevelt), esteve lá pra ajudar o país durante o ataque japonês em Pearl Harbor, também esteve na Segunda Guerra mundial junto de Jay Garrick e Max Mercury, ajudou a salvar o mundo de uma invasão alienigena… Tudo isso antes dos anos 50. A partir dai, ele passou abriu uma empresa de auto-ajuda/desbloqueio de potencial. Isso causou algum tipo de vergonha em sua esposa, que devido a isso o deixou.
Ele tem uma filha, Jesse Belle Chambers, a Jesse Quick (que também já foi Impulse, assim como Bart Allen). Para salvar sua filha de Savitar, ele se sacrificou e acabou preso na Speed Force, assim como Barry e Max. Só voltou a dar as caras durante a Crise Infinita, naquele momento lendário de todos os velocistas juntos carregando o Superboy Prime pra casa do chapéu.
Durante a Noite Mais Densa ele chegou a ser reanimado como um dos zumbis da Tropa dos Lanternas Negros, mas foi derrotado assim como todos os demais.

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3961976-3504586737-18307Nome real: Jesse Belle Chambers. Essa heroína sem vontade de ser heroína foi criada por Len Strazewski e Mike Parobeck em 1992. Será que eles naquela data imaginariam que quase após tantos anos ela entraria para a Liga da Justiça? A menina não é pouca coisa. Filha de Johnny Quick e Liberty Belle, Jesse Belle Chambers era estudante na Universidade de Gotham quando seu pai (Johnny Quick) lhe ensinou a fórmula da super velocidade, esperando que ela seguisse seus passos (literalmente) no combate ao crime, mas ela preferiu seguir com seus estudos e planos de carreira. Sem graça.
Mas o mundo dá voltas, ela ganhou o tema “Impacto dos Heróis na Sociedade”, e acabou juntando-se ao grupo que seu pai fazia parte, a Sociedade da Justiça, e passou a analisar e escrever as aventuras dos heróis de perto, fazendo parte das aventuras também, e no fim das contas acabou ficando lá para ser heroina.
Ela ainda foi considerada substituta para Wally West como Flash caso acontecesse algo com o mesmo, mas com a chegada de Bart Allen do futuro mudou as coisas. Jesse sacrificou seu joelho para salvar a vida de Wally. Posteriormente ele a curou, mas ela considerou uma traição ele ter escolhido Bart Allen como seu substituto.
Jesse perdeu seus poderes e associou a culpa ao Wally, quando na verdade o problema era o vilão Savitar, que havia cortado as ligações dela com a Speed Force. Mas não tinha sido só ela que perdeu os poderes. Então Wally encabeçou uma visitinha ao Savitar, e ela recuperou seus poderes. Nessa luta, seu pai, Johnny Quick, acabou sacrificando a vida para salvá-la, ficando preso na Speed Force assim como Barry Allen e Max Mercury.
Com os poderes de volta em sua cobiçada carcaça loira, Jesse uniu-se aos Jovens Titãs para uma investigação para descobrir o assassino do noivo de sua mãe, Libby Lawrence, a Liberty Belle. Jesse era uma da supeitas, mas ao fim do pega pra capar, revelações bombásticas mostram que Jesse tinha um caso com o noivo de sua mãe.
Um tempo depois os Titãs debandaram e Jesse assumiu a empresa de seu pai, a Quickstart Enterprises. Nessa mesma época Wally precisou de uma ajuda para lidar com o terceiro Flash Reverso, Hunter Zolomon, que se movia mais rápido do que qualquer velocista da Terra. Jesse ensinou a fórmula para Wally, passando assim seus poderes para ele dando um boost que o levou ao nível do Flash Reverso, mas ela se recusou a reaver seus poderes, permanecendo então sem poderes.
Com a morte de bart, ela e Jay Garrick pediram “demissão” da Sociedade da Justiça. Mais a frente Jesse acabou encontrando com o Flash Reverso e conseguiu reaver os poderes, mas conseguiu não só a velocidade do pai, mas como a super-força da mãe, tornando-se mais poderosa do que nunca.
Pra terminar, o último evento importante de sua história foi sua entrada para a Liga da Justiça no lugar de Wally West como a velocista do grupo, sob convite de Dick Grayson (na época como Batman). Pouco tempo depois essa formação da Liga, diga-se de passagem “única” se desfez. Digo única porque não tinha Superman, não tinha Mulher Maravilha, o Batman não era o Bruce Wayne, o Congorilla e o Starman faziam parte da formação… Enfim, uma zona.
Jesse foi perdendo seus poderes novamente, mas descobriu que a razão dessa vez era uma gravidez. Depois de debandar com a Liga, ela juntou-se ao seu marido, o Hourman para cuidar de sua vida pessoal.
Após o reboot, não se tem notícias dela.

009SavitarEsse era um piloto da Guerra Fria, de algum país quebrado baixa renda. Enquanto testava um avião super sônico, bang, um raio o atingiu. Que diabo os velocistas tem com raios… Enfim, o jato caiu em território inimigo e ele descobriu que tinha super velocidade.
Ficou viciadinho na novidade e quis descobrir tudo a respeito disso. Passou a usar o nome de Savitar baseado no deus hindu do movimento, “Savitr”.
O único velocista do bem na época era Johnny Quick, esses lutaram até que Max Mercury apareceu e carregou o Savitar para dentro da Speed Force.
Na saga Rebirth, Barry Allen mata Savitar sem querer, pois estava sob influência do Flash Reverso.

Black Racer10995177_637066599771967_320697515_nNome real: William Walker.
Essa covardia ambulante foi criada pelo famoso Jack Kirby, em 1971.
O Sargento Willie Walker é o famoso Zé Maria com esquis, ele é um avatar da morte. Sim, ele leva embora a vida do que ele quiser, ele é imortal, possui o toque da morte, é veloz como qualquer um dos Flash, voa, viaja no tempo, entre as dimensões e pelo espaço se necessário.
Ele ficou paralítico durante a guerra do Vietnã, da qual participou. Durante a primeira passagem do Darkseid pela Terra, trazendo a batalha entre os Novos Deuses para o mundo (para mais detalhes sobre “Novos Deuses” e “Darkseid”, vejam o texto da Crise Final), a Source (procurem na Crise Final também) escolhe o Willie para ser a morte. Só isso. Básico do básico. Ele passa a ser o responsável de levar a alma dos Novos Deuses pro além-vida, claro que nisso ele ganha o “toque da morte”, podendo matar qualquer coisa viva do universo.
Durante a história chamada “Morte dos Novos Deuses”, Willie Walker foi morto pelo Infinity Man (Drax, irmão do Uxas/Darkseid). Isso ficou confuso, pois se ele foi morto ali, como o Black Racer apareceu depois durante a Crise Final (seus maiores momentos de fama), como no momento da morte de Orion (filho de Darkseid) e também para pegar o próprio Darkseid posteriormente?
Nessas aparições, ele tinha o uniforme e acessórios diferentes, e o elmo fechado, nos impedindo de ver o rosto. Talvez já fosse outro, mas em todo caso, ainda assim era um “Black Racer“.

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Flash_Reverso-0(Edward Clariss/Eobard Thawne/Hunter Zolomon)
Flash Reverso é um “manto” assim como o do Flash. Ao todo temos 3 personagens que já ocuparam o cargo.O nome dos 3 está logo aqui acima. O primeiro é da época do Jay Garrick, mais velho do que a prostituição na humanidade. O segundo teve duas versões, a pré-Crise nas Infinitas e a pós. O terceiro e último foi o da era moderna. Falarei por alto sobre eles.
O primeiro, o velhote da época do Menino Maluquinho (panela na cabeça, capacete do Garrick… alguém sacou?). Dr. Edward Clariss também é conhecido como “O Rival”. Esse estreiou em 1949, com um uniforme igual ao do Jay, só que totalmente dark. Esse cientista conseguiu recriar a fórmula que deu os poderes ao primeiro Flash, e chamou a mesma de “Velocity 9”. Mas ele descobriu no pior momento que sua fórmula era temporária, e o Jay pegou o cara.
Posteriormente ele retornou com uma formula decente, mas caiu na velha pegadinha dos velocistas, acelerou demais e ficou preso na Speed Force. Lá dentro, tomou posse do corpo de Max Mercury causando certa bagunça mais a frente.
O segundo foi o Professor Eobard Thawne, conhecido também como Professor Zoom, ou apenas Zoom, criado em 1963. É como eu falei há pouco, temos duas versões pra história desse sujeito, a pré-crise e pós crise. Na versão pré-crise, ele é um criminoso do século XXV que encontrou o uniforme do Flash dentro de uma cápsula do tempo, e com ajuda da tecnologia da época, ele pôde aumentar os vestígios da energia que ainda estavam no traje, então quando ele vestia aquele uniforme, ele ganhava os exatos poderes que ficaram impregnados do dono original do uniforme, Barry Allen.
Por razões que não vem ao caso, eles acabaram se encontrando no futuro, o Barry conseguiu destruir o uniforme do Zoom (um dos nomes pelo qual se conhece o Eobard), porém o Zoom conseguiu matar Iris, a esposa de Barry, e Barry por sua vez acaba matando o Zoom, quebrando o pescoço dele.
Já na versão pós-crise, ele ainda é um homem do futuro, mas é um super fã do Flash. E sabendo tudo de seu herói, recriou o “banho químico” que o Barry levou, improvisou uma voltagem braba pra dar a fritada na caixola e BOOM, poderes do Flash. Mole, né. Mas ele não parou por ai, ele era tão fã que mudou seu rosto para ficar igual ao Barry. Tipo o Thomas Elliot com o Bruce Wayne, mas sem a vontade de matar.
Já com os poderes, Eobard podia viajar no tempo usando o Cosmic Treadmill (conhecida na terra do carnaval forçado como “esteira cósmica”), e assim o fez. Mas chegando ao passado, descobriu que seu destino era tornar-se um vilão, e acabou ficando maluco. Como o sujeito era idêntico ao Barry, tinha os mesmos poderes e estava meio louco, acabou acreditando que realmente era o Barry. Depois a ficha caiu e a confusão só terminou quando o Wally lançou uma pegadinha do malandro em cima do Eobard e o fez voltar pro seu tempo.
Mas claro, ele não ficou satisfeito, e com um ódio mortal do Barry, o que o levou a ficar viajando para o passado para combater os Flash sempre que dava na telha. Na saga “Rebirth” o Eobard toca um zaralho maldito na vida do Barry. Primeiro de tudo, o Barry consegue sair da Speed Force onde ficou preso por anos, graças ao Eobard. Depois o tal Eobard tentou fazer com que Barry nunca tivesse se tornado Flash, pondo-se a frente do raio que o atingiu, mas o raio passou por dentro dele e acertou Barry do mesmo jeito, o que o levou a acreditar que o Barry realmente precisava ser o Flash.
Mais nada o que fazer? Claro que tem. Eobard matou a mãe de Barry, mas este voltou no tempo para salvar sua mãe, e assim o fez. Porém isso mudou o rumo da história dando partida ao Flashpoint, onde Eobard morre esfaqueado por Thomas Wayne, o pai do Batman, que nessa versão da realidade é o Batman, pois naquela noite no Beco do Crime, quem morreu foi o Bruce.
O terceiro Flash Reverso foi Hunter Zolomon. Esse é bastante recente comparado aos demais personagens da DC, sua estreia foi em 2001. Foi criado por Geoff Johns e Scott Kolins. Cá entre nós, para mim um dos personagens mais “poderosos” da DC (tirando os covardes tipo Espectro, Time Trapper e o resto da patota que brinca de deus).
Esse era amigo do Wally West, trabalhava para a polícia e ajudava bastante o Wally. Hunter teve um trauma de infância “a la Bruce”, mas um pouco diferente. Ao invés de um vagabundo matar o pai e a mãe, o próprio pai matou a mãe. Hunter então cresceu traçando perfis psicológicos, estilo, personalidades e fichas ricas em detalhes de heróis, vilões e qualquer coisa que se movesse. Wally perguntava “como posso derrotar fulano?”, Hunter dizia “Faz coisa x e coisa y, dai faz coisa z e pronto”, Wally fazia e tudo terminava bem.
“Como um cara inteligente desses é um simples policial de delegacia?”. Bom, nem sempre foi. Hunter era do FBI com sua esposa e seu sogro. Um ótimo estrategista, confiante nos perfis que traçava dos marginais. Certa feita, foi fazer uma invasão na qual tinha certeza que não ia rolar disparos pois esse não era o estilo do tal vagabundo. Mas ele quebrou a cara pois o tal vagabundo estava com um trabuco na mão e desceu a lenha em cima do FBI. Hunter foi atingido no joelho e o sogro foi morto. Ruim o suficiente? A mulher do Hunter o abandonou por isso, e Hunter teve que sair do FBI devido a sua perna não ter voltado 100%.
Então em sua nova carreira “parada” de delegacia, ele começou a ajudar o Wally. Porém, a vida tem esse jeitinho adorável de nos mostrar que o fundo do poço pode descer igual um elevador sem freio, e em uma fuga da prisão de meta-humanos Iron Heighs, Hunter ficou no caminho do Grodd, o gorila telepata. Hunter foi ferido gravemente e o movimento que já era ruim piorou de vez: ele perdeu os movimentos da cintura para baixo.
Sabendo das capacidades do seu amigo Flash, Hunter pediu ao cara para usar o Cosmic Treadmill (aka esteira cósmica) para voltar no tempo e resolver este impasse, ou até melhor, voltar até a missão do FBI que ele falhou, mas Wally se recusou, pois isso era perigoso e podia mudar o rumo da história e etc. Quando o Hunter precisou… Onde está Wally? Piada horrível, e se você ficou puto por ter que ir dormir com essa, imagina o Hunter.
Claro que alguém com tendência a ser Flash Reverso não ia engolir essa. Ele se meteu a usar o Treadmill sozinho, tentando usar uma cadeira de rodas em um aparelho que só deveria funcionar com velocistas, e obviamente acabou explodindo a bagaça toda. A “bagaça” é o museu do Flash em Central City, um lugar enorme, que virou “nada” graças ao Hunter.
Porém com essa explosão causada pela esteira, Hunter ganhou o poder de controlar o tempo ao seu redor, o que tecnicamente lhe dá um poder com efeito parecido com o da super velocidade. Imaginem, se eu estou numa distância de… sei lá, 1km de você leitor(a). Se eu consigo controlar o tempo, eu posso diminuir a velocidade do tempo e ir andando 1km até você. Posso levar até 10 horas pra chegar lá, mas pra você só terá passado 1 segundo ou 2. Vai parecer que sou o Flash.
Enfim, Hunter chegou a brilhante conclusão que o Wally não o quis ajudar porque, ao contrário do Barry Allen, Wally nunca tinha sofrido uma grande perda, e resolveu providenciar uma grande perda para ele se tornar um Flash melhor. Que caridoso. Hunter se inspirou no Eobard, adotou o nome Zoom e e partiu para tocar um terror na vida do Wally, terror esse que após muita briga, corrida e confusão, fez com que Linda Park-West, a esposa de Wally perdesse os bebês. Hunter acabou preso em um “nó temporal” que acabou o deixando em coma após isso tudo.
Mas a DC é a DC, e se até mortos voltam à vida, imagina quem ainda está vivo. Hunter voltou com auxílio de alguns fatores, e ao unir forças com Eobard Thawne vindo do futuro, viajou no tempo para o passado, para o mesmo momento onde fez Linda Park-West perder os bebês, mas dessa vez para matá-la. Wally viajou no tempo junto, e a confusão ficou feita, pois lá estavam Hunter, Eobard, Barry (que estava atrás do Eobard) e o Wally. O resultado foi que Wally conseguiu salvar sua esposa, e por consequência mudou a história, salvando inclusive os bebês. Quando ele voltou ao presente, Linda Park-West miraculosamente ganhou barriga de 9 meses e estava pronta para dar a luz. Hunter foi aprisionado, e depois fez um bico em uma outra história grande de vilões.

Rápido
Um dos grandes problemas entre os fãs dos heróis que já foram Flash é a polêmica sobre a velocidade deles. Pois é, cheio de velocistas na DC e nenhum deles tem velocímetro no cinto. Tem vários fãs do Barry, vários fãs do Wally, vários do Bart e alguns do Jay (temos que ser sinceros, né?). Quicksilver, Johnny e Jesse Quick e adjacências são velocistas mas obviamente não tem as mesmas capacidades que os 4 principais.

Afinal? Quem é o mais rápido? Barry? Jay? Wally? Bart? Lisa? Raikonen? Sonic? Luz? Pensamento? Dizem que é a diarréia, pois antes de acendermos a luz e pensarmos em sentar no vaso já nos cagamos. Mas o caso aqui é entre os velocistas.

Maior parte do problema vem do fato de que isso não é um título “eterno”. Não é como um diploma que você ganha e para sempre seja aquilo que está escrito, mas sim como um… Sei lá, cinturão de campeonato de luta, outros podem aparecer e tirarem de você. Partindo desse princípio, vamos aos fatos.
Quando Jay Garrick foi criado, ele era o único Flash. Então é ÓBVIO que ele já foi o mais veloz do mundo, pois era o único Flash que existia. Então: SIM, Jay Garrick já foi o mais rápido do mundo.

Com o surgimento de Barry Allen o quadro mudou. Barry passou a ser o mais rápido do mundo segundo a própria DC, era o Flash moderno e blablabla. Inclusive ele era conhecido por essa alcunha, “The Fastest Man Alive”. Então Barry Allen passou a ser o mais veloz.
Barry sumiu na Speed Force pra salvar o mundo e tal, então Jay Garrick como único Flash passou a ser o mais rápido dentre eles novamente.

Depois dele veio Wally West que demonstrou ter um controle MUITO maior que o do Barry dentro da Speed Force. Inclusive, há quadro de uma história onde Barry está quase perdendo o foco dentro da Speed Force e o Wally aparece para ajudá-lo, correndo numa facilidade visivelmente maior que a do Barry, pois este estava prestes a ceder e o Wally estava tranquilo como se estivesse fazendo cooper na pracinha. A partir disso ficou subentendido que ele era mais veloz que o Barry, e consequentemente mais veloz que o Jay.

Mas aí pra quebrar a firma de geral, vem Bart Allen. A principio o moleque é um velocista padrão, depois toma uma bala no joelho, fica avariado, ai volta e simplesmente se torna “um” com a Speed Force. Precisa dizer mais? Ele passou a ser a bola da vez.
Eis que de repente e NÃO MAIS QUE DE REPENTE (Gil Gomes), Barry Allen retorna da Speed Force. Mostrando ser o primeiro e único a escapar da Speed Force uma vez que ficou preso, e após a explicação de Max Mercury a respeito da Speed Force ter sido criada no momento em que Barry Allen ganhou seus poderes, a balança novamente muda de posição.

Algum fanático que tenha paciência de procurar em todos títulos que envolvam os Flash certamente encontrarão uma passagem em que deixam claro que o Kid Flash não alcança a velocidade da luz (apesar de chegar perto), que Jay Garrick também não alcança a velocidade da luz (chega menos perto que o Bart), mas que tanto o Wally quanto o Barry podem alcançar algo muito além da velocidade da luz. Então, pela lógica, a competição fica presa entre Barry e Wally. Estamos perto da reta final.
Wally aparenta ter tolerância e controle melhor sobre o que diz respeito a Speed Force, PORÉM, Barry foi o único a atingir o tal limite dos velocistas, ficar preso lá dentro e conseguir voltar. E claro, como já foi citado antes, o Barry é a FONTE da Speed Force. Não importa se o Wally se vira melhor com a Speed Force, sem o Barry não tem Speed Force e a única coisa que o Wally vai ter pra controlar são as negas dele na zona.

Claro que isso é como dizer que o criador de algo obrigatoriamente é o melhor usuário da criação, o que não confere com a realidade. O criador do Karatê pode topar com um aluno que o supere e etc, então olhando por esse lado, a competição continua correndo (literalmente). Pesquisando na internet, maioria diz que o Wally é o mais veloz e etc, mas o Barry quando voltou da Speed Force veio com um boost da macaca Chita, correndo mais que o inferno virado do avesso.

Dito pelo não dito, vamos ao que interessa, a resposta é: a balança pende mais pro lado do Wally. Ao que as histórias indicam e respeitando a ordem cronológica das coisas, Wally é o mais veloz dentre os Flash. Mas em contrapartida disso, vale deixar claro que sem o Barry o Wally não tem de onde tirar energia pra sua velocidade.
Se quiserem que essa competição englobe os Flash-Reversos… Aí a coisa fica mais complicada. O Dr. Clariss não é lá o rei da velocidade, já Eobard Thawne é um que faz frente aos Flash. Hunter Zolomon não é velocista, ele desacelera o tempo, então tecnicamente ele não é “rápido”, mas o poder dele o faz superar a velocidade dos Flash. Considerando que o Hunter Zolomon não é velocista, a confusão fica entre Wally e Eobard… E como Barry já derrotou Eobard e o Wally é mais veloz que o Barry… Então Wally continua sendo o mais veloz.

Mas as HQs um detalhe que vale apena ser lembrado: tudo fica na mão dos roteiristas. Se aparecer algum que invente uma desculpa perfeita pra fazer com que a Lois Lane seja a pessoa mais rápida do universo, assim será. Então não se prendam tanto a “quem é o mais rápido”, “quem é o mais forte” e etc, as coisas mudam constantemente, apenas aproveitem as histórias e curtam os personagens. Ainda mais se tratando de Barry e Wally, ambos são ótimos e equivalentes.

Se formos partir pra essa mesma competição na era pós-reboot as coisas ficam muito mais simples. Jay Garrick só existe na Earth 2, Wally não existe, e o Kid Flash continua sem ser cogitado como mais veloz, logo, o Barry é o único Flash pra valer, e consequentemente o mais rápido.

Poderes

Senta que lá vai história. A lista é longa.

■ Controle Molecular: Nome auto-explicativo. Eles tem controle sobre suas moléculas e sobre as moléculas dos outros. Eles podem vibrar suas moléculas tão rápido que ganham capacidade de atravessar objetos sólidos, sejam paredes, pessoas ou objetos. Vibrando assim, objetos podem “passar” por eles também, como tiros, ou carros em alta velocidade (falar de “alta velocidade” quando o ponto fixo é o Flash chega ser engraçado). Não que eles precisem se preocupar com tiros e etc, mas é interessante saber que eles tem até a opção até de não sair do lugar.
Barry e Bart tem essa habilidade bem definida, porém Wally não controla isso muito bem, e qualquer coisa que entra em contato com ele enquanto ele tenta, simplesmente explode. E Jay Garrick em alguma história vibrou as moleculas tão rápido que pode ficar invisivel.

■ Fator de Cura Acelerado: Não é algo que funcione tão… “Geneticamente” como em Wolverine e Deadpool, mas sim algo mais ligado a “física”. Como já foi dito, os Flash tem a capacidade de acessar a Speed Force e controlar a velocidade de tudo aquilo que está nela. Logo, se eles próprios ou outra pessoa sofrem ferimentos, eles podem acelerar o processo de cicatrização/cura para aquele ferimento. Se você pensou “Mas assim ele vai envelhecer a pessoa se acelerar o metabolismo dela o suficiente pra fechar uma ferida grave”, você está QUASE certo, só não acertou na mosca porque os Flash tem controle sobre isso também, podendo separar a velocidade e o tempo. Mais louco que caipirinha de pólvora. O único que me recordo de ter feito isso foi o Wally West, mas ao que tudo indica, Barry e Bart também consiguem.

 Constructos: Tão achando que isso é luxo dos Lanternas Verdes? Continuem achando, pois os constructos dos Flash são mais básicos, porém muito úteis. Mais uma vez, quem nos deu uma amostra foi Wally West. Em uma história, ele quebrou as pernas, e usando a energia da Speed Force, fez constructos como botas/armadura nas pernas para poder continuar em movimento.

 Vôo: Isso mesmo que vocês leram, vôo. Tudo bem que isso não é característico dos Flash, mas apenas de Johnny e Jesse Chambers (Johnny e Jesse Quick). Mas ai entra um fator contra eles, todos velocistas capazes de atingir “Escape Velocity” acabam “voando” mesmo sem querer. Não entenderam? Mais pro fim do texto dou um parecer sobre o que é “Escape Velocity”.

■ Percepção Extra Sensorial: O negócio fica meio “Professor Xavier” aqui. Essa habilidade foi demonstrada apenas por Max Mercury (aka Quicksilver). Todas pessoas estão ligadas na Speed Force, e devido a isso, o Max Mercury tem acesso a localização de qualquer um através da ligação com a Speed Force (onde Max ficou preso). “Quer saber onde seu namorado está? Fácil. To caçando ele pela ligação com a Speed Force… pronto, Pai Quicksilver de Aruanda achou seu namorado. Tá na casa da sua amiga”.

Roubar/Fornecer Velocidade: Essa habilidade foi demonstrada primeiro por Wally, e posteriormente por Bart e Barry. Eles podem roubar ou fornecer velocidade pra qualquer pessoa/objeto. Por exemplo, eles podem retirar velocidade de um inimigo até ele praticamente ficar imóvel como uma estátua, ou retirar a velocidade de um tiro fazendo a bala ficar parada no ar. Assim como podem aumentar a velocidade de um humano qualquer para poder alcançar altas velocidades, ou podem simplesmente roubar pra si a velocidade de algo, aumentando a sua própria.
Nos Novos 52, temos um exemplo claríssimo da capacidade de um Flash. Barry Allen impediu a queda de um avião sozinho. Acham que isso é coisa que só o Superman ou um Lanterna Verde pode fazer? Barry pegou um baita impulso e saltou na direção do avião em queda, vibrou suas moléculas rápido o suficiente para atravessar a fuselagem e cair do lado de dentro, e uma vez lá dentro, drenou a velocidade da aeronave e a fez parar no ar.
Claro que a coisa não funciona igual a corneta paralisadora do Chapolim, nem como o Chirrin e Chirrion do diabo. Ele num pisou lá e disse “velocidade, chirrion!” e a nave parou, é FÍSICA, ele foi frenando o lance usando de um esforço hercúleo, quase que não deu tempo. Mas deu certo.

■ Super Velocidade: Citar super velocidade chega a parecer brincadeira, né? O Capitão Óbvio ataca novamente. Como eles são conectados na Speed Force e tem controle sobre a física tanto deles próprios quanto dos outros e do ambiente, eles podem conter os estragos. Vamos aos fatos.
Velocidade gera energia. Quando algo quebra a barreira do som, ouvimos aquele estouro chamado de “Sonic Boom”. Se um caça em velocidade super sônica passa perto de prédios, os vidros estouram, ferros envergam, pessoas são dilaceradas e tudo mais. Não é só o deslocamento de ar, é também a emissão de energia da velocidade. Ok. Os Flash tem a capacidade de atingir essas velocidades SEM causar os efeitos destrutivos pois eles meio que “controlam” a física e etc. Eis um ponto que o Superman não tem.

■ Infinite Mass Punch: O mais devastador por último. Esse soco foi introduzido numa história da Liga da Justiça, por um cara qualquer ai… cof cof *Grant Morrison* cof cof. Esse golpe foi executado por Wally West, mas isso pode ser executado por qualquer Flash que atinja velocidade da luz. No caso só sobrou o Barry, né. Mas enfim.
O Infinite Mass Punch é mais “realista” que um soco na realidade. Como eu disse logo acima, eles podem conter a emissão de energia da velocidade em que trafegam. No caso do Infinite Mass Punch, Wally atingiu a velocidade da luz e conteve toda a emissão em um único soco, cuja força equivaleu a explosão de uma pequena estrela.
Um exemplo que darei novamente em um texto a frente: se uma pedra de 10 gramas atingir velocidade da luz, a emissão de energia é equivalente a de umas 12 bombas de hidrogênio. Se alguém com o peso do Wally (ou do Barry, tanto faz) que deve ter um peso próximo de 80kg atingir velocidade da luz, seria como uma “pedrinha” de 80.000 gramas, ou seja, 96.000 bombas de hidrogênio juntas em UM SOCO.

Fisica

Vamos para uma aula HIPER concentrada de física. Garanto a vocês que não será tão chato quanto parece, e pra quem é fã do Superman e do Flash, será até divertido. Eu sempre fui PÉSSIMO em física mas entendi bem tudo isso que vou explicar agora.

Nas medidas de velocidade, podemos ver coisas como “km/h”, ou “m/s”, ou até “km/s”, dentre algumas outras. Até ai estamos todos a par, nenhuma novidade. A velocidade do som e da luz também são formas de medida. Velocidade do som é representado pela unidade “M” ou “Ma” (de “Mach”) e a velocidade da luz por “c” (de “caramba, nem vi passar”). Essa última foi brincadeira, mas a letra é “c” mesmo.

Ok, agora vamos aos nomes dados as “barreiras imaginárias” de velocidade criadas pelo homem.

Temos a velocidade sub-sônica, que como o nome já deixa claro, é abaixo da velocidade sônica, ou trocando por miudos: abaixo da velocidade do som. A velocidade do som só é ultrapassada lá pela casa dos 1.225km/h. Qualquer coisa abaixo disso é considerado sub-sônico, qualquer coisa acima, é sônico.
A exata risca do sônico (Mach 1 = 1.225km/h) fica dentro uma barreira chamada “Transônica”, que cobre velocidades entre 0,8Ma (980km/h) e 1,2Ma (1.470km/h).
Qualquer coisa entre 1,2 Ma e 5 Ma (3.840km/h) está em velocidade “Super Sônica”.
Entre 5 Ma (3.840km/h) e 10 Ma (7.680km/h), é chamada de velocidade “Hiper Sônica”.
Como se já não estivessemos rápidos o suficiente, acima da Hiper Sônica ainda tem mais uma. A”Alta Hiper Sônica” (high-hyper sonic), que abranje tudo que se move entre 10 Ma (7.680km/h) e 25 Ma (16.250km/h).
Quando se passa de Mach 25 (até cerca de uns 30.740km/h) o objeto é tido como em velocidade de re-eentrada, ou “Re-Entry Speed”. Essa é a velocidade onde o objeto fica incandescente, pega fogo, derrete, desfaz, quebra e etc devido ao atrito com o oxigênio e outras bobeiras invisíveis da atmosfera.
Para finalizar a tabelinha sônica, temos a “Escape Velocity”. Isso é atingido no Mach 34, ou seja, aos 41.616km/h. A essa velocidade, o corpo está tão veloz que a gravidade não consegue fazer efeito sobre ele, logo, ocorre uma espécie de vácuo que lança o corpo em inércia. É a partir desse principio que os velocistas da DC “voam” em alguns casos.
Para vocês terem ideia, em nossos records humanos (reais), a nave Apolo 10 da NASA, tripulada, atingiu um topo de 39.616km/h. Já com naves não-tripuladas os records são maiores. A Stardust atingiu 46.440km/h e a New Horizons 58.536km/h. Que eu saiba, ainda não tivemos um vôo tripulado em Escape Velocity.
Mas essa “barreira” tem um detalhe interessante. Ela muda de acordo com a gravidade de cada planeta. Claro, essa é a velocidade onde quebramos a “gravidade”, e como cada planeta tem uma gravidade diferente do outro, o ponto de quebra também é diferente. Na Terra seria necessário estar em Mach 34, em Júpiter por ser maior é preciso Mach 175 (214.20km/h). No Sol a coisa fica bizarra, precisamos de Mach 1.816, o que equivale a 2.222.784 km/h. É isso ai, 2 milhões de quilômetros por hora. E sabem o mais legal? Ainda não é nem 1% da velocidade da luz, coisa que Barry e Wally podem atingir.
Também fizeram o cálculo de qual seria a velocidade necessária para escapar da gravidade de um buraco negro. Claro que eles calcularam tendo como base o “Horizonte de Evento”, que também é chamado de “Point of No Return”, ou seja, a última linha de segurança de proximidade de um buraco negro, ao passar desse ponto, já era. O ser humano sequer sabe dizer com números exatos o que se passa realmente lá dentro, pois NADA voltou de um horizonte de evento até hoje.
Nosso camarada Stephen Hawking “descobriu” que dá para ter noção de coisas recentes que os buracos negros engoliram através de “fios” invisíveis de radiação na entrada do buraco negro, pois o buraco puxa a matéria que ocupava o espaço ali na entrada, mas fica um rastro de radiação do mesmo de onde teoricamente se pode tirar informações. Falar do Stephen Hawking em um texto do Flash é no mínimo irônico.
A velocidade necessária para anular a gravidade em um horizonte de evento foi menor que o do Sol, claro, mas devemos lembrar que um buraco negro normalmente tem densidade/massa várias vezes maiores que a do sol, geralmente de 10 à 25 vezes maior. Vamos supor que seja a densidade de 10 sóis (coisa que é suficiente para absorver nosso Sistema Solar tranquilamente, e seria igual descarga de avião, em um único estalo), pegamos o Mach 1.816 necessário para escapar da gravidade do sol e multiplicamos por 10 (de 10 sóis), logo encontramos Mach 18.160, que passados pra km/h dá uns 22.227.840. Vinte e dois milhões de quilômetros por hora. Ainda assim apenas 2% da velocidade da luz.
Wally West e Barry Allen atingem a velocidade da luz. O Superman também atinge, mas apenas no espaço, pois se ele fizer isso na Terra vai liberar uma energia tipo a do Infinite Mass Punch, só que sem alvo, praticamente ia detonar com meio mundo.
Esses exemplos foram pra vocês terem noção do quão velozes os Flash são. Vale ressaltar que eu não sou físico, não sou astrônomo, não sou especialista em nada disso, nem no Flash comparado à algumas pessoas, tudo que está ai foi fruto de pesquisas e alguns cálculos proprios. Então, se eu estiver errado em algo, simplesmente me desculpem. E antes de passar a frente e passarem por errados, confiram para ver se realmente não errei nada.


A história selecionada pra esse post é a Flash: Rebirth, lançada de 2009 à 2010.
A arte é pelas mãos do Ethan Van Sciver, que até pouco tempo era o desenhista da “The Dark Knight”, e que também fez a “Green Lantern: Rebirth”. No roteiro, ninguém mais ninguém menos do que Geoff Johns, que também era o roteirista da Green Lantern: Rebirth”, e que foi roteirista de uma penca de séries dentro da DC, como Flash, Lanterna Verde, Liga da Justiça e dai vai. O Geoff é um dos sujeitos que melhor aproveitam as capacidades do Flash, coisa que só o roteirista atual do Flash (Novos 52) consegue acompanhar.
Escolhi a Rebirth pois todos os velocistas estão presentes e é o retorno do Barry Allen ao palco principal, coisa que de certa forma serve pra entender porque do nada ele apareceu e se tornou o único e principal Flash. Dá pra apresentar MUITOS personagens nessa história. Como eu disse, todos fazem um bico que seja. Jay, Wally, Bart, Eobard, Hunter, Savitar, Johnny, Jesse, Max, e claro, o Barry.
A história está muito bem feita, tanto de roteiro quanto de arte. Dessa vez não farei aquela narrativa de sempre, na verdade não farei narrativa nenhuma. Esse texto acabou ficando maior do que eu esperava, e a história está ai pra quem se interessar.
Na Rebirth, o Professor Zoom/Flash-Reverso/Eobard Thawne é o problema principal. Ele infecta a Speed Force e Barry acaba tornando-se o Black Flash, é praticamente a “morte” dos velocistas, que os detona só de encostar. Viagem no tempo, visita na Speed Force, uma conversa interessante com o Superman e tudo isso com velocistas a rodo pra tudo que é gosto.
Essa é uma história que vale a pena comprar. Aqui no Brasil saiu pela Panini como história secundária em alguns números da Liga da Justiça (pré-reboot), justamente na fase onde Bruce tinha sido dado como morto.
Então é isso. Até a próxima. 81sVphNs3cLDownload no MEGA: Flash – Renascido


Voltamos.

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“All men have limits. They learn what they are and learn not to exceed them. I ignore mine.” (Batman – Dectetive Comics #663, julho de 1993)

Quatro anos depois, apareci!
O que dizer para compensar um lapso tão grande?
Em primeiro lugar, minhas sinceras desculpas àqueles que deixei esperando – seja na atualização das histórias, seja no conserto dos links e na aprovação dos comentários. A vida foi acontecendo de um jeito tão corrido – tanta coisa nova que vocês nem acreditariam! – e quando percebi já não atualizava mais o Batman Guide.
Mas meu coração nunca deixou esse projeto ir embora.
E agora estou aqui estou, e disposta a recomeçar de onde paramos.
Isso me leva à segunda parte das minhas considerações.
Desenhei na minha cabeça um planejamento da retomada do blog – figurativamente, um plano de reconstrução de uma civilização abandonada. E vamos começar pelos pilares, a fundamentação sólida que manteve esse blog de pé. Antes de iniciar novas sagas, vou consertar as cento e tantas postagens já feitas. Reconstruir e reupar links será minha prioridade nesse momento. Para isso, precisarei retomar as fontes que eu utilizava antigamente e recuperar os arquivos que eu possuía, o que será bem difícil, porque o computador que eu usava antes agora demora quinze minutos pra abrir uma janela do windows. Mas vou conseguir. Não finalizarei em um ou dois dias, mas meu esforço será intenso. Juntamente com o conserto dos links, vou ler e aceitar os comentários; só vou recusar aqueles reportando os problemas com os links, porque seria redundante). Não tenho, por ora, pretensão de retomar as redes sociais do blog (Facebook e Twitter); minha preocupação inicial será com aqueles que, mesmo sem divulgação, continuaram fielmente vindo aqui me visitar. Com o tempo, isso pode ser estudado e avaliado. Outras pendências que também preciso resolver: dar uma geral nas páginas do menu do blog – na minha descrição eu ainda tinha 23 anos, e hoje tenho 28!, checar a caixa de e-mails do Batman Guide. Sendo um pouco ambiciosa, repaginar a interface do blog.
Depois disso, minha ideia é fazer uma análise dos filmes que foram lançados no universo DC nesse meio tempo; em várias postagens ou em uma só, dependendo de como forem as coisas. (Lembrei que ainda não assisti Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa).
E depois disso, pretendo retomar as postagens, com uma frequência fixa que vou descobrir ao longo desse processo de retomada. Peço um pouco de paciência a vocês, porque neste período ausente a plataforma parece ter sofrido algumas alterações; aos poucos vou me acostumando com todas elas.
Agradeço imensamente àqueles que permaneceram aqui, e deixaram comentários tão amáveis pedindo pelo retorno. Palavras são insuficientes para expressar como estou feliz por retomar esse projeto.
O Batman Guide está de volta.

Cover

 

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