Preparem seus objetos pontiagudos, tochas e correntes, vamos falar do Grant Morrison. Brincadeira, foi só pra descontrair. Sabem que o sujeito não é muito “querido” por suas decisões dentro de histórias e tal.
Hoje estamos aqui reunidos em nome da “Crise Final”, lançada em 2008 pela DC comics. Uma grande saga escrita (como eu disse antes) pelo Grant Morrison, e desenhado por Dough Mahnke, Marco Rudy, Carlos Pacheco e J. G. Jones.
A história usa elementos que já existiam nas histórias da DC desde que o mundo é mundo, então tecnicamente eles não fizeram mais do que mesclar tudo de maneira equilibrada, fazer um crossover macabro de grande entre tudo que era elemento disponível e fazer tudo ter coerência (a parte complicada na vida do Morrison).
NOTA: Por favor, não confundir com as seguintes crises:
Assim como na Crise Infinita, já lhes adianto que praticamente TUDO que ocorre de confuso ou sem pé nem cabeça, é devido a quantidade de informação que há dentro das histórias. Alguém ai sabe o que é a “Source” ou o “Source Wall”? Já ouviram falar de “Fourth World”? Sabem quem são Astorr e Drax? Pois é, informações inacessíveis dentro do universo Morcego. Não estamos falando de Gotham, estamos falando de vários universos, do Multiverso.
Sabem quando algum conhecido de vocês fala “Nossa, mas essas Crises são uma confusão”, “Caramba, mais uma crise?!”, eles tem razão, é confuso DEMAIS, pois envolve elementos espaciais, dimensionais, povos de outros planetas, coisas de origem desconhecidas… Enfim, é meio como tentar explicar a origem do universo, da vida e etc. A origem de certas coisas ainda tem que ficar em branco.
As consequências dessas ideias do Morrison sempre mudam consideravelmente as coisas no rumo das histórias, depois da Crise Final, então… A coisa mudou MUITO, principalmente nos títulos do Morcego e do Azulão (outrora chamados de Batman e Superman).
“Porque tanto se fala em ‘confusão’ nessa Crise?”. É simples. O Sr. Grant Morrison tem uma aptidão inigualável pra fazer merda. Antes que digam que eu cuspi pro alto, eu já elogiei SIM as consequências da Crise Final em algum texto, pois pra mim abriu um leque de possibilidades e situações inimagináveis no universo do morcego, foi brilhante MESMO as novidades e mudanças inseridas, mas o CAMINHO pra se chegar até ali, e o CAMINHO pra se retornar a normalidade… É ai que mora o problema.
O que ele fez na Crise Final foi bom, o que ele fez nas histórias do Batman antes e depois da Crise é onde mora o problema. Geralmente o problema dele com os roteiros do Batman é sempre o CAMINHO entre a cabeça dele e o papel, o caminho entre o início e o fim da ideia. O Morrison é bom roteirista pra coisas de existência, espaço, planetas, raças, blablabla, é complexo sim, não tiro mérito dele, mas pra escrever Batman não deveria ser uma pessoa assim.
Não sei dizer se o Morrison é a contraparte do Brian Azzarello, pois o Azzarello é um roteirista perfeito para tramas urbanas, e o Morrison para tramas universais. Não achem o fato de um universo ser maior que uma cidade faz o Morrison mais criativo que o Azzarello, muito pelo contrário, para se fazer uma trama urbana BOA tem que ser criativo pacas, pois a trama urbana tem mais compromisso com realidade e um leque menor de possibilidades, coisa que não existe nas tramas universais.
Roteiros urbanos do Morrison são como contar uma piada faltando um personagem, ou contar uma piada esquecendo de dizer que eles estavam em um avião com o Papa, o Fidel Castro e o Michael Jackson. Você lê as histórias com a nítida sensação de que perdeu algo, ou que deixou de ler alguma história. Ele é daqueles que mudam as coisas DE QUALQUER JEITO pra chegar no resultado que ele bolou inicialmente.
Um EXEMPLO: Se pra fazer uma crise na qual o Superman morre no fim ele precisasse fazer com que houvesse um tipo de kryptonita cor-de-burro-quando-foge que quando o Clark encosta ele automaticamente EXPLODE, o Morrison simplesmente colocaria essa kryptonita no roteiro e dane-se a origem dela, dane-se quem encontrou, como encontrou e porque isso explode o Clark. Pro Morrison TANTO FAZ esse tipo de coisa. Capaz dele dizer “essa kryptonita cor-de-burro-quando-foge já existia desde sempre, eles só não tinham conhecimento”.
Bom, isto posto, não esperem total coerência entre os fatos, e se dêem por satisfeitos dele ter saído da DC esse ano. Vou fazer um resumo da Crise Final, totalmente a estilo do texto da Crise Infinita que temos aqui no blog. Não estranhem se parecer faltar alguma explicação quanto a algo, algumas coisas realmente não tem explicação.

Monitor e Anti-Monitor
Começando do início: Na Crise Infinita fomos apresentados a serem antiguíssimos como o Monitor e o Anti-Monitor, que tem vários bilhões de anos de idade, cerca de uns 13 bilhões que eu me lembre (não que eu tenha estado lá no início pra confirmar).
Apesar do Anti-Monitor usar a antimatéria e o outro ser a contraparte que “desfaz”, isso não necessariamente faz deles os criadores do universo, nem os seres mais antigos do mesmo. O Monitor e o Anti-Monitor surgiram quase junto com a criação (acidental) do multiverso, coisa que foi desencadeada por um cientista habitante do planeta Maltus, planeta este em que surgiu uma das primeira raças inteligentes do universo, os maltusianos.
Quem fez a cagada que gerou o multiverso foi um cientista maltusiano chamado Krona. Pois é, até então, não existiam outras dimensões. Nada de Earth 2, Earth 3, Earth1/New Earth nem nada. Era só o universo, sem outras versões.

Krona
Como eu disse, Krona era um maltusiano. Os maltusianos posteriormente então tornaram-se os Guardiões do Universo. “Porque?”
Krona tentou assistir o momento de criação do universo usando uma máquina de “mesclar tempo”, é como se fosse uma “viagem no tempo controlada”. O experimento deu errado, e de alguma forma ele corrompeu o momento da criação do universo, a energia meio que transbordou… É complicado explicar. Digamos que o nosso Big Bang teve janelas a mais por onde vazar e graças a isso criou mais de um universo. Todos eles coexistem separados por uma fina camada vibratória. Esse transbordamento gerou o multiverso.
Hoje em dia, do lado de cá das páginas, nós estamos ai com o LHC tentando recriar um bigbang. Daqui a pouco fazem um multiverso sem querer, daí eu quero ver. Vai ser um tal de “Não fui eu, foi minha versão da Earth 2” pra tudo que é canto.
Os maltusianos vendo a barbeiragem que o Krona fez, sentiram-se responsáveis por tudo, e decidiram então por proteger o universo, deixaram o planeta Maltus pra trás e mudando-se pro planeta “Oa”, que é a sede da Tropa dos Lanternas Verdes atualmente. “Porque foram justo pra Oa?” O planeta Oa fica exatamente no centro do universo e a partir dali eles mapearam o universo em setores. Oa fica no “Setor 0”, Maltus no “Setor 38”, a Terra fica no “Setor 2814”, Krypton no “Setor 2813”, Daxam (planeta do Mon-El) no “Setor 1760”, Tamaran (planeta da Starfire) no “Setor 2828” e daí seguem as divisões.
Muito bem. Em uma das luas de Oa, nasce o Monitor, que é tipo a personificação de toda energia positiva dos universos. Como o multiverso é cheio de facetas, um dos universos que nasceram a partir da burrada do Krona foi o universo Anti-Matéria, que é uma cópia do nosso, só que todo ferrado em negatividade. Lá, o planeta que fica no centro do universo (equivalente a Oa) é Qwarf, e em numa lua de Qwarf quem nasce? O Anti-Monitor, a personificação de toda energia negativa.
O Monitor e o Anti-Monitor entram naquela guerra de bilhões de anos atrás que termina com ambos desacordados por uns 9 bilhões de anos, e acontece a “Crise nas Infinitas Terras”, onde eles morrem. Com a morte deles, surge um novo monitor em cada universo, e no fim das contas os monitores se juntam para fazer tipo uma “vigilância geral comunitária” de todos os universos, todos juntos. Ótimo? Não, pois sempre tem a maçã podre. Mais pra frente explico.

Maltusianos
Em Oa os maltusianos perderam a aparência alta e cinza com cabelos negros, e a medida que envelheceram ficaram um tanto diferentes. Sabem aqueles “chefes” dos Lanternas Verdes? Vocês que já leram alguma história dos Lanternas Verdes com certeza já devem ter visto. São anões azuis voadores de roupa vermelha. Então, esses são os maltusianos. Ficaram aliviados de lembrar que eles são dos quadrinhos e não de alguma alucinação proveniente de absinto ou LSD? É, eu também.
Então, pra que esse discurso todo sobre os Guardiões e os Monitores? Mostrar a origem do multiverso e para dar uma noção de TEMPO, pois ainda faltam mais coisas bilhões de anos antes da origem do multiverso, coisas mais pra trás no único universo que existia até a gracinha do Krona.
A fonte de tudo que existe no universo, é a “Source”, ou Fonte mesmo, tanto faz. Chamarei de Source porque é o original. A Source, obviamente veio antes dos Monitores, antes dos maltusianos, antes de tudo. Digamos que é o olho do Big Bang. A Source é protegida por um muro, a “Source Wall” (Ah vá, sério?). Esse Source Wall não é algo com o que se brinque, dali não se passa, quem tenta simplesmente fica preso pra eternidade, seja lá que tipo de ser você seja. A Source (e por consequência a Source Wall) ficam no limite do que se conhece como universo.
Sejamos sinceros, se fosse pra definir a Source como alguma coisa, seria o que muitas religiões chamam de “Deus”. Isto posto, vamos para o tópico seguinte: Os mundos.
Eu disse lá em cima que os maltusianos foram uma das primeiras raças, mas não a primeira. Vou dar números aproximados, não me venham cobrar exatidão pois eu não tenho todas fontes disponíveis. Monitor e Anti-monitor devem ter uns 13 bilhões de anos, os maltusianos devem ter seus 15 bilhões… Mas antes de todos eles existiam os Deuses Antigos, esses com seus 18 bilhões de anos.
Digamos que as eras fossem separadas em “primeiro mundo”, “segundo mundo” e daí por diante. Esses deuses antigos viveram no que foi o “primeiro mundo” e “segundo mundo”, em um planeta chamado God World. No “primeiro mundo” (lembrando que é pra enxergar isso como contagem de tempo) as formas humanóides que se desenvolveram foram ganhando dons divinos, e quando essas formas humanóides tornaram-se deuses, entramos no “segundo mundo”.
Nessa parte digamos que a coisa ficou bem “Thor”. Lá pelo final do “segundo mundo” estoura uma guerra entre esses deuses, havia o lado do bem e o lado do mal, no lado do mal havia um tal de “Lokee”, que era o filho de consideração do governante entre os deuses, e devido a guerra entre os antigos deuses que eram absurdamente poderosos… BOOOM, God World fez o Harlem Shake e explodiu. Quase todo mundo morreu.

Highfather Izaya
A explosão de God World gerou a “God Wave”, uma onda divina mesmo, que espalhou a essência de God World por todo o universo, possibilitando o surgimento de deuses (ou seres de poderes semelhante aos deles) em todos os planetas atingidos. Começa então o “terceiro mundo”, nessa época enfim ocorre o primeiro povoamento na Terra.
Os que sobraram de God World se separaram em dois planetas… Os bons formaram New Genesis, e os maus formaram Apokolips. E adivinhem só, depois que esses sujeitos de New Genesis e Apokolips conseguiram poderes semelhantes aos dos deuses antigos um tempo depois… Entraram em guerra de novo, dando inicio ao “quarto mundo”. Tanto New Genesis quanto Apokolips ficam no “Setor 38”.
Outro tópico encerrado, agora o tópico seguinte é: Os Novos Deuses.

New Genesis
New Genesis é um planeta pacífico e limpo, coberto pela natureza, muitas florestas, rios… E sua única cidade é uma ilha flutuante chamada Supertown. O manda-chuva de New Genesis se chama Izaya. Após seu primeiro encontro com a “Source”, ele mudou seu nome para “Highfather” (Pai Celestial), e trouxe a sabedoria adquirida com a Source para seu povo.
Highfather Izaya também foi o responsável por um experimento que consistia em selecionar alguns habitantes da Terra para serem levados para viver New Genesis. Esses passaram a ser chamados de “Forever People”. Darkseid até sequestrou uma dessas pessoas, e o Superman se meteu pra resolver. Enfim, são outros 500 que não vem tanto ao caso.
Já Apokolips… É localizada em um ponto vibracional entre o mundo físico que conhecemos e o inferno. É um lugar coberto de fogo, sem recursos, literalmente um inferno. Quem dá as ordens por lá? Uxas, posteriormente conhecido como Darkseid. Nem sempre foi ele, até porque nem sempre ele foi poderoso como é, esse poder “divino” veio através de um monte de jogadas e traições.
Uxas é irmão de Drax, ambos filhos do rei de Apokolips, que se perdeu há tempos no Source Wall. Drax era muito pacífico, e Uxas muito violento. O reino cairia para Drax que é herdeiro mais velho, mas Uxas é quem queria o trono, então ele simplesmente mata o irmão, que na verdade não morre, mas até ali Uxas não sabia.

Infinity Man
Drax foi salvo pelo “Infinity man”, um cara chamado Astorr, cheio dos poderes e tal… Mas Astorr já estava nas últimas devido a idade avançada (não é tão “Infinity” assim, tá pior que a Tim), e pouco tempo após salvar Drax, Astorr morre e passa o cargo Infinity Man para Drax. Ele só vem a exercer o papel de Infinity Man após algum tempo de treino e estudos, mas assim que a coisa se torna oficial, ele vai a New Genesis servir ao Highfather.

Uxas (Darkseid)
Bom, voltando ao Uxas, depois das tais jogadas e traições e conexão com a dimensão Ômega ele conseguiu poder suficiente, tornando-se o gorilão chefe de Apokolips, e adotando o nome de DARKSEID. O sonho do Darkseid não era coisa simples. Alguns se satisfazem ao rodar o pião do bau e ganhar uma casa, mas o Darkseid não… Ele queria mais. Ele queria a Equação Anti-Vida.
“Putz cara… Matemática nessa altura do campeonato?”. Calma lá, se fosse matemática nem eu iria gostar. A matemática é uma ciência exata, só que no caso dessa equação, os fatores são elementos de ciências humanas, ou seja, sentimentos e coisas do gênero. Uma expressão matemática onde no lugar dos números temos sentimentos e conceitos. A equação é a seguinte:
Solidão + Alienação + Medo + Desespero + Auto-estima ÷ Zombaria ÷ Condenação ÷ Desentendimento x Culpa x Vergonha x Falha x Juízo… n = y, onde y = esperança e n = loucura, amor = mentiras, vida = morte, eu = Dark side
Quando essa equação é dita na mente de um ser vivo, ele ganha a certeza de que a vida, a esperança e a liberdade não tem sentido. A equação anula o livre arbítrio de qualquer ser. Tá bom ou querem mais? Porque tem mais. Posteriormente é revelado que a Equação Anti-Vida na verdade é uma entidade viva, mais exatamente a contraparte da Source. A Equação Anti-vida é o outro lado da moeda, o yang.

Orion
Ai então novamente entram as guerras entre New Genesis e Apokolips. Mas como tudo demais na vida cansa, eles entraram em um tratado de paz bem diferente. Para mostrar que estão “na boa” um com o outro, Highfather e Darkseid fazem uma troca… De filhos. Isso ai, Darkseid manda seu filho Orion para ser criado em New Genesis e Highfather manda seu filho Scott Free (Mister Miracle, Senhor Milagre) para viver em Apokolips.
Orion cresce aprendendo a controlar sua fúria e se torna o maior guerreiro do mundo. Já Scott, cresce sendo criado por uma serva sádica do Darkseid, a Granny Goodness. Esse Scott tem um talento natural para… Escapar. Ele é o que chamam de “escape artist”. O Batman, por exemplo, também é um escape artist, mas o Scott… É outro nível. Uma frase do próprio Batman quanto ao Scott:
“Ele não se tornou o maior mestre de fugas do mundo pelos aplausos. Ele fez isso para sobreviver”.

Scott Free (Mister Miracle)
Scott tinha a bondade natural de New Genesis, e não se deixou levar por todo sofrimento e absurdos de Apokolips. A habilidade de escapar de tudo que é armadilha ou situação chamou a atenção de um sujeito chamado Himon. Ele é outro dos novos deuses, originalmente um cientista de New Genesis, que vive escondido em Apokolips.
Esse Himon é um inventor de primeira, ele é o descobridor do “Elemento X”, um material que é usado pra fazer outra de suas invenções, a “Mother Box”. Essa Mother Box é usada por praticamente todos os novos deuses, mais frequentemente encontrada em New Genesis.

Mother Box
Nem mesmo os próprios usuários sabem de todas capacidades das Mother Box, e dentre as habilidades estão: Mudar a constante gravitacional de uma área, transferir energia de um lugar pro outro, controlar o estado mental de outra pessoa, se comunicar por telepatia com outra forma de vida, manipular a força da vida e salvar pessoas de ferimentos letais, tomar controle de outras máquinas, evoluir outras máquinas, manter o usuário vivo em ambientes nocivos a sua saúde, tipo espaço ou lugares com veneno, e uma das principais funções, abrir e fechar os “Boom Tubes”.
Os Boom Tubes são como portais. Para quem tem alguma noção de astronomia, é o equivalente a um wormhole, ou buraco de minhoca. A teoria de que o caminho mais curto entre dois pontos NÃO É seguir uma reta, mas sim unir os dois pontos.
Há algumas Mother Boxes que tem capacidades diferentes. A Mother Box do Orion (filho do Darkseid) controla a raiva dele e também sua aparência. A do “Forever People” tem a capacidade de invocar o Infinity Man… E daí por diante.
Himon ensina o Scott a fazer a tal Mother Box. Essas caixas são tipo uma conexão com a Source, uma “conexão com o divino”. Com que cargas d’água o Himon criou algo que se conecta com a Source eu não sei. As Mother Box são caixas que aparentam ter quase o tamanho de uma fita k7, mas apesar de serem super computadores, ainda assim são organismos vivos.
Citação por fora… Há lendas antigas sobre um aparelho semelhante aqui do lado de fora dos quadrinhos, aqui mesmo no mundo onde vivemos. Explicaria muita coisa sobre nossas antigas civilizações. Alguns arqueólogos e estudiosos dizem que pra cortar e mover aquelas pedras de toneladas que nem mesmo nossas máquinas de hoje conseguiriam, os Incas usavam um aparelho de tamanho não muito maior que um controle remoto de TV, cedido por seres que vieram do espaço.
Há alguns daqueles registros antigos em paredes que mostram humanos usando algo do gênero pra cortar e mover os grandes blocos, e também havia algumas outras funções, acho que as pessoas voavam quando estavam em posse daquilo, enfim. Eu sabia o nome dado ao tal aparelho, mas esqueci e não encontro mais em lugar nenhum. Em todo caso, provavelmente a Mother Box foi baseada nisso.

Big Barda
Voltando ao Scott Free… Ele se apaixonou por Big Barda, uma mulher que fazia parte da tropa feminina de seguranças do Darkseid. É, o velho mano Uxas tinha guarda feminina igual o finado Muammar Gaddafi lá da Líbia. Por fim ela também se apaixonou por ele (o Scott, não o Gaddafi) e se casaram lá (em Apokolips, não na Líbia).
Com o tempo, claro, ficou inviável continuar lá, então Scott fugiu pra Terra, onde virou amigo de um escape artist que trabalhava em circo, um homem que usava o nome de Mister Miracle no palco. Após a morte desse homem, Scott assume o nome de Mister Miracle pra si. Big Barda também fugiu pra terra e eles passaram a viver juntos.
Esses Novos Deuses apesar do nome “deuses” e etc… também morrem. O Highfather teve seu momento e cantou pra subir. Quem entrou no lugar? Alguém que estiva a altura, supomos. Ai entra um que não citei ainda, Takion.

Takion
Joshua Saunders é o nome real de Takion. Ele foi escolhido pelo próprio Highfather em vida, pois este em sua sabedoria e poderes viu que Joshua era um homem sem destino. Então Joshua tornou-se parte da Source, passando a ser conhecido como “Takion of the Source”, Takion da Fonte, ou coisa assim na tradução.
O sujeito ficou incrivelmente mais poderoso, e assim que o Highfather bateu as botas divinas ele entrou como cabeça de New Genesis. A intenção do Highfather era simples, ao morrer, ele se tornou uma coisa só junto da Source. Fique claro que ele não “se tornou” a Source, nem responde por ela nem nada do tipo, ele apenas “faz parte”. Como o Takion também era tipo um canal ambulante da Source, mesmo depois de morto, o Highfather original poderia assumir controle de Takion, como se ele fosse seu avatar.
Tecnicamente, quem deveria assumir como novo Highfather era o Scott Free, o Miracle Man, mas esse recusou, não restando então muitas opções pro Highfather Izaya.
Independente do rumo que os filhos trocados tomaram… Apokolips e New Genesis continuaram trocando farpas, então a Source tomou uma decisão: Acabar com a Guerra.
Agora sim, depois disso tudo explicado, finalmente, começará o resumo da CRISE FINAL. Tudo que escrevi até agora foi com uma única intenção. Digamos que nem tanto “por mim”, mas por uma das principais qualidades do Batman Guide que já existia desde o primeiro dia, muito antes de eu sequer cogitar a escrever aqui. Ajudar quem está começando.
Não importa tanto o que eu “penso”, apesar de eu gostar de deixar claro. Na vida sempre temos uma escolha, só contra a morte não há escolhas. Médicos fazem um juramento que os comprometem a cuidar até mesmo do pior criminoso. Eu particularmente deixaria a vagabundagem pra morrer, mas se eu me tornei médico e fiz a porcaria do juramento, eu seguirei, pois eu tinha a opção de não fazer. Se eu fiz, eu sigo. Dane-se o resto.
Ao entrar pro Batman Guide assumi esse compromisso primário de fazer os textos pensando em quem está lendo pela primeira vez. Eu dispensaria mais da metade dessas explicações sobre a ”origem do universo” da DC, mas acho que pra entender a Crise Final é bom saber de todos esses detalhes. Até porque o Batman, nosso foco do blog, vive dentro desse universo que citei, e eu NUNCA vi um resumo assim das origens dos povos e multiverso.
Não que eu tenha fornecido TUDO o que há de detalhes sobre o universo da DC, mas será um adianto para quem quer entender. Eu posso SIM ter errado alguma coisa nesse “resumo do universo” segundo a DC. Se realmente errei, espero que possam transformar meus erros em degraus para complementos.
Ok, Crise Final.
A Source achou que acabando com o “quarto mundo” e com os Novos Deuses, Apokolips e New Genesis finalmente acabariam com sua guerra. Como diria Confuso Sobrinho, “pelo sim pelo não, como a gente fica?”. A guerra resultou na vitória de Apokolips, Darkseid conseguiu o que mais queria, a Equação Anti-Vida.
Darkseid funda o “Dark Side Club” na Terra junto aos novos deuses do mal que fecham na vacilação com ele. Os novos deuses tem a habilidade de tomar posse do corpo de humanos, e assim eles fizeram, tomaram corpos aqui pela terra e circulavam a paisana.
A história ganha um toque fúnebre, os novos deuses estão sendo assassinados um a um. Lightray, o Forever People... E todos acham que é o Himon. Orion, Superman e Mister Miracle investigam pra saber quem é, chegando na resposta que poucos esperavam, não por haver muitas outras hipóteses, mas por este não ser tecnicamente um vilão. O assassino era Infinity Man, a essa altura não mais o Astorr, que morreu de velhice, mas sim o Drax, o irmão mais velho de Uxas (Darkseid).
Infinity Man foi selecionado para esta missão pela própria Source, e após descoberto, a batalha se resume a Infinity Man contra Mister Miracle (Scott Free, o filho de Highfather Izaya). No fim das contas temos mais uma batalha entre o sangue de Darkseid e o sangue de Izaya. A batalha se estendeu até a Source Wall, e como o Mister Miracle estava em posse da Equação Anti-Vida (que como expliquei antes na verdade é a contraparte negativa da Source), a Source e a Equação tornaram-se uma só, e o Infinity Man foi morto por Mister Miracle.
A intenção da Source era juntar com sua contraparte (a Equação Anti Vida) e assim dar origem ao “quinto mundo”. Diante da realidade, depois de ver que logo o Infinity Man era o assassino dos deuses, depois de ver qual era o plano e de descobrir que era a própria Source que estava por trás de tudo… Scott permitiu que a Source lhe retirasse a vida, e lá se foi.

Metron e sua Mobius Chair
Como se a história já não tivesse muita gente envolvida, agora temos a presença de Metron na bagunça. Metron é um dos Novos Deuses, porém não é nascido nem em New Genesis nem em Apokolips. Sua origem é um mistério, e o mistério é o que o move. Muitos acham que ele é “do bem”, mas na verdade ele é neutro.
Metron é um viciado em informação, tecnologia, conhecimento, histórias… Enfim, sua sede de sabedoria é infinita, nunca é suficiente, ele é um cientista e inventor, e tem inúmeras criações, a mais famosa talvez seja seu “trono”, a Mobius Chair. Essa cadeira o permite viajar pelo espaço, pelo tempo, e pelas dimensões. Ele vai pra onde e quando quiser, literalmente. Fora que a tal cadeira tem uns equipamentos com força suficiente pra tirar um planeta de órbita. Ele também não é pouca coisa.
Metron no passado chegou a negociar com Darkseid quando este ainda se chamava Uxas. A negociação foi sobre o Elemento X, descoberto por Himon. Uxas entrou com o elemento X e Metron entrou com meios de Uxas poder invadir New Genesis. Como podem ver, o cara faz qualquer coisa por conhecimento.
“Então porque o Metron agora tá dando pra trás com o Uxas?” Simples, o mano Uxas (agora Darkseid), finalmente conseguiu a Equação Anti-Vida, e com isso ele tem o poder de tirar o livre arbítrio de qualquer um. Se isso o atingisse ele perderia a capacidade de buscar conhecimento, ele seria um mero escravo do Darkseid. Metron não gostou, e aliou-se com o lado contrário, o de New Genesis.

Metron e Anthro
Pensando algumas jogadas a frente de Darkseid, Metron colocou sua cadeira pra voar e ir atrás do prejuízo. Dentre suas ações, ele foi até o início dos tempos na Terra, até o primeiro homem da raça humana, Anthro. Um homem das cavernas (não pensem em um neanderthal, o sujeito era bonitão, cabeludo, do peito bonito, da barriga bonita) e lhe cedeu o fogo, e também um símbolo que os ajudaria a lutar contra a Equação Anti-Vida. Metron bancou o Prometheus em cima dos humanos. Isso não adiantou muito, pois o Darkseid já estava em um nível de influência e domínio grande demais.

Libra
Darkseid mandou Libra (Justin Ballantine, um vilão) cuidar dos fugitivos do planeta prisão, fazendo a eles a promessa de que teriam tudo que quisessem, desde que seguissem a Darkseid, e fora isso, a morte de seu próprio filho, Orion, aquele que foi trocado com Highfather Izaya num tratado de paz.
Esse tal do Libra também reuniu a antiga “Sociedade Secreta dos Super Vilões”, que causou bastante zona durante a Crise Infinita.
“Isso é DC ou Saint Seiya?!”, o Libra é um sujeito que, assim como Infinity Man, Himon, Scott Free e mais uma HORDA de personagens da DC passam despercebidos por um roteiro de Batman. Imaginem ler uma saga como… “Cidade Castigada” por exemplo. Quais as chances de ver o Highfather? Nem se você tentar olhar de luneta pro céu de Gotham vai ver o cara.
Libra é um personagem sem tantas aparições, e de alguma forma, sem taaanta importância quanto alguns dos demais, mas a história dele é meio bizarra. Como diria o Capitão Nascimento “O Baiano teve uma infância fudida”, assim como o Justin também teve. A mãe dele morreu quando este ainda era criança, um químico mediu mal a dosagem do medicamento dela, usando uma balança (símbolo de libra), e a mulher empacotou.
Como toda desgraça é pouca na DC, o pai do Justin abusava dele. Um dia qualquer ele conseguiu um telescópio, foi pro telhado, e o pai dele tentou chegar lá, e acabou caindo lá de cima e morrendo na queda. O garoto ficou observando o corpo lá de cima até a polícia chegar, e notou que a vida é uma questão de equilíbrio/balanço. Tcharam, Libra.
Os seguidores do Darkseid proliferaram a Equação Anti-Vida, e a Terra começou a se tornar algo que poderia condenar toda existência, um buraco negro no espaço-tempo ferrando todos os universos do multiverso. Até o tempo desregulou, semanas se passaram em dias. A própria presença do Darkseid em si já altera o espaço-tempo ao seu redor. Olha o caos que o Uxas veio fazer na Terra.
Mas isso teve um lado bom, alguma força desconhecida trouxe Barry Allen, o segundo Flash, de volta da força de aceleração, onde ele estava preso há anos. Info pra quem é alheio ao universo dos corredores escarlate: Ele é tecnicamente o segundo Flash, porém muitos o entendem como “primeiro Flash”, tendo em vista de ter sido o primeiro com esse uniforme, e que o primeiro foi o Jay Garrick (da Sociedade da Justiça), com aquele coroa com capacete de penico. Digamos que o Barry Allen foi o primeiro Flash “moderno”.
Ele deu as caras também na Crise Infinita, ajudando Wally West e Bart Allen a prender o Superboy Prime na Força de Aceleração. “E o que o homem estava fazendo lá dentro?”. Então… Longa história. Durante a Crise nas Infinitas Terras Flash vivia no século 30, só que a existência lá no Século 30 entrou em declínio, Flash correu de volta ao século 20 pra dar o pitaco pro povo de que tava dando bode lá na frente, primeiro tentou avisar o Batman, mas então ele foi pego pelo Anti-Monitor e levado ao universo antimatéria. Pra não me prolongar muito, adianto que ele conseguiu se livrar, e pra destruir o canhão Anti-Matéria que ia acabar com tudo, ele correu em torno dele numa velocidade tão alta que foi suficiente para destruir o canhão e, infelizmente, prender o Flash na força de aceleração pra sempre. Por isso o Flash já estava lá dentro.
Mas então… Flash surgiu correndo atrás da bala disparada para matar Orion, e logo atrás dele, William Walker, mais conhecido como “Black Racer” (Corredor Negro). É um maluco de roupa escura colada, chapéu medieval deslizando em velocidade mach usando esquis. Aliviado dessa bizarrice também não ser um pesadelo seu?
O Black Racer foi selecionado pela Source para ser tipo… A morte. É, o grim reapper velocista, o Zé Maria de esquis. O sujeito pode trazer a morte com um toque. Bom… Barry avisou a Wally e Bart para correrem. Eles avançam um mês no tempo e vêem a Terra dominada por Darkseid. Ferrou-se, né? Barry e Wally dirigem-se a Blüdhaven, onde está Dan Turpin, o “corpo” dominado por Darkseid na Terra, e correndo na direção dele na velocidade da luz, guiam o Black Racer para Dan, e este arranca a essência do Darkseid do humano.

Mandrakk
Lembram dos monitores que falei bem antes no texto? Lembram da maçã podre? Ela tem nome, é o Monitor Dax Novu, que ao passar pro lado negro da força passou a se chamar Mandrakk, the Dark Monitor. Os monitores são como… Parte do multiverso em si, eles tem uma função como se fossem células, ou parasitas, não sei explicar o tipo de ligação, sei que de alguma forma estão ligados ao Multiverso (lembrando que tudo isso de multiverso começou com o Krona, o cientista maltusiano).
O tal Mandrakk acabou vencido pelo Superman, mas outro Monitor que estava de conchavo com o Dax Novu, um tal de Rox Ogama, assumiu o manto de Mandrakk. Pouco problema? Tem mais: Superboy-Prime, o Sr. “Soco na Realidade”, o baderneiro principal da Crise Infinita. Ai a coisa ficou feia de vez, foi necessário uma convocação de Supermen pelos universos, um exército de Supermen pra lidar com o Prime. Mas com isso, Superman ficou fora de sua época, e não conseguia voltar pra encarar o Darkseid fuça a fuça. Vendo que isso era essencial pra não haver um colapso em escala universal, o Brainiac (sim, o vilão), forneceu os esquemas pra montar a “Miracle Machine”, pra mandar o Superman de volta.
O Lanterna Verde John Stewart fez uma contribuição curta porém importante para o rumo da história, ele encontrou uma bala de Raidon no corpo de Orion. A bala que Barry Allen perseguia. Radion é um material de origem desconhecida (tipo o Elemento X), só que esse Radion tem uma característica bem interessante… Ela mata os novos deuses. Batman ficou em posse dessa bala.
E falando em Batman (o blog é sobre ele, né), o mano Uxas entrou na furada de tentar clonar o Homem-Morcego. Sim, o simples humano foi escolhido para ser recriado aos montes e assim montar um exército. Darkseid tem seus contatos sinistros, e usando um dos “subalternos” da Granny Goodness, o “Lump” (que não é um Oompa Lumpa), roubou as memórias do Bruce, ele até resistiu, mas no fim cedeu. Essas memórias seriam colocadas nos clones feitos para serem o futuro exército de Batmen. E aí um exército de Homens-Morcegos desceu na Terra e é por isso que se chama Crise Final. Nostradamus estava certo. Brincadeira. Não tão óbvio, mas não deu certo.
Lembram do filme Die Hard 4.0, onde o hacker fala pro policial “se eu passar tudo que tem no meu cérebro pra você de uma vez, sua cabeça explode”? Foi mais ou menos isso. Tudo que o Batman tem de sofrimento, preocupação, solidão (…) foi adquirido grão por grão. Apesar de ser algo que gera níveis altíssimos de stress e depressão, e ele suporta isso. Mérito dele. Talvez se ele tivesse recebido tudo de uma vez, nem o próprio Batman teria aguentado, e foi isso que ocorreu com os clones. A carga foi demais e eles entraram em conflito interno.
Foi “triste” de alguma forma, eles tentando acabar com eles próprios em sofrimento, mas foi um exemplo do tipo de carga que o Batman carrega nos ombros o tempo TODO. Darkseid manda acabar com todos clones, mas segura um vivo. Vocês o verão futuramente.
Os Guardiões do Universo sabendo do saracutaco na Terra, enviam uma Tropa de Lanternas Verdes sob os comandos de Hal Jordan para enfrentar Darkseid. Mas o Morcego chegou na frente. Ali não era um kryptoniano com poderes, não era um ser de New Genesis, nem um velocista… Era um homem diante de um deus. Batman e Darkseid. Em vista da diferença óbvia de poderes e capacidades, e diante das consequências da permanência de Darkseid vivo, Batman fez a única exceção de sua promessa e disparou uma arma de fogo contra um inimigo, disparou a bala de Radion usada originalmente para matar Orion, agora no pai, Darkseid. A mesma bala do filho serviu ao pai, mas Batman demorou demais pra tomar a decisão, e o disparo veio quando a Sanção Omega já o fitava. A Sanção é “morte que é vida”. Até ali ninguém sabia o que realmente aconteceu com o Batman, o que tudo indicava é que o Morcego tinha sido fritado por algum raio mortal do Darkseid.
Superman consegue retornar para o tempo certo, e uma vez de volta, aliou-se com Lex Luthor (sim, com o velho Luthor) para quebrarem a Equação Anti-Vida sobre a Mulher Maravilha. Esta por sua vez agora consciente, usa o Laço da Verdade no corpo do Darkseid, quebrando de vez a Equação sobre tudo e todos.
Superman tentou usar a Miracle Machine para reverter todo estrago feito pelo Darkseid, mas este ainda atrapalha tudo. Superman lança uma nota tão alta que a vibração trinca a essência do Darkseid. Tudo resolvido? Não. Nunca é tão simples. Mandrakk, the Dark Monitor retornou, não o primeiro derrotado, agora é o outro que assumiu o manto.
Superman precisava de mais elemento X para fazer a Miracle Machine funcionar, tentou inclusive usar a Mobius Chair do Metron pra ajudar, mas não deu certo. A solução que o campeão da Terra encontrou foi usar a energia solar acumulada em seu corpo, e assim conseguiu fazer a Miracle Machine funcionar. A Tropa dos Lanternas Verdes chegou com Hal Jordan, mataram o Mandrakk, e a Miracle Machine que Superman energizou consertou o estrago feito no multiverso e no espaço tempo, devolvendo a Terra a sua normalidade.
“Normalidade”… Nessa Crise o Caçador de Marte morreu, o Batman “morreu”… Mas valeu a pena vermos a troco de que.
“Mais vale um covarde vivo”? Não, se ele não tivesse se sacrificado, talvez não houvesse mais Terra ou universo para se estar, ele morreria de qualquer jeito. Ele fez o que precisava ter feito e não correu das consequências. Acham que o Batman, o sujeito que tá preparado pra TUDO, não sabia que isso podia acontecer? Ele mais do que ninguém sabia de suas limitações, sabia que era apenas um humano numa guerra entre deuses, e mesmo assim fez a diferença. Se não fosse aquela bala de Radion em Darkseid, sabe lá se os demais teriam chance de reação.
Claro, foi um esforço conjunto. Barry Allen e Wally West tiveram grande importância também (com auxílio do Black Racer, mas tiveram), o Metron também (independente da finalidade)… Mas claro, o sacrifício maior foi do Homem-morcego. Claro que não foi ele sozinho, mas ele foi parte da salvação do multiverso.
Em meio a tantos personagens, tantos lugares, explicações, mundos, deuses, mortes, itens… Não falei nada sobre a arte da história. A história foi lançada em 2008, então logicamente já veio com desenhos bem modernizados. Cores fortes e definidas, mas claro que isso não é “padrão”, há equipes e equipes, cada uma com seu trabalho, e essa ficou de parabéns. Não podíamos esperar menos de uma saga tão grande dentro da DC.

Capas das edições de Crise Final
As consequências serão VÁRIAS dentro do universo Morcego, e vocês acompanharão tudo aqui no blog mesmo. Pra quem lê apenas a série mensal do Batman tudo isso passaria batido, pois nas revistas do morcego tudo é passado bem por cima. “Ah, ele foi pra uma missão com a Liga da Justiça e POW, o Morcego velho bateu as bat-botas”. Rolam algumas sagas curtas, umas plausíveis, outras apenas simbólicas (a do Neil Gaiman), e daí pra frente… Conheceremos uma Gotham sem Bruce Wayne.
Pros leitores de Batman que nem relaram um olho na Crise Final, acho que isso aqui fica mais do que suficiente, uma vez que na série mental não foi explicado nem 1/8 disso e tudo fluiu bem.
Aqui encerro o texto. Que a Source os abençoe. Até.
(Nota da Jéssica)
Augusto, novamente obrigada por nos presentear com mais um dos seus geniais textos.
Me baseei na ordem de leitura do Darkseid Club. Você pode baixar a checklist aqui.
Abaixo dos links para download você pode encontrar uma galeria de imagens. Boa leitura e qualquer problema por favor nos avise nos comentários!


































































